Um artigo de Ann Coulter- alguns comentários do blog

BILL KRISTOL DEVE RENUNCIAR
7 de julho de 2010

Michael Steele, presidente do Comitê Republicano Nacional estava absolutamente certo. O Afeganistão é a guerra de Obama e, a julgar por outros recentes empreendimentos dos democratas em assuntos militares, provavelmente, o resultado não será bom.

Foi estupidamente afirmado que a declaração de Steele de que “o Afeganistão é a guerra de Obama” é incorreta  – como se Steele não soubesse  que Bush invadiu o Afeganistão logo após o 11 de setembro. (Ninguém pode esquecer  –  até os liberais fingiram apoiar aquela guerra por três semanas inteiras.)

Sim, Bush invadiu o Afeganistão logo após o 11 de setembro. Nos primeiros poucos meses derrubamos o Talibã, matamos ou capturamos centenas de membros da AL-Qaeda  e organizamos eleições democráticas, elegendo um governo amistoso com a America.

Então Bush declarou vitoria e voltou sua atenção para o Iraque, deixando um mínimo de tropas no Afeganistão para evitar que Osama Bin Laden se reorganizasse, para esmagar os membros da Al-Qaeda e para obter informações secretas.

Tendo um vago conceito dos interesses da nação americana – ao contrario dos liberais – a administração Bush via que um país de camponeses analfabetos morando em cavernas e regidos por “senhores da guerra” não era um alvo primordial para a “construção de uma nação”. Ao contrário do Iraque, que tinha uma população pró-ocidente, jovem e educada, ideal para uma mudança de regime.

Se Saddam Hussein fosse brilhante, seria ainda assim uma vitória maior na guerra ao terrorismo ter um ‘Israel muçulmano’ naquela parte do planeta, e certamente não seria o Afeganistão com taxa de alfabetização de 19%, expectativa de vida de 44 anos e 7 toaletes funcionando.

Mas o Iraque era também um estado financiador do terrorismo; estava tentando construir armas nucleares (de acordo com as infindáveis investigações bipartidárias aqui e na Inglaterra – obrigado liberais!); nutria e dava refúgio a terroristas islâmicos – incluindo os que atacaram o World Trade Center em 1993;  era liderado por um assassino que usava armas de destruição em massa; pagou recompensas a familiares de homens bomba; tinha enormes reservas de petróleo; e está situado no coração de uma região crítica.

Não tendo absolutamente nenhum interesse na segurança nacional da America, todo o Partido Democrata (com exceção de Joe Lieberman) reclamou porque a guerra no Iraque já durava cinco anos, fingindo que eles realmente queriam ir com tudo no Afeganistão. Mas que diabo, o motivo é que eles já tinham votado pela guerra no Afeganistão no rastro do 11 de setembro, ocasião em que teriam sido enforcados como traidores, se tivessem objetado.

A obsessão com o Afeganistão foi pura retórica. Os Democratas não têm interesse em lutar qualquer guerra que possa servir aos interesses americanos. (Eles estão por demais lotados de suas guerras contra Evangélicos, Wal-Mart, o ‘Juramento de Lealdade’ à bandeira e à pátria, veículos utilitários esportivos, e a classe média). Se não estivéssemos no Iraque eles estariam difamando nossa presença no Afeganistão também.

Assim por todo o período da grandiosa e bem sucedida guerra no Iraque, tudo que ouvimos desses Democratas inúteis foi que o Iraque era uma “guerra escolhida”, enquanto que o Afeganistão – a boa guerra! – era uma “guerra necessária”. “Bush se descuidou do Afeganistão!” “Ele se confundiu com a Guerra no Iraque!”  “ONDE ESTA OSAMA?”,   e – a minha favorita – “Não foi o Iraque que nos atacou no 11 de setembro!”.

É claro que também não foi o Afeganistão que nos atacou. Mas os Democratas estavam muito ansiosos com isso tudo e não podiam ser aborrecidos com esses fatos.

As reclamações acima sobre o Iraque vem – quase que literalmente – de discursos e coletivas a imprensa de Obama, Joe Biden e dos consultores sobre segurança nacional do governo Obama, Susan Rice e Richard Clarke. Também, de todo o covarde Partido Democrata. (A propósito, Democratas: AONDE  ESTA OSAMA?)

Obama não incrementou a Guerra no Afeganistão baseado em um estudo cuidadoso dos objetivos estratégicos da America. Ele o fez porque caiu na cilada do seu próprio jogo retórico de criticar a guerra do Iraque enquanto fingia ser um “falcão” no Afeganistão.

Nesse ponto, o Afeganistão é a  Guerra de Obama, assim como o Vietnam era de Lyndon Johnson. É verdade que o presidente John Kennedy foi o primeiro a mandar  tropas para o Vietnam. Tínhamos 16 mil homens no Vietnam quando JFK foi assassinado. Em quatro anos, Lyndon Johnson já tinha enviado 400 mil soldados para lá. Engraçado, Ann Coulter envereda por um caminho perigoso. O envolvimento americano foi justo e o que levou à um impasse completo foi o comportamento das esquerdas DENTRO  dos EUA. O Acordo de Paris (a paz entre os adversários) tinha que ser cumprido – ver a minha matéria “Ho-Chi-Minh virou hamburguer”

Durante os sete anos da guerra do Afeganistão sob a administração Bush, de outubro de 2001 a Janeiro de 2009,  625 soldados americanos foram mortos. Num curto período de 18 meses, Obama quase dobrou esse número: 1.124 americanos mortos.

Os Republicanos costumavam pensar serio na hora de enviar tropas. O presidente Eisenhower mandou ajuda para o Vietnam do Sul, mas disse que ele não podia “conceber uma tragédia maior”para a America do que estar profundamente envolvido com aquela guerra.

Como Michael Steele corretamente mencionou, todo grande poder que tentou encenar uma guerra com o máximo esforço e energia no Afeganistão teve o seu ‘traseiro’ envolvido. Todo mundo sabe que não vale a pena o transtorno e os recursos para tomar um país de pedras e bandidos. Ann está se esquecendo da riqueza mineral (será que existe mesmo?) que seria de trilhões de dólares e foi notícia há pouco tempo. Estive com um capitão russo, em Kabul, cinco anos atrás, e ele foi bem incisivo: “Os americanos estão no Iraque por causa do petróleo, mas aqui é pelos minérios, você sabe disso?”.

Baseado nas regras de combate de Obama a serem seguidas pelos nossos soldados no Afeganistão, nós, aparentemente, não estamos nem lutando uma guerra. A maior força militar do mundo está construindo escolas vocacionais e distribuindo ‘crackers’ de queijo para crianças.
Há até rumores de conceder medalhas a soldados por NÃO atirarem nas pessoas, o que eu deduzo que serão concedidas postumamente. Naomi Campbell é mais grosseira  com seus empregados do que é permitido aos soldados com os guerreiros talibãs. É verdade. Conversei com os soldados americanos a esse respeito. É uma situação absurda: não sabem em que situação podem atirar nos talebans se não estiverem sendo atacados.Têm medo dos danos colaterais, Eu venho insistindo nesse ponto em meus artigos: é necessário aumentar os danos colaterais (e até parece que eu sou articulista importantíssimo dentro dos Estados Unidos)

Mas, agora, ouço que a política oficial do Partido Republicano é apoiar todas as guerras, independente do nosso interesse nacional.

E se Obama decidir invadir a Inglaterra, por estar ainda aborrecido com aquele busto do Churchill?  Esse busto estava na Casa Branca, presente de Blair para Bush, e foi devolvido por Obama, segundo Dorothy Rabinowiz – ver artigo “Um estranho na Casa Branca”. Michael Steele e eu podemos nos opor ? Ou isso desmoralizaria os soldados?

Nossos soldados são os melhores do mundo, mas não são eles que estabelecem as políticas militares. O presidente sim – e ele esta baseando sua estratégia de guerra na cantoria dos cretinos do MoveOn.org (uma organização que representa a Democracia).

No entanto, Bill  Kristol e Liz  Cheney tem exigido a renúncia de Steele da chefia do Comitê Nacional Republicano, dizendo que o Afeganistão é agora de Obama – e, aliás,  uma guerra muito mal planejada. (Não nos avisaram os liberais que os neoconservadores querem uma guerra permanente?)

Pensei que as irredutíveis exigências do Republicanismo fossem eternas, governo pequeno e uma forte defesa nacional, mas acho que eles também querem uma guerra permanente de bandeja agora.

É claro que se Kristol está escrevendo as regras por ser um Republicano, vamos todos ter que nos inscrever para anistia e um “Projeto de Excelência Nacional” também – outros ideais de Kristol para o Partido Republicano. E ainda, John McCain. Kristol era um antigo defensor de McCain para presidente –  e olha no que deu.

Já que exigir renúncias é outra nova posição republicana, aqui esta a minha:  Bill Kristol e Liz Cheney devem pedir demissão imediatamente.

TRADUÇÃO: Célia Savietto Barbosa

12 julho, 2010 às 13:52

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Categoria: Artigos

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