A Ocupação de Wall Street (Ann Coulter)

APARTIDÁRIOS, sanguessugas e parasitas: Conheça o Partido das Pulgas!

Ann Coulter

Até agora, a única grande conquista dos manifestantes do “Ocupe Wall Street” é que eles finalmente puseram um fim na iniciativa anterior, “Ocupem os Porões de Nossas Mães”.
Estranho demais para um grupo de perfil tão respeitável – uma mistura de adolescentes procurando uma causa, membros de sindicatos do setor público, traficantes, criminosos, adolescentes fujões, pessoas que têm estado em cada protesto desde o Movimento do Discurso Livre de Berkeley, Andrea Dworkin e afins, com cabelos concentrados em rabos de cavalo, e outros tantos de democratas –eles não conseguem nem explicar contra o que estão protestando.

 

Os manifestantes ou lidam com investigações sobre seus propósitos como uma questão de fraude, engano, ou – pior – apregoam instantâneamente uma serie de causas insanas: “Número 1, a abolição do capitalismo; número 2, porque o 11 de setembro foi um trabalho interno; número 3 porque Mumia* é inocente…”

*Mumia Abu-Jamal: ativista e jornalista, membro dos Panteras Negras  até 1970, condenado a morte pelo assassinato em 1981, do policial Daniel Faulkner .  No corredor da morte, sua sentença é debatida até hoje.

 

Curiosamente, o único ponto com o qual manifestantes e seus admiradores concordam totalmente, no Partido Democrata e na mídia corrente, é que “Ocupem Wall Street” deveria ser comparado ao Tea Party. Sim, este seria o mesmo Tea Party que tem sido denunciado e difamado pelo Partido Democrata e a mídia nos últimos três anos.

 

Com um adendo: o Comitê Democrata Nacional chamou os membros do Tea Party de “multidões furiosas” e “extremistas radicais da direita”. A ABC disse que eles eram uma“gentalha”. A CNN os acusou de “multidão provocadora”. Harry Reid os chamou de“representantes do diabo”. Nancy Pelosi disse que eles eram “antiamericanos”.Anderson Cooper da CNN e cada um dos anfitriões na MSNBC denominaram os membros do Tea Party de um nome que se referia a um obscuro ato sexual ‘gay’.

Mas, aparentemente, os liberais não puderam se convencer de que os membros do Tea Party eram um grupo extremista sem valor param não ser imitado.

No mínimo, eles estão embaraçados com o que são, na realidade, os manifestantes de Wall Street: são sem partido, sanguessugas e parasitas. Esse é o Partido das Pulgas (‘Flea Party’) – e não Tea Party.

Ao contrario de todas as besteiras que você sempre ouve sobre como os protestos de rua contra a lei e desobediência civil dizendo que fazem parte da tradição americana – “pelo que nossas tropas estão lutando!” – eles não são. Somos um povo ordeiro com recursos democráticos ao nosso dispor para mudar nosso governo.

A razão de termos uma república constitucional vem de uma revolta de uma multidão. Logo após a revolução americana, a Rebelião de Shays* aterrorizou e enfureceu tanto os americanos que eles exigiram um governo federal capaz de esmagar essas multidões.

* Rebelião armada em Massachusetts em 1786-87 iniciada por Daniel Shays, veterano da Guerra Revolucionária Americana.

 

Por aproximadamente 200 anos, os americanos compreenderam que eles viviam num país capaz de produzir maus políticos e políticas sofríveis, mas isto estava sujeito a mudanças,  através de meios pacíficos e democráticos. Não havia necessidade de tumultos ou de atacar prédios porque não tínhamos um rei. Tínhamos um governo representativo.

Mesmo quando havia injustiça, havia mecanismos constitucionais para endireitar os erros.

Por mais ou menos um século após a Guerra Civil, os republicanos congressistas continuaram introduzindo leis que complementaram as emendas dos direitos civis – somente para serem bloqueadas por Democratas segregacionistas. Mas então, o procurador Thurgood Marshall adiantou-se e começou a ganhar casos antes da Suprema Corte, redimindo direitos constitucionais dos negros americanos através do judiciário.

Enquanto um republicano esteve na Casa Branca, aquelas vitórias foram forçadas. Em 1957, o presidente Dwight Eisenhower enviou a 101º Divisão Aerotransportada para Little Rock, Arkansas, para garantir que as crianças voltassem para a escola, desafiando o governador democrata segregacionista de Arkansas, Orval Faubus –amigo de Bill Clinton.

É para isso que a nossa constituição foi definida: para usar a força do governo federal para sustentar a lei quando os estados não puderam (Rebelião de Shays) ou não fizeram (Democratas segregacionistas).

Se Richard Nixon tivesse ganhado a eleição de 1960, em vez de John F. Kennedy –como alguns dizem que ele ganhou – nunca teria havido necessidade para Rosa Parks, os Freedom Rides e o resto da desobediência civil do movimento dos direitos civis.

Mas tão logo os Democratas obtiveram o controle da Casa Branca, a aplicação das regras de direitos civis na Suprema Corte passou por uma drástica parada. Democratas eleitos nos estados estavam livres para violar regras constitucionais legítimas sem interferência dos presidentes democratas.

O engenhoso sistema que nos foi dado por nossos Pais Fundadores* vacilou diante do obstrucionismo moralmente corrupto dos Democratas eleitos. Eles simplesmente se recusaram a aceitar e executar as regras – covardemente, como um coro a nível estadual e federal.

*John Adams, Benjamin Franklin, Alexander Hamilton,John Jay, Thomas Jefferson,James Madison, George Washington e outros.

Aqui, finalmente, um apropriado caso para protesto não violento. Não houve outra justificativa para desobediência civil nesse país até que a Suprema Corte inventou um “direito” ao aborto no caso Roe versus Wade – outro ato de ilegalidade dos liberais.

(Tudo isso e mais ainda está detalhado no esmagador best-seller: “Demonic: Como a multidão liberal está colocando a America em perigo!”).

Agora, os liberais comparam cada uma de suas badernas, cada obstáculo ao tráfego, cada protesto de rua com destruição de vidraças de Starbucks, aos movimentos pelos direitos civis – que só foi necessário por causa deles. Esses “Ocupe Wall Street”ignorantes parecem imaginar que eles são negros, vivendo no Alabama do governador democrata George Wallace, em 1963.

Ao contrário, os manifestantes de Wall Street não têm objeções específicas e nem propostas políticas sérias num país que é governado, como Abraham Lincoln colocou,“pelo povo”. Eles protestam porque eles gostam de criar desordem, não porque a lei está sendo ignorada ou os seus direitos violados sem punnição por oficiais do governo.
Eles não estão nas tradições dos membros do Tea Party, muito menos de nossos Pais Fundadores. Eles não estão na tradição do movimento pelos direitos civis ou da Operação Resgate. Eles vêm da tradição da Rebelião de Shays, dos Weathermen* e Charles Manson.

*Grupo revolucionário do final dos anos 60 que se propunha a lutar contra o sistema/governo por meio de ações armadas clandestinas.

TRADUÇÃO de Célia Savietto Barbosa

18 outubro, 2011 às 12:14

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Categoria: Artigos

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