Alguns comentarios essenciais de Charles Krautammer

A Operação Bin Laden é o exemplo perfeito da guerra ao terror. Isso foi possível justamente pela grande infra-estrutura bélica que a administração Bush criou pós-9/11, um regime feroz de captura e interrogatório, de bombas e ataques de comandos. Este regime, é claro, tambem seguiu uma guerra mais convencional, que derrubou o Talibã, dispersou e destruiu a Al-Qaeda, e fez de Bin Laden um fugitivo.

Sem isso tudo, a operação Bin Laden não teria ocorrido. De onde veio a inteligência que levou a Abbottabad? De muitos lugares, incluindo as prisões secretas na Romênia e na Polônia; de terroristas apreendidos e seqüestrados, que foram submetidos a interrogatórios, às vezes “duros” ou “aprimorados”; das forças treinadas pelo GITMO (Guantanamo Bay Naval Base – Base da Marinha da Baia de Guantánamo); de um enorme sistema burocrático de vigilância e escutas.  Ou seja, de uma infra-estrutura de uma guerra global contra o terror que críticos, incluindo o próprio Barack Obama, lamentaram como um desvio tragico da retidão  norte-americana.

Não foi apenas antiamericano,  mas também desnecessário, diziam.

Mesmo? Nós nunca poderíamos ter efetuado a invasão contra Bin Laden sem uma grande presença militar no Afeganistão. Os helicópteros vieram de nossas bases gigantes em Bagram. O ponto de salto era Jalalabad. Os avioes nao tripulados de coleta de inteligência voam sobre o Paquistão pela graça de uma aliança (não confiável, mas indispensável) forjada com os Estados Unidos para lutar contra a guerra no Afeganistão.

Até a guerra no Iraque teve um papel (involuntário) nisso tudo. Após a sua derrota no Afeganistão, a Al-Qaeda escolheu as águas turbulentas do Iraque como a frente central na guerra contra os Americanos – e sofreu uma derrota impressionante, especialmente humilhante quando seus amigos sunitas levantaram-se para subjugar os americanos infiéis e foram vencidos.

Bin Laden declarou guerra contra nós em 1998. Mas só depois de 11/09 que o levamos a sério. Nesse ponto nós respondemos com uma declaração de guerra, mostrando a resposta brutal, implacável e feroz que a guerra exige e que o trabalho da polícia proíbe.

Isso inclui a execução de Bin Laden. É bem claro que a intenção não era de capturá-lo. E por uma boa razão. Capturá-lo teria sido uma loucura, gratuitamente concedendo-lhe uma segunda vida de publicidade imensa em um palco mundial onde poderia fazer propaganda.

CHEGAMOS PARA MATAR. Isso é o que se faz em uma guerra. Se isso for feito em um trabalho de polícia, é considerado assassinato. A Força de Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos (Navy Seals) que apertou o gatilho fatal estaria no banco dos reus, e não receberia medalhas.

 A Al-Qaeda não está cedendo terreno por causa de uma mudanca tatica. Não estah se retirando do campo apenas por ter visto erros em seus propríos caminhos. Não está desaparecendo por causa de algumas leis inexoráveis da história ou da natureza. Está no recuo por causa da terrível derrota que sofreu uma vez que a América do Norte decidiu pegar em armas contra o terrorismo, uma campanha conhecida como a guerra contra o terror. nb: a expressao eh negada ateh hoje entre Liberais e Democratas. Nao admitem que seja uma guerra, e criticaram muitissimo Bush por ter te-la criado.

22 maio, 2011 às 19:42

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Categoria: Artigos

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