Socialismo, anti-americanismo, lavagem cerebral – SEGUNDA PARTE
Paralelamente ás tentativas de seduzir países, e conquista-los pelo voto, ou pela força, desenvolvia-se a técnica de mentiras que levaram o mundo a odiar os Estados Unidos. Se eram polos opostos, URSS, o centro irradiador do comunismo-socialismo, e os EUA, defensores do capitalismo, da “perversa” relação patrão/empregado, foi fácil deixar de enxergar a absoluta maldade dentro da Russia e passar a ver a culpa da infelicidade do mundo nos americanos. As pessoas não queriam ser fantoches dos russos, de certa forma se amendrontavam, sentia-se que havia alguma coisa de errada com eles, mas concordavam que haviam dado um passo a frente na direção do que no futuro poderia ser mais justo para a humanidade. Rapidamente, espantosamente, os USA deixaram de ser herois da 2a.Guerra para serem vilões do pós-guerra.
Essa máquina se tornou auto-suficiente, e começou a operar em rítmo contínuo. Depois de certo tempo, depois de acertadas suas bases, ninguém no mundo estava manejando os seus cordeis. Ela se auto-alimentava. Era de se supor que com a queda do império soviético o ódio aos USA diminuiria. Isso não aconteceu. Ele se manteve aceso, intocado, na qualidade de sub-produto do socialismo. Oscila conforme a maior ou menor intervenção geopolítica dos Estados Unidos. Maior nas guerras do Afeganistão e Iraque, menor nos tempos de Carter, que pregava a rendição americana, assim como Obama. Mas esse ódio não vem apenas da lavagem cerebral. Ele também é fruto de fatores psíquicos que tem pouco a ver a ver com o pontapé inicial dado pelos bolcheviques. Características humanas, como a inveja da riqueza, do poder e muita coisa mais. Características reconhecidas desde o início dos tempos.
Claudio: não concordo com você por inteiro no tocante à opção juvenil pela esquerda (ou, em outros momentos históricos, pela direita). Parece-me haver motivações várias, com vários pesos. Quando a gente faz 16, 17, 18 anos, começa a dar-se conta das injustiças, das hipocrisias, e por aí vai. O marxismo vulgar provê respostas fáceis, mas persuasivas, se a pessoa não se aprofunda.
Também as éticas religiosas (oprimidos, a busca da verdade, a solidariedade etc.). E, claro, operam as ambições. Jamais me encontrei com um esquerdista, num dos movimentos da juventude com que convivi, que pensasse o regime político ambicionado como uma situação em que fosse simples cidadão, ou seja, não fosse um dos poderosos. Com o tempo, dei-me conta disso, e acho que um bom regime é aquele em que, como cidadão, me sentiria bem, sem precisar ter poder para sentir-me bem. É claro que muitos dos doutrinadores que conhecemos faziam esforços de lavagem cerebral, mas não éramos assim tão crédulos. Felizmente, nunca simpatizei muito com o marxismo, pelas origens católicas (e, confessemo-lo, na direita). Era, talvez, outra lavagem cerebral, mas esta veio desde tenra idade, então não a senti como um peso. Minha conversão esquerda veio gradualmente. Primeiro, abandonei o lacerdismo e, sob a influência do AA, juscelinista convicto, comecei a aceitar o JK, ao longo de seu governo mineiro e depois nacional. Durante muito tempo, contudo, vibrava com a UDN apontando os descalabros do JK… não foi, pois, uma aceitação fácil. Depois, veio o nacionalismo, e, aos poucos, a influência dos pensadores franceses do catolicismo esquerdista.
Bom, uma longa discussão. O McCain antigo é o com quem eu simpatizava. A campanha está mostrando que faz tudo para conseguir aquilo (dinheiro já tem). Uma pena, pois sua história de prisioneiro é relevante.
A lavagem foi algo impressionante porque se propagava feito peste. O Kremlin foi igual a um filme do James Bond, o centro , a máquina perversa que sabia de que maneira usar as pessoas contra os Estados Unidos, não sendo necessário a sua conversão ao socialismo/comunismo. A impopularidade americana estava em todos os cantos do mundo, facilitando o trabalho soviético na Guerra Fria. Os poucos militantes do Partido poderiam fazer o seu trabalho se contassem com a ajuda do que os comunistas resolveram chamar de” inocentes úteis”, ou “idiotas úteis’, nas palavras de Lenin, que no início do inferno comunista percebeu a importância de se contar com eles . Os atuais Sean Penns da vida já existiam e funcionavam muito bem desde aqueles tempos. Desde o início a boiada teve a classificação que se tornou clássica: os militantes, os simpatizantes e os idiotas úteis.
Por último: A ameaça comunista não existe mais e Rússia e China não estão preocupadas em dar continuidade à propaganda “anti-imperialista”. O que permanece de mais importante no processo de ódio aos Estados Unidos são os Liberais americanos, que desmoralizam as melhores intenções de seu país e fornecem munição para todo o mundo. De fato, como o blog já comentou inúmeras vezes, eles são anti-americanos por excelência.