O país está pegando fogo

estão dizendo nas ruas que esta mulher é a maior ratazana que já apareceu no Brasil

 

Esta é a primeira página do Globo de sábado, dia 15/11 , que é muito impressionante mas que o lay-out do blog não consegue reproduzir em todo o seu impacto.

 

 

Lava-Jato Ex-diretor de Serviços da Petrobras preso recebia propinas na Suíça

Delator diz ter feito pagamento em conta de offshore de Renato Duque, preso pela Polícia Federal na sexta-feira, numa operação que atingiu também altos executivos de algumas das principais construtoras do país devido a suspeitas de corrupção na estatal

 

 

 

Contratos entre Petrobras e construtoras alvos da Operação Lava-Jato somam R$ 59 bilhões

 

 

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MEUS COMENTÁRIOS:

 

 

Enquanto isto, ontem, Fernando Henrique, fez um pronunciamento: “É dever nosso preservar a democracia respeitando as regras do jogo, respeitando a Constituição, aceitando derrotas e estando sempre dispostos, derrotados ou vitoriosos, a cumprir a lei e defender o Brasil”

É possível? Não parece a redação que uma professora da 1a. série pediu a um menino sobre o tema “A democracia e a constituição”? Não parece que é um petista defendendo o governo? Por favor, leiam outra vez.

E o Geraldo Alckmin : ” Sou totalmente contra o impeachment .Totalmente” Precisava dizer? Precisava tirar a força das manifestações de rua ? Se é contra, poderia politicamente ter se mantido calado, o que teria sido muito melhor para nós. Sabe-se que todo o grupo FHC “tenta há mais de uma semana viabilizar um manifesto defendendo respeito aos princípios originais do PSDB e à social-democracia”. Em outras palavras: querem continuar com o mesmíssimo tipo de oposição que levou o PT a ter condições de implantar uma ditadura bolivariana.

 

ATENÇÃO: Se essa dona não pode ser impichada, nunca mais na história brasileira vai ser possivel se cogitar do processo em qualquer outro presidente, sem se pagar um alto preço em explicações sobre o que foi que aconteceu nestes dias que estamos vivendo. O impeachment de Collor, por exemplo, entraria para a pauta de assuntos ridículos. 

 

 

E o Aécio:Defendendo sempre a democracia, as manifestações são legítimas e devem continuar”. Pelo menos não está contra as passeatas, mas poderia ter cortado a primeira parte, a tal “defendendo a democracia”. Para que abrir a boca desse jeito ? Nem parece mineiro. Melhor assim: “As manifestações são legítimas e devem continuar”. Pronto.

 

 

E antes que eu me esqueça:  Reinaldo Azevedo escreveu assim, hoje:

Canalha minoritária e golpista macula protesto legítimo e democrático contra desmandos do governo petista”

Que direito tem esse pavão autoritário, arrogante, de chamar os que pedem a intervenção militar, de canalhas?  COM QUE DIREITO esse imbecil que se julga o máximo comete uma ofensa desse tamanho ???  O que ele precisa ouvir urgentemente é alguma coisa assim : Canalha é a mãe!

 

 

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Cúpula da empreiteira Camargo Corrêa se entrega à Polícia Federal

 

 

 

Justiça nega habeas corpus a executivos de empreiteiras

 

 

 

 

 

 

 

Desculpem as repetições das notícias e fotos mas achei melhor assim. Elas compõem um quadro em movimento, vivo, e os vários ângulos transmitem a sensação da velocidade dos acontecimentos.

 

 

 

           Roseana Sarney é acusada de receber propina de doleiro. Em troca, ela teria antecipado R$ 120      milhões a construtoras

  • Corrupção na Petrobras leva à prisão diretores de empreiteiras Ação da PF foi a 7ª fase da Operação Lava-Jato, que investiga a estatal
  • Contratos entre Petrobras e alvos da Lava-Jato somam R$ 59 bi Segundo a PF, o número total de empresas investigadas chega a 15
  • Os alvos da sétima etapa da operação Lava-Jato
  • A nova fase da Operação Lava-JatoAgentes cumprem mandados de prisão em cinco estados e no Distrito Federal
  • Funcionário da OAS distribuía dinheiro do esquemaJosé Ricardo Breghirolli esteve no escritório de Youssef 26 vezes
  • Cúmplice de Duque teria recebido US$ 100 milhões Ex-diretor está envolvido em nove desvios
  • Corrupção na Petrobras leva chefes de empreiteiras à prisão PF DETÉM 21 EXECUTIVOS, DOS QUAIS 3 PRESIDENTES DE GRANDES EMPRESAS E UM EX-DIRETOR DA ESTATAL
  • Propinas a Duque eram pagas em conta na Suíça, diz delator Um dos pagamentos teria sido feito na Suíça. Indicado pelo PT, Duque é tido como principal operador do partido nos desvios da estatal
  • Para assessores de Dilma, mudança na estatal é ‘inevitável’ Assessores da presidente Dilma consideram “inevitável” uma reformulação na Petrobras. Não está descartada a saída de Graça Foster do comando da estatal
  • Igor Gielow: Crise tem combustível para superar mensalão Parece muito difícil para a presidente escapar dos respingos do viscoso óleo da corrupção encontrado pela Polícia Federal no subsolo da Petrobras
  • Mario Cesar Carvalho: Policiais querem quebrar blindagem de corruptores Com os corruptores acuados e presos, acreditam os policiais, há uma chance histórica de a corrupção deixar de ser epidêmica no país  
  • O ESTADÃO:  
  • Atônito com a velocidade da Lava Jato, Planalto avalia como preservar Dilma (VERA ROSA)
  • Ação da PF levou à prisão presidente de grandes empreiteiras e o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque Empreiteiras doaram R$ 182 mi a campanhas PF prende empresários e ex-diretor da Petrobrás
  • Grupo de nove empreiteiras formava espécie de ‘clube vip’ para desviar recursos da Petrobrás
  • PF mantinha principais alvos sob vigilância
  • Alvos movimentaram R$ 90 mi para doleiro Executivos apontam pagamento de propina a ex-diretor da Petrobrás ligado ao PT por seis obras
  • Defesa de Duque diz que prisão é ‘injustificada’
  • Ex-diretor desviou de ‘2% a 3%’ dos contratos Outro lado: Empresas investigadas na operação Lava Jato dizem que colaboram com a Justiça
  • Operador do PMDB pagou US$ 8 mi em propina
  • Força-tarefa viaja para Suíça em busca de novas provas contra cartel
  • Promotores de Justiça e procuradores da República vão a Berna em dezembro para rastrear contas utilizadas para pagamento de propina a agentes públicos
  • Envolvidos no escândalo da SBM com Petrobrás já foram notificados, diz CGU
  • PF prende presidentes de empreiteiras e ex-diretor da Petrobrás ligado ao PTEm ação inédita, maiores empresas de infraestrutura do País são alvo de blitze e veem seus executivos levados para a cadeia temporariamente;
  • Justiça também mira em Renato Duque, nome indicado por Dirceu para a direção de estatal petrolífera
  • Brasília – Quatro presidentes de grandes empreiteiras, 15 executivos e um ex-diretor da Petrobrás ligado ao PT tiveram prisões decretadas nesta sexta-feira, 14, em uma ação policial de proporções inéditas no País.
  • Foi a sétima etapa da Operação Lava Jato, batizada de Juízo Final, cujo principal objetivo é buscar provas contra corruptores.
  • Nove construtoras que estão entre as maiores doadoras de campanhas e concentram as obras públicas mais vultosas do Brasil tiveram suas sedes vasculhadas pela força-tarefa que apura desvios na Petrobrás. O cartel de empresas sob suspeita amealhou, mediante fraudes e pagamento de propinas, o equivalente a R$ 59 bilhões em contratos na estatal petrolífera, segundo os investigadores.
  • Os 36 investigados nessa fase da operação tiveram R$ 720 milhões em bens bloqueados. As suspeitas envolvem possíveis crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à lei de licitações e lavagem de dinheiro. .
  • Ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque na chegada à sede da Polícia Federal, no Rio
  • Para cumprir os 85 mandados judiciais, foram mobilizados 300 policiais federais, com o apoio de 50 servidores da Receita Federal, no Paraná, São Paulo, Rio, Minas Gerais, Pernambuco e no Distrito Federal. Entre os presos estão os presidentes da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, e da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa. Dalton Avancini, presidente da Camargo Corrêa, não havia sido preso ou se entregado até a conclusão desta edição. Valdir Carreiro, que comanda a Iesa Óleo e Gás, vai se entregar à noite. A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de dois executivos da Odebrecht. O Ministério Público pediu a prisão de Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo. A Justiça não autorizou, segundo a Polícia Federal. O ex-diretor-presidente da construtora Queiroz Galvão, Ildefonso Colares, se entregou na superintendência da PF em Curitiba no final da tarde. A assessoria de imprensa da Queiroz informou que ele não trabalha para o grupo desde 2012. O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, que mora em Brasília, negociou com a PF se entregar em Curitiba até o fim da noite.   .
  • A prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, antecipada pelo portal estadao.com.br, contudo, foi a que mais deixou Brasília apreensiva. Ele foi mantido na diretoria da Petrobrás de 2004 a 2012. A indicação partiu de José Dirceu, condenado no mensalão – o ex-ministro nega ter feito a indicação. A suspeita é que o outro elo com o partido seja o tesoureiro do PT João Vaccari Neto.   O Ministério Público Federal, que integra a Operação Lava Jato, chegou a pedir a prisão da cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima, o que foi negado pela Justiça. Acusada de receber “quantias vultosas em espécie” do doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema, a pedido da empreiteira OAS, ela prestou depoimento em cumprimento a mandado de condução coercitiva.   O Ministério Público acusa Duque de receber propina em contas abertas em paraísos fiscais fora do País ou em dinheiro vivo. Os pagamentos seriam viabilizados pelo principal agente financeiro da organização investigada: Youssef. O doleiro aceitou fazer delação premiada em troca de redução de pena.   O operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobrás Fernando Soares, o Fernando Baiano, também teve mandado de prisão expedido pela Justiça. Os policiais, entretanto, não encontraram Baiano.   Em abril, 46 investigados na Lava Jato foram indiciados. Em depoimentos à PF e à Justiça Federal no Paraná, onde corre o processo, Costa chegou a afirmar que fazia pagamentos de propina a integrantes de partidos políticos, entre eles PP, PMDB, PT e PSDB.   O Ministério Público Federal e a PF destacaram que a operação deflagrada nesta sexta tem base em documentos apreendidos nas fases anteriores da Lava Jato e nos depoimentos de testemunhas e colaboradores, exceto as delações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef. As revelações feitas por Costa e Youssef estão sob o crivo do Supremo Tribunal Federal porque envolvem deputados e senadores, que detêm foro privilegiado perante a Corte. / Colaborou Lilian Venturini

    Capa

     

    O ESTADÃO:

    Atônito com a velocidade da Lava Jato, Planalto avalia como preservar Dilma

    (VERA ROSA)

    Ação da PF levou à prisão presidente de grandes empreiteiras e o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque

    Empreiteiras doaram R$ 182 mi a campanhas
    PF prende empresários e ex-diretor da Petrobrás
    Daniel Teixeira/Estadão - Presos da Lava Jato deixam a sede PF em SP para serem levados à Curitiba

    Grupo de nove empreiteiras formava espécie de ‘clube vip’ para desviar recursos da Petrobrás

    • PF mantinha principais alvos sob vigilância
    • Alvos movimentaram R$ 90 mi para doleiro
    Márcia Foletto/Agência O Globo - Ex-diretor da Petrobrás é preso no Rio

    Executivos apontam pagamento de propina a ex-diretor da Petrobrás ligado ao PT por seis obras

    • Defesa de Duque diz que prisão é ‘injustificada’
    • Ex-diretor desviou de ‘2% a 3%’ dos contratos
    Sérgio Castro/Estadão - Agentes da PF carregam documentos apreendidos durante a Operação Lava Jato

    Outro lado: Empresas investigadas na operação Lava Jato dizem que colaboram com a Justiça

    • Operador do PMDB pagou US$ 8 mi em propina

    Força-tarefa viaja para Suíça em busca de novas provas contra cartel

    Promotores de Justiça e procuradores da República vão a Berna em dezembro para rastrear contas utilizadas para pagamento de propina a agentes públicos

    Envolvidos no escândalo da SBM com Petrobrás já foram notificados, diz CGU

     

    PF prende presidentes de empreiteiras e ex-diretor da Petrobrás ligado ao PT

    Em ação inédita, maiores empresas de infraestrutura do País são alvo de blitze e veem seus executivos levados para a cadeia temporariamente; Justiça também mira em Renato Duque, nome indicado por Dirceu para a direção de estatal petrolífera

     

    Brasília – Quatro presidentes de grandes empreiteiras, 15 executivos e um ex-diretor da Petrobrás ligado ao PT tiveram prisões decretadas nesta sexta-feira, 14, em uma ação policial de proporções inéditas no País. Foi a sétima etapa da Operação Lava Jato, batizada de Juízo Final, cujo principal objetivo é buscar provas contra corruptores. Nove construtoras que estão entre as maiores doadoras de campanhas e concentram as obras públicas mais vultosas do Brasil tiveram suas sedes vasculhadas pela força-tarefa que apura desvios na Petrobrás. O cartel de empresas sob suspeita amealhou, mediante fraudes e pagamento de propinas, o equivalente a R$ 59 bilhões em contratos na estatal petrolífera, segundo os investigadores. Os 36 investigados nessa fase da operação tiveram R$ 720 milhões em bens bloqueados. As suspeitas envolvem possíveis crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à lei de licitações e lavagem de dinheiro.   .

    Márcia Foletto/Agência O Globo
    Ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque na chegada à sede da Polícia Federal, no RiAs prisões dos presidentes das empreiteiras são temporárias, com duração de cinco dias, mas podem ser prorrogadas “por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade”. Para cumprir os 85 mandados judiciais, foram mobilizados 300 policiais federais, com o apoio de 50 servidores da Receita Federal, no Paraná, São Paulo, Rio, Minas Gerais, Pernambuco e no Distrito Federal. Entre os presos estão os presidentes da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, e da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa. Dalton Avancini, presidente da Camargo Corrêa, não havia sido preso ou se entregado até a conclusão desta edição. Valdir Carreiro, que comanda a Iesa Óleo e Gás, vai se entregar à noite. A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de dois executivos da Odebrecht. O Ministério Público pediu a prisão de Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo. A Justiça não autorizou, segundo a Polícia Federal. O ex-diretor-presidente da construtora Queiroz Galvão, Ildefonso Colares, se entregou na superintendência da PF em Curitiba no final da tarde. A assessoria de imprensa da Queiroz informou que ele não trabalha para o grupo desde 2012. O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, que mora em Brasília, negociou com a PF se entregar em Curitiba até o fim da noite.

     

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    Nilton Fukuda/Estadão
    Agentes da Polícia Federal em frente ao prédio da Camargo Correia, na capital paulista

     

    Ligações. A prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, antecipada pelo portal estadao.com.br, contudo, foi a que mais deixou Brasília apreensiva. Ele foi mantido na diretoria da Petrobrás de 2004 a 2012. A indicação partiu de José Dirceu, condenado no mensalão – o ex-ministro nega ter feito a indicação. A suspeita é que o outro elo com o partido seja o tesoureiro do PT João Vaccari Neto.   O Ministério Público Federal, que integra a Operação Lava Jato, chegou a pedir a prisão da cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima, o que foi negado pela Justiça. Acusada de receber “quantias vultosas em espécie” do doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema, a pedido da empreiteira OAS, ela prestou depoimento em cumprimento a mandado de condução coercitiva.   O Ministério Público acusa Duque de receber propina em contas abertas em paraísos fiscais fora do País ou em dinheiro vivo. Os pagamentos seriam viabilizados pelo principal agente financeiro da organização investigada: Youssef. O doleiro aceitou fazer delação premiada em troca de redução de pena.   O operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobrás Fernando Soares, o Fernando Baiano, também teve mandado de prisão expedido pela Justiça. Os policiais, entretanto, não encontraram Baiano.   Em abril, 46 investigados na Lava Jato foram indiciados. Em depoimentos à PF e à Justiça Federal no Paraná, onde corre o processo, Costa chegou a afirmar que fazia pagamentos de propina a integrantes de partidos políticos, entre eles PP, PMDB, PT e PSDB.   O Ministério Público Federal e a PF destacaram que a operação deflagrada nesta sexta tem base em documentos apreendidos nas fases anteriores da Lava Jato e nos depoimentos de testemunhas e colaboradores, exceto as delações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef. As revelações feitas por Costa e Youssef estão sob o crivo do Supremo Tribunal Federal porque envolvem deputados e senadores, que detêm foro privilegiado perante a Corte. / Colaborou Lilian Venturini

     

     

     

     

     

            Fim de linha

    Merval Pereira15.11.2014 8h00m

    O título escolhido pelo Merval diz tudo.

    O escândalo maiúsculo da Petrobras vai bater diretamente na política, por que essas empreiteiras incriminadas e esses executivos ora presos estavam ligados umbilicalmente a políticos, e foram colocados lá cada um com seu cada qual, isto é, diretores indicados diretamente por partidos políticos como PT, PP e PMDB. Por isso mesmo, vai mexer com a estrutura da política brasileira, é um marco que se espera final nesse processo político do jeito que está sendo tocado.
  • Chegamos ao fim da linha, não é possível mais. Prejudica a maior estatal brasileira, prejudica o país economicamente e também na sua imagem de Nação civilizada e moderna, e prejudica a política. É inviável continuarmos nesse processo destrutivo.
  • O esquema é fundamentalmente de financiamento político, montado no Palácio do Planalto a exemplo do mensalão, para financiar a base congressual governista, e vai bater no ex-presidente Lula e na presidente Dilma, que domina a área de Minas e Energia desde quando era Ministra, no primeiro governo petista.
  • É claro que alguém coordenou esse trabalho, alguém sabia o que estava acontecendo. Muito difícil imaginar que no Palácio do Planalto ninguém soubesse. No processo do mensalão já havia uma grande desconfiança de que era impossível um esquema daquele tipo sem um alto grau de comando. Caiu em cima do então ministro Chefe do Gabinete Civil José Dirceu como o último da linha de comando, por falta de condições políticas de chegar mais acima na escala de poder, mas desta vez é complicado dizer que Lula e Dilma nada sabiam.
  • O doleiro Alberto Yousseff já disse em depoimento da delação premiada que os dois sabiam, e a situação está incontrolável. Como Chefe do Gabinete Civil, Dilma presidiu o Conselho de Administração da Petrobras. Em janeiro de 2010, conforme lembrou ontem em editorial intitulado “Lula e Dilma sempre souberam” o jornal Estado de S. Paulo, Lula vetou os dispositivos da lei orçamentária aprovada pelo Congresso que bloqueavam o pagamento de despesas de contratos da Petrobrás consideradas superfaturadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
  • Aliás, desde 2008 o Fiscobras, relatório consolidado do TCU com as auditorias feitas em obras que recebem recursos federais, chamava a atenção para os desmandos na construção da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco, um projeto em sociedade com o governo venezuelano com Chavez ainda vivo, e que acabou sendo assumido integralmente pelo governo brasileiro. O custo total orçado inicialmente em pouco mais de R$ 2 bilhões, já atingiu R$ 41 bilhões.
  • Mais impressionante que a abrangência do escândalo da Petrobras é que os corruptores estão sendo presos. O rombo nas contas públicas é fora do padrão, pode envolver R$ 10 bilhões, mas o que está fora dos padrões mesmo, um ponto fora da curva no bom sentido, é a prisão dos corruptores.
  • E a situação ainda vai piorar para o governo e o esquema petista na corrupção. Em pouco tempo, a lista de políticos envolvidos, deputados, senadores, governadores e ex-governadores estará sendo divulgada. Um dia republicano, sentenciou um promotor envolvido na operação. Os agentes da Justiça envolvidos na investigação do que está sendo conhecido como petrolão, aliás, estão sofrendo pressões de toda sorte. Alguns delegados, por exemplo, usaram durante a campanha uma rede fechada do Facebook para externarem posições políticas pessoais de críticas ao governo e apoio ao candidato de oposição Aécio Neves, e isto está sendo tratado como prova de que as investigações têm viés político. O ministro da Justiça mandou até mesmo abrir investigação sobre o caso.
  • Os Procuradores do Ministério Público que atuam no caso saíram em defesa dos delegados, afirmando em nota que a expressão de pensamento pessoal em ambiente fechado é direito constitucional, e não indica que a investigação tenha sido desvirtuada. O juiz Sérgio Moro, responsável pela investigação, aproveitou o despacho em que aprovou as prisões de ontem para defender a atuação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal na condução da investigação. E também respondeu indiretamente à acusação de que os acusados teriam sido coagidos a assinar os acordos de delação premiada. “
  • A prova mais relevante é a documental. Os depósitos milionários efetuados pelas empreiteiras nas contas controladas por Alberto Youssef constituem prova documental, preexistente às colaborações premiadas, e não estão sujeitas à qualquer manipulação”.

 

 

 

 

15 novembro, 2014 às 11:23

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Categoria: Artigos

Comentários (4)

 

  1. Francisco Pompeu disse:

    Grande Mafra,
    Realmente a posição das lideranças peessedebistas é inadmissível. Não apoiam as manifestações, desautorizam as objeções à apuração das eleições secreta e patentemente fraudadas pela cubanovenezuelana SmartMatic, o merda do Alckmin mendigando verbas para enfrentar a crise hídrica elogiando dilma e em seguida sendo desmoralizado pela viúva negra belchior e pela terrível ministra do meio ambiente, o mesmo alckmin declara, antes de quaisquer investigações e contra todas as evidências, que não há razão nenhuma para impeachment da anta! Putz, que merda de oposição é esta? O roubo sistemático das estatais, ao lado do revelado petrolão há o eletrolão, há o bancão, há o infraestruturão, há o comunicaçãozão, há o saudeçãozão, os fundodepensãoçãozões, etctrões. Até os protestos de rua se perdem aparentando bom-mocismo diante de uma imprensa pautada pelo petismo e se dividindo para condenar mais veementemente os pedidos de intervenção militar do que a patente roubalheira petista financiando um projeto monstro de comunização do Brasil. Por uma opsição de verdade! Pela construção de um novo partido: pro livre mercado, pela conservação dos valores cristãos, pelo combate sem meias medidas ao comunobolivarianismo, pela redução pela metade como primeira medida emblemática da carga tributária!

    • claudiomafra disse:

      Caro amigo, aproveito para responder sintetizando, e para isso uso o que coloquei após o post já ter sido publicado:

      E antes que eu me esqueça: Reinaldo Azevedo escreveu assim, hoje, dia 15, sábado:
      “Canalha minoritária e golpista macula protesto legítimo e democrático contra desmandos do governo petista”
      Que direito tem esse pavão autoritário, arrogante, de chamar os que pedem a intervenção militar, de canalhas? COM QUE DIREITO esse imbecil, que se julga o máximo, comete uma ofensa desse tamanho ??? O que ele precisa ouvir urgentemente é alguma coisa assim : Canalha é a sua mãe!

  2. DAVI PIZA disse:

    Prezado Claudio,

    Achei incrivel sua experiencia na Coreia do Norte. Gostaria muito de ir tambem, me passa umas dicas de como alcançar este feito. Devo procurar a embaixada primeiramente?

    • claudiomafra disse:

      Sem duvida, Davi, tente a embaixada. Provavelmente vc terá que fazer Beijing- Piong Yang. abraço

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