Lula- os militares- Dilma

Lula pretende fazer do presidente de Honduras, Porfírio Lobo, um pária na América Latina.  Porfírio está fortemente entranhado naquelas forças poderosas do cérebro lulático que Freud chamou de “o inconsciente”. Embora Lula não saiba, o presidente hondurenho simboliza o seu antigo (?) medo dos militares e, principalmente, uma derrota pessoal quando resolveu enfrenta-los fora do Brasil. Não há mais espaço para rupturas institucionais e golpes militares na nossa região e na Unasul” disse Lula, afirmando que não vai à reunião da Cúpula da União Européia com a América Latina, dia 18, se Porfírio for convidado. Se muitas pessoas inteligentes continuam insistindo na tese do golpe, por que motivo Lula, uma “vítima” desse golpe, seria diferente ? Jamais o seu cérebro de pudim aceitaria a realidade de que os militares seguiram a  constituição hondurenha quando Zelaya foi afastado do poder. Naqueles dias de burrice obâmica um mínusculo governo do PT instalou-se dentro da nossa embaixada em Tegucigalpa. O canastrão Zelaya dava entrevistas, insuflava os militantes nas ruas, os chavistas promoviam desordens, e toda a pequena corja petista dava seu apoio descarado à total subversão da lei e da ordem.

Foi o primeiro ato perceptível de imperialismo brasileiro em nossos tempos.Por toda sua vida Lula teve medo dos militares, e durante décadas tentou prever suas reações políticas. Podemos imaginar as interminaveis reuniões petistas entrando pela madrugada e formulando o comportamento dos nossos generais. Até que ponto o antagonismo diminuiu entre as duas partes é um mistério. Sabemos que as convicções adquiridas na juventude só conseguem ser abandonadas quando substituídas por algo extremamente poderoso. No episódio hondurenho, Lula  teve a oportunidade de enfrentar os militares em outro país,  fazer catarse, agir completamente livre de preocupações, vingar-se de todas as antigas misérias. Através de uma micro operação de guerrilha, que deve ter encantado o pessoal do palácio do Planalto e o Itamaraty, colocou dentro da embaixada brasileira o homem que as Forças Armadas haviam expulsado de Honduras. Sentiu-se ACIMA dos detestados milicos. Um momento de sonho para o petismo.Tudo corria muitíssimo bem, até que alguém disse para Obama que ele estava cometendo um erro ridículo e, se não parasse  de atormentar Honduras, o  senado americano continuaria não aprovando nenhuma indicação para embaixadores na América Latina. Pronto, acabou-se a festa. Os Estados Unidos saíram de fininho, tão de fininho que até agora a imprensa brasileira não sabe o que aconteceu. Lula ficou frustrado porque para ele a história se repetiu: militares tiraram um civil esquerdista do poder.  Perdeu a parada e revelou um lado muito sério que nós desconhecíamos.    

O episódio hondurenho é um bom exemplo da dimensão política da União Européia, sempre abaixo do que os europeus imaginam. A U.E. havia cancelado um grande empréstimo para Honduras.  Bateram o pé, ameaçaram o pequenino país, foram muito “corajosos” ( e as charges do Maomé, hein?), mas voltaram atrás após as eleições hondurenhas. Sem pressão dos países esquerdistas da A.Latina eles não fazem restrições á presença do presidente Porfírio na reunião de cúpula com os latino-americanos. A pergunta de Kissinger é muito interessante: ” Quando a gente quer falar com a União Européia liga prá quem ?” –     

Até onde Lula iria naquela imensa euforia, ombro a ombro com Chavez, se Zelaya saísse vitorioso ? Já se tornou cansativo comparar o primeiro Lula – aquele dos tempos do Collor  – com o segundo, o do Meirelles no Banco Central. Mas a terceira figura que surgiu nos últimos tempos na política externa, esse sim, merece a atenção dos nossos especialistas. (“As três faces de Eva”).    

Se Lula III guardou todo o rancor anti-americano dos seus primeiros tempos, terá sido apenas o medo da volta da inflação ( e dos militares) que sepultou o seu confuso sonho semi-socialista, o Estado imenso, quando assumiu o poder no Brasil ? Será que seu apoio aos governos socialistas radicais pelo mundo afora é sinônimo de frustração ? Acha que seu governo é ótimo, mas falta alguma coisa, talvez o romantismo do desafio total do passado sindicalista ? A escolha da Dilma aponta nessa direção. Quem sabe Lula abraça a tese de que fez o possivel, adiando para futuros e sucessivos governos petistas uma forma autoritária de governar ? E quem sabe não é nada disso e, como vários amigos me dizem, Lula é apenas um bem centrado picareta, sem nenhuma ideologia, sem nada na cabeça, apenas esperteza. Mas por que todo esse apoio constante, inequívoco, à figuras inteiramente condenadas no mundo civilizado feito Chavez, Fidel, e Ahmadinejad ? Delícias do poder ? Vontade de irritar os que são contra ele, irritar os tucanos ? A volúpia em desafiar os Estados Unidos ? Voltar, como eu já disse,  à sua juventude ? Mostrar que manda e desmanda, mesmo sabendo que está indo contra as convicções dos militares brasileiros?    

De qualquer forma Lula é um vencedor. Aprendeu a falar, aprendeu a comer,  aprendeu a beber vinhos, e já não deixa D. Marisa dentro do carro e bate a porta na cara dela quando vai apertar as mãos de um presidente estrangeiro. Onde quer que se encontre pode ver as mulheres boazudas dos seus sonhos de metalúgico se babando por ele. Foi recebido por reis e princesas, tornou-se mundialmente famoso, é querido por seu povo. Do outro lado ele enxerga aqueles que o desprezam tentando fugir da derrota pela terceira vez. Deve ser uma imensa satisfação saber que seu maior adversário, Fernando Henrique, não tem apoio popular, e sua presença ao lado de Serra pode até prejudica-lo.    

Quando eu cheguei do exterior não conseguia suportar a voz do Lula na televisão. Fiquei admirado das pessoas haverem se acostumado com aquele som, tão feio que parece um dublador de vilão de desenho animado. Eu mudava de canal na mesma hora. Com a Dilma vai ser muito pior. Essa Dona é extraordinária, impossivel imagina-la alguma coisa acima de vereadora em Manhuaçu. Nos meus tempos de universidade jamais seria possivel Dilma ser lider em algum dos grupamentos de esquerda. Nem no Partidão, nem na AP, ou na Polop ou independentes. Pessoas do seu nivel poderiam ser ” base”, ou seja, a massa manipulada. Qualquer um dos coordenadores daquelas organizações teria vergonha de apresenta-la como um “quadro”, palavra que sugeria alguém de expressão. O nivel das lideranças foi caindo a partir de 1964 e chegou a isso, Dilma. Está circulando na internet um vídeo que mostra o que nos espera:  Dilma está se esforçando para dizer que leu o livro “As Brasas”, do húngaro Sándor Márai, e é uma luta, um parto, que coisa horrivel, constrangedora. Lula deve adorar tê-la nos impingido. Alguém muito pior do que ele jamais foi.

Eis o vídeo:       

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[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=qWgol6I-YpY&feature=related]    

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Condenado na Índia o terrorista que matou 166 pessoas. Seu nome ? MOHAMMED ETC. Puxa, outro Mohammed ? Isso não acaba nunca. E nos Estados Unidos, o sujeitinho da bomba em Times Square chama-se Faisal Shahzad. Nossa, que surpresa, pensei que fosse Antoine Villeneuve. E que sorte a do Obama. Se a bomba explode como é que ia ficar o seu governo de um ano e meio, depois de oito anos de Bush sem acontecer nada ?    

    

     

Muito pobre o nivel de alguns de nossos correspondentes estrangeiros. Um deles nos alertou a respeito da bomba que não explodiu em Times Square: ” Bem distante do temor de um terrorismo nuclear, temido pelo presidente Barack Obama. Mesmo assim os EUA precisam ficar atentos”. Nossa! Ele tem razão! Que aviso sábio. Os EUA precisam ficar muito atentos, alguém deveria correr e dizer isso para o Obama.    

    

E Obama, não satisfeito em dizer que não vai usar bombas atômicas em retaliação à  ataques com armas químicas e biológicas, agora revelou o número exato de ogivas americanas:5.113  Os objetivos são risiveis: bom-mocismo, a Rússia mirar-se no comportamento americano, a China  ficar mais confiante nos bons propósitos obamísticos e blá, blá, blá. Parece que estamos em 1946, quando os Estados Unidos pensavam que os bolcheviques eram bonzinhos, que tudo era falta de comunicação, que eles não estavam entendendo as boas intenções americanas. O diálogo resolveria a situação. Quer dizer, houve um curto momento em que o presidente Truman foi tão inconsequente quanto Obambi. Acontece que um diplomata americano, George Kennan, enviou para o Dept. de Estado o que ficou conhecido como ” o longo telegrama”, onde dizia para deixarem de serem doidos, que o programa dos comunas russos era liquidar com os Estados Unidos, que não havia nenhum mal entendido, nenhuma falta de diálogo. E assim foi, os EUA cairam na realidade e mudaram seu comportamento.    

(Desculpem uma ou outra repetição de fatos e argumentos básicos)    

Discursando na ONU Ahmadinejad zombou das sanções econômicas. Está certíssimo. Agora, que tal dizer para ele que os EUA vão estabelecer um bloqueio naval e não entra mais gasolina no país ? Acabou o Iran. Se assim mesmo os aitolás não jogarem a toalha, bombardeio nas usinas atômicas durante 15 dias. Muito facil, mas depende de coragem moral dos Estados Unidos.    

————————Um ótimo vídeo sobre O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de maio )

    

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=3VqS4n_dJE4]    

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6 maio, 2010 às 10:37

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Categoria: Artigos

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