Selva, cocaína, e mentiras

Floresta

Lula convocando Obama para ser humilhado, nessa ridícula confraria chamada Unasul, marca mais um ponto na insanidade que é a política externa do seu governo. Depois de todos os projetos megalômanos fracassados, dos quais o maior foi pretender um lugar no Conselho Permanente de Segurança da ONU; depois de todas as medidas “pragmáticas”, ou “independentes”, quase sempre contrárias à dignidade pura e simples, temos agora a postura do anti-americanismo mal disfarçado.   Nós acompanhamos – mantendo uma certa distância – os hispânicos exaltados. O espetáculo continua. O Itamaraty segue com seu show. Um importante membro do governo americano disse que ao Brasil só interessa o mercado. Explicando: não votamos a favor de sanções contra países que desrespeitam os direitos humanos, não votamos contra terroristas, não votamos contra genocidas. Estamos sempre naquela da malandragem, de aproveitar o momento em que todos estão condenando para nos mostrar absolvendo, e assim tentamos ganhar “mercado”, ganhar influência com os marginais, promover um Brasil moleque irresponsavel, oportunista. Sabem o que acontece ? Essa turma não recebeu educação de berço, não distingue o certo do errado. Eles pensam que em política externa não existem razões morais.

Questionar a renovação da presença militar americana na Colômbia como se fosse uma ameaça ao Brasil, uma ameaça à nossa Amazônia, é de um primarismo que nos envergonha.  E os nossos militares,  que por causa do regulamento, não podem se manifestar,  mandam pequenos bilhetes para a imprensa, discordando,  insistindo em que não estão sendo consultados a respeito do assunto. E a Marinha brasileira já disse que a Quarta Frota Americana não foi reativada para ficar perto do pré-sal, conforme Lula declarou, e que significa: roubar o nosso petróleo.  Lula está muito seguro de si, e quer mostrar aos companheiros hispânicos que também pode bancar o durão, ainda mais com os novos tempos de Obama . A verdade é que a Quarta Frota  voltou ao mar :  1 )  por causa do crescimento do poderio bélico de  Chávez, que  tem uma linha de crédito de 5, 5 bilhões de dólares com a Rússia,  e já começou a receber 24 caças SU-30MK,  5 submarinos AUR-950, cinquenta helicópteros, sistemas de defesa aérea TOR-M1, caminhões, e muita  coisa mais que permanece secreta  2)  Navios russos já estiveram navegando pela área, em manobra conjunta com a Venezuela. Nunca havia acontecido. Pela primeira vez um navio de guerra russo atravessou o canal do Panamá. As disputas geopolíticas na A. Latina estão visiveis, e daqui a pouco a China também pode propor alguma coisa importante para Chavez.

E ninguém sabe o que pode acontecer se aumentar o relacionamento entre Venezuela e  Iran. Os iranianos não vão ter a bomba ?  Hillary  já não admitiu o fato ?  Antes disso,  Chávez  já vinha dizendo que pode se integrar ao projeto dos aitolás.   Para eles é simples : “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”. Seria  perfeito para os mustafás um aliado com  alta capacidade bélica na América Latina. Um inferno para os americanos nas próximas décadas.  Que tal , depois da bomba, e com os foguetes capaz de transporta-las, conseguir que a Venezuela seja o que a União Soviética tentou, mas não foi possivel, em Cuba ?  Quem garante que não possa acontecer ? Basta um governo americano pacifista, um governo tipo Jimmy Carter.  Não é segredo que Chávez , com 55 anos, está se preparando para a ditadura completa, vitalícia e,  se for necessário se converter ao islamismo para convencer os iranianos a lhe dar a bomba, ele aparece no outro dia rezando para as bandas de Meca.  E, a curto prazo,  na hora em que o mundo sair da recessão e o preço do petróleo voltar a subir, a Venezuela compra mais armas. É fora de dúvidas que o próximo presidente brasileiro vai ter um problema de corrida armamentista.

Lula e sua turma sabem que os Estados Unidos não vão prejudicar o Brasil, nem pelas bases na Colômbia, e nem por causa de navios no Atlântico Sul.  O que interessa, é a oportunidade para matar dois coelhos ao mesmo tempo. Primeiro, colocar Lula à frente dos hispânicos, tanto pelo que o Brasil representa, quanto pelo papel que  na qualidade de presidente ele cumpre tão bem,  o papel do “socialista 4a.via”, do “operário- que agradavel surpresa”, enquanto Chávez , Morales e Correia,  só podem insistir no enredo de “os desbocados radicais”. Em segundo lugar, o anti-americanismo, que é dominante na formação política de Lula,  agrada aos brasileiros em geral, não somente aos petistas. E ele, no auge do poder, gosta de se mostrar , dizendo “temos que discutir nossa inconformidade com o Obama”. O nome OBAMA se presta tão bem à intimidades, que chega a ser surpreendente. Parece coisa de babalaô.

E nosso presidente também impressiona seus belicosos amigos quando diz, muito decidido: “Vou telefonar para o Obama na semana que vem!”  Os outros ficam pasmos com tanto prestígio. Ainda não perceberam que o homem atende telefonema até do Itamar Franco.

E o próprio,  o Obama,  paga o preço do seu  “diálogo irrestrito e sem pré-condições”. Já fez papel de trouxa com Chávez, e agora é chamado para responder a uma reunião de comunas, onde vai exercitar o melhor de sua personalidade: pedir desculpas. A última vez foi com o policial que prendeu seu amigo. Além das desculpas, ainda fez propaganda de bebida alcóolica tomando cerveja na Casa Branca. Poderia ter servido chá gelado, ou groselha. Mas isso já faz um tempão. Agora vai se desculpar porque se esqueceu de dizer aos sul-americanos que precisa das bases para combater o narcotráfico. E surge um fato novo: também não pode deixar que as Farc passem cocaína para Chávez, que, além do petróleo, resolveu faturar mais algum, e se transformou em um presidente-traficante, feito o Noriega.  Assim, Obama deve estar pensando que…  talvez deva pedir desculpas ao coronel bilionário,  mas ao mesmo tempo ser durão, respirar bem fundo e dizer: “infelizmente isso não é admissivel.”.

E os sul-americanos resolveram ficar zangados com as bases militares do império. Querem que tudo permaneça em paz em seu mundo particular de muita selva, muita cocaína,  muita corrupção.  Tropas americanas na Colômbia incomodam, e o momento é perfeito para protestar. Com o outro presidente era mais difícil. Faltava “diálogo”. Quem é que está se importando com drogas ? Elas ajudam os ditadores, fazem parte da miséria do continente. Se não fosse pela cocaína como é que os nossos índios espanholados iam conseguir ficar de pé ?

Por último:  Se Bush e Uribe  se davam tão bem,  porque os dois não combinaram um bombardeio cirúrgico das plantações e das refinarias de cocaína ?  Em uma semana, mais da metade da droga no mundo desapareceria. Por que não tomaram uma medida definitiva, espetacular, se os satélites têm tudo mapeado, até os ínfimos detalhes ? Que avisassem a população por intermédio de panfletos, jogados de avião : “Estimados muchachos! Esta es una advertencia del gobierno de Colombia. Quedense bien lejos delas plantitas y de las fábricas, ya  que va a llover fuego del cielo encima de todo. Saludos! Presidente Uribe.

DropsCoca_2img

11 agosto, 2009 às 07:10

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Categoria: Artigos

Comentários (2)

 

  1. Albi disse:

    Vejo a Dilma todos os dias na TV(que já teve metralhadora do exército com numeração raspada), porque não ver o Zina.

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