Os militares escrevem cheios de cortesia e recebem as chibatadas da esquerda
Do Cel R Gobbo Ferreira
Caríssimas (os) amigas(os):
Depois de anos de profundo silêncio, a voz de nossos companheiros começa a se fazer ouvir e a causar perturbação nas hostes inimigas. Os ataques às FFAA tem sido revidados e percebe-se que a verdade começa a lutar para se impor. Os Generais Rocha Paiva e Felício aproveitaram com rara felicidade a oportunidade que tiveram. É preciso sustentar o fogo!
Miriam Leitão publicou n´O Globo um artigo denominado “Círculo Militar”,onde tece as considerações de sempre sobre nós e sobre a comissão da verdade. Aí vai minha resposta enviada hoje a ela.:
Nota do blog: O Cel Gobbo Ferreira é muito educado, como de resto os militares que têm respondido aos jornalistas agressivos, sem educação nenhuma.Por exemplo, logo abaixo ele vai tratar a Miriam de “Senhora”, o que é excessivo. Elogiar sua inteligência também. Esses são caminhos equivocados que só servem para que essas figuras mais ou menos doentias “cresçam”, e se tornem mais atrevidas. A Miriam é agressiva, burra feito uma porta, hidrofobamente anti-militar e anti-Estados Unidos. Uma figura muito feia, por dentro e por fora. É o retrato da mediocridade que vivemos: tem uma imenso espaço na TV Globo e na CBN. Vamos deixar os rapapés de lado. Pode ser uma violência para quem aprendeu a tratar com respeito as mulheres, mas é melhor pensar um pouquinho para não dar muita corda, e fazer com que sejam mal interpretados. Palavras mais cruas podem ser mais eficazes para que se possa desenvolver um diálogo, ainda que penoso para quem tem que enfrentar pessoas enfurecidas pela lavagem cerebral. Existe um custo alto, perigoso, para esse excesso de polidez.
Prezada Senhora Miriam Leitão:
Tendo lido seu artigo “Círculo Militar” e, dada a elevada conta em que tenho sua inteligência, me sinto obrigado a entrar em contato com a Senhora para lhe oferecer, com profundo respeito às suas opiniões pessoais e ao seu direito de expressá-las, uma interpretação, também pessoal, do problema da chamada comissão da verdade, uma vez que nele a Senhora acusa os militares brasileiros, entre outras coisas, de se oporem radicalmente a sua criação. Pelo amor de Deus, Coronel, o senhor acha mesmo que ela vai acreditar nessa introdução ? É o caminho certo para despreza-lo. Para essa turma a educação, partindo presumivelmente dos mais fortes, é sinal de fraqueza.O que eles melhor entendem são os murros na mesa. A partir daí, sim, adjetivam menos, seguram a língua, prestam atenção no que se está dizendo, e por incrivel que pareça o diálogo se torna muito melhor. Parece uma contradição, mas é como tratar com crianças desrespeitosas.
Os senhores não devem saber, mas a partir da primeira entrevista, o problema militar deu uma alavancagem na carreira da Exma. Senhora Dra. Miriam Leitão dentro da Globo. A Exma Senhora não passa um dia sem ser cumprimentada pela corajosa posição tomada, pela coragem demonstrada, e vai modestamente agradecendo aos abraços, pequenos toques, polegares para cima.
O problema fundamental é que vivemos em uma época em que o partido de plantão no poder não merece qualquer confiança nos quesitos ética, moral, justiça, respeito e, em consequência, verdade. Não há como acreditar que esse grupo queira, de fato, buscá-la. O Cristo é claro quando afirma que “…a árvore ruim não pode dar bons frutos.”
Com efeito, as esquerdas brasileiras, derrotadas no campo de luta pela contrarrevolução de 1964, se esmeraram desde então em uma campanha de propaganda bem ao tipo Gramsci, visando reescrever a história, distorcendo fatos, negando suas verdadeiras intenções e demonizando aqueles que os enfrentaram e venceram naquela oportunidade.
A verdade é que os grupos que foram combatidos não desejavam, de maneira nenhuma, “restabelecer a democracia no Brasil”, como dizem, mas sim fazer exatamente o contrário, estabelecendo no país uma ditadura comunista. Esse desiderato é hoje confirmado por inúmeros então participantes daquelas manobras, hoje desiludidos e trazidos à luz da razão pelo amadurecimento político e pelo convencimento da absoluta falta de competência daquele regime para trazer o bem estar ao povo, embora excepcionalmente efetivo para promover o enriquecimento pessoal ilimitado dos membros da “intelligentsia” do partido.
Os militares em particular constituem o alvo preferencial de suas manobras escusas, primeiro porque nunca deixarão de agir, por todos os meios de que disponham, até mesmo com o sacrifício da própria vida, para impedir que o Brasil seja arrastado a aventuras inconsequentes, e segundo porque a devoção à honra, à ética, à moral e à Pátria faz com que as FFAA sejam a instituição de maior prestígio junto ao povo brasileiro. É essencial para aqueles grupos que a imagem de seus integrantes seja denegrida perante a população.
Eles são pintados como seres sádicos, sedentos de sangue, torturadores cruéis, que escolhiam suas vítimas entre pessoas inocentes e ingênuas, sem qualquer vínculo com as monstruosidades que o terrorismo vinha praticando, que eram aprisionadas, torturadas e eventualmente até mortas sem ter a mínima ideia do porque daquelas atitudes contra elaÉ possível que tenha havido violações por parte dos agentes da lei no combate ao terrorismo. Mas suas vítimas nunca foram inocentes e, menos ainda, ingênuas. Os excessos, se os houve, foram cometidos no ardor do empenho em prever e neutralizar atentados terroristas, estes sim, que matavam e feriam, a torto e a direito, civis absolutamente inocentes e espalhavam a insegurança e o medo entre a população ordeira e pacífica. É preciso ter vivido naquela época, ou ter a humildade de procurar se esclarecer a respeito, para entender a excepcionalidade do momento que se vivia.
Se houve ilícitos, os houve de ambos os lados, em uma situação de guerra revolucionária. A Lei da Anistia, ampla, geral e irrestrita, tão enfaticamente exigida pelo povo brasileiro, veio para pacificar a Nação e apagar as nódoas do passado sepultando definitivamente as violações por parte de todos os envolvidos. Se for verdade que as forças do Estado agiram mal contra terroristas, isso só ocorreu tentando evitar que aqueles indivíduos continuassem semeando a morte e a destruição no seio do povo. Se uns forem passíveis de execração pública, outros o serão ainda mais, pela aleatoriedade de seus alvos.
A Senhora parece espantar-se com o fato de o Gen. Rocha Paiva lançar dúvida sobre a ocorrência ou não de tais crimes e de tortura nas instalações militares da época. Essa dúvida existe sim, pois a orientação da esquerda, muito bem explicitada pelo ator comunista Mario Lago, era para que qualquer um que tivesse sido detido, qualquer que fosse o motivo ou a duração de sua detenção, declarasse peremptoriamente ter sido barbaramente torturado. Logo, cabe perfeitamente dúvida sobre se a Exma. Senhora presidente da República tenha realmente sofrido qualquer mau trato que seja.
Por isso tudo, uma comissão de tal ordem é impossível dentro do ambiente de mentiras e malfeitos em que está mergulhado nosso país, ambiente esse previamente criado por aqueles que agora se transvestem em paladinos da verdade. Os militares não seriam contra comissão nenhuma se houvesse a garantia absoluta de que, sob o manto da Lei da Anistia, a verdade, toda a verdade e somente a verdade fosse seu objetivo. Se se buscasse mostrar o que aconteceu, porque aconteceu, quem fez o que e porque o fez. Aí sim, se teria uma Comissão da Verdade com letras maiúsculas. Mas o que se deseja é dar aos terroristas de ontem a auréola de libertadores democratas e aos militares de sempre a pecha de criminosos cruéis.
Militares de ontem, de hoje e de sempre jamais se envergonharão de seu papel naqueles tempos de exceção. Patrícios nossos, mas agindo em nome de Cuba, da China e da Rússia, pegaram em armas para implantar o comunismo em nossa Pátria. Foram derrotados. Vieram, mas não passaram. E assim será sempre, porque assim os soldados da Pátria juraram que tem que ser.
Os militares brasileiros não se pejam de serem submetidos ao poder civil, pois que isso é uma característica republicana e eles são guardiões da República. O poder político não faz parte de seus objetivos, nem remotamente. As FFAA são instituições de Estado, fieis servidoras da Pátria, respeitando a autoridade de todo e qualquer governo democraticamente eleito e respeitador da Constituição ele também. Excepcionalmente, esses votos foram rompidos em 1964, em uma operação extrema de garantia da lei e da ordem, por exigência direta do povo nas ruas.
Agradecendo profundamente por seu tempo e desejando que minhas palavras tenham despertado na Senhora o desejo de aprofundar seu conhecimento sobre aquela época, aproveito esta rara oportunidade para apresentar-lhe meus protestos de respeitosa consideração. Novamente, coronel, para escrever desta maneira é melhor ficar quieto. De fato, eu preferiria que o senhor não se manifestasse.
Cordialmente,
José Gobbo Ferreira
nota do blog: aqui está um otimo exemplo do meu comentário lá em cima. A Miriam não perdeu tempo nenhum e nem teve despertado nenhum desejo de blá, blá, blá. Deve ter rido da ingenuidade do coronel. Apenas cresceu na sua carreira, ganhou mais notoriedade. Os “protestos de respeitosa consideração ” são excessivos. Ela encara tudo isso com enorme desprezo. Vamos ter mais auto-respeito, é o que sinto dizer.
Conversando com alguns generais, e manifestando minha preocupação com o petismo nas Escolas Militares, um deles pos a mão no meu ombro e me respondeu como se estivesse me dando uma lição bem didática: ” “Houve um episódio nesse país que jamais será esquecido: A Intentona Comunista. Jamais nos esqueceremos , e portanto jamais admitiremos o esquerdismo nas Escolas“. Eu ouvi e fiquei calado. Achei que era muita ingenuidade. Também tenho dizer o seguinte: Houve nesse país um golpe militar em 1964 que contou no início com o apoio da população, mas em virtude de uma série de erros, e da fabulosa manipulação dos meios de comunicação, tornou-se o símbolo do inferno. Os militares precisam entender que não devem carregar a injustiça dessa cruz, porque sabem, e não se cansam de dizer, que se houve excessos na repressão ao terrorismo e à guerrilha, o mesmo aconteceu do outro lado, onde lutava-se para implantar uma ditadura comunista, o que seria o horror dos horrores. Então, vamos ser mais virís, vamos ser mais corajosos, vamos fazer valer a força de quem tem força. Basta um tapa que o PT desmorona, principalmente porque não vai ter o apoio de um Congresso e de um Supremo composto de ordinários. Os Chefes não podem ser comprados por elogios, dinheiro para armamentos, aumentos salariais. É um engano pensar que estarão no controle da situação se for necessário. Tremendo engano. Logo teremos tenentes e capitães petistas. Ou reagem agora ou vão ter um lugar negro na história brasileira. Mesmo sem conhecerem seus nomes, os nossos filhos e netos vão se lembrar deles com raiva.
Comentários (2)
Li as suas observações e creio que você tem razão. Muitas vezes é difícil para nós, educados no culto a valores como honra, dignidade, ética, amor à verdade … sermos incisivos, diretos, grosseiros. Nestes casos costumamos passar do ponto.
Mas apenas argumentos, sem chance de difusão, com duvidoso direito de resposta só obtido judicialmente, não me parece suficiente. Creio que, à semelhança de Brizola com seus tijolaços, vale à pena comprar espaço publicitário nos jornais para divulgar nosso pensamento. Quem compraria? O Clube Militar, começando já, a partir da divulgação do painel de 29 de março, A VERDADE.
Obrigado pela sua intervenção. Compreendi os objetivos práticos, mas não estou convencido do preço que estamos pagando.