O povo gosta dos militares ? ; Dora Kramer e a “liturgia do cargo”; O massacre em Newtown e o simplório artigo de Clovis Rossi ; Niemeyer e a internet (Janer Cristaldo),com comentários do blog
Dora Kramer
Em seu bom artigo “ Apropriação indevida “, terça-feira, dia 18, Dora Kramer volta a cometer um erro que mostra o seu irrealismo quanto ao país aonde vive. Vejam esta passagem : ” Ao ponto de um ministro, Giberto Carvalho, deixar de lado a liturgia do cargo e convocar…..” Mas, até agora a articulista não percebeu que são todos cafonas, cafajestes, ladrões, chefes de quadrilha, e que não existe “liturgia do cargo” ? Isso é coisa de país civilizado, Dora! Você realmente acredita em petistas tendo um comportamento onde exista preocupação com a “liturgia do cargo ? E, ademais, petista acha que “liturgia” é alguma espécie de carne sêca, entendeu ?
a liturgia do cargo |
Abaixo, parte de um artigo já publicado, que toca no mesmo problema:
A propósito da presidente haver criticado o voto do ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, demonstrando uma ignorância sesquipedal a respeito dos limites do Executivo, Merval Pereira escreveu em sua coluna de sábado: “Com essas atitudes, a presidente vai deixando para trás uma postura republicana de equidistância das questões partidárias”.
Da mesma maneira que outros colunistas, Merval costuma tratar Dilma e seus ministros como se fossem pessoas de nível. Em que momento essa dona e seus cúmplices tiveram ” uma postura republicana equidistante das questões partidárias “ ? Jamais. Não estão “deixando para trás” coisa alguma, porque nunca aconteceu. Só na cabeça do Merval. Trata-se de uma gente desclassificada que dirige este país pensando unicamente em usar todos os meios para continuar no poder. Às vezes imagino que Merval, Dora Kramer, e outros formadores de opinião, estariam muito diminuídos perante si mesmos se aceitassem a dura realidade: escrevem sobre porcos chafurdando na lama do chiqueiro. Fogem desse drama particular tratando os porcos como se fossem o primeiro-ministro britânico e seu ministério.
Vejam como Dora Kramer fechou sua coluna no domingo, a respeito do mesmo tema abordado por Merval : “ Muito já se viu nesse Brasil, mas presidente da República responder a voto de ministro do Supremo, francamente é a primeira vez.”
Apontar a gafe, a intromissão do Executivo numa decisão do Supremo foi correto, é bom que as as pessoas leiam, mas… aonde está a surpresa ? Isto não é nada perto do que acontece no país todos os dias. O ” muito já se viu nesse Brasil, mas… ” usado pela Dora, nos leva a crer que foi algo incrivel, impensável, e principalmente, INESPERADO. Desta maneira a colunista atribui ao fato uma importância especial, e à presidente uma sutileza, um preparo intelectual, que ela não tem. Sofisticação para o porco dentro do chiqueiro. É a isso que me refiro.
Nossos articulistas poderiam ser um pouquinho mais realistas com respeito ao material que têm em mãos, apenas isto.
Na terra dos caubóis enlouquecidos ( Clovis Rossi)
Mesmo que se chegue à draconiana proibição de fabricar armas, o que é impossível, ainda assim já há estoque suficiente para promover outras Sandy Hook, Virginia Tech, Columbine e por aí vai.
Mais eficaz, mas mais remota, é a hipótese de mudar a cultura norte-americana. Obama até tocou no assunto, ao dizer que “esses dramas têm que cessar. E, para que eles cessem, nós precisamos mudar”. Mudar a cultura americana ?! E qual seria a melhor cultura a ser adotada ? A brasileira ? Será que o mentecapto está se referindo à cultura das armas ? Se assim for, ainda precisa aprender a escrever, o que é impossivel, já que tem 125 anos de jornalismo.
De acordo, presidente, mas a que você está se referindo exatamente? Puxa, Obama deve ter ficado eufórico com esse “De acordo, presidente.” Deve ter mostrado o artigo para todo mundo na Casa Branca. Só não gostou de ter sido chamado de você, ao invés de senhor.
Espero que seja à mentalidade assim descrita ontem por Philippe Paquet, colunista do jornal “La Libre Belgique”: “A posse de armas de fogo está ainda profundamente gravada na mentalidade americana. A conquista do Oeste, na história de uma nação tão jovem, foi ontem, e os americanos têm o sentimento, de um lado, de que o porte de armas é um elemento constitutivo de sua identidade e faz parte de sua cultura ancestral; de outro lado, [têm o sentimento] de que sua segurança depende em grande medida da posse de uma arma e de sua capacidade de utilizá-la”. Em primeiro lugar, citar um belga ou um francês já é pobreza, coisa típica de um anti-americano. A França odeia e ridiculariza os Estados Unidos. Os belgas são aquele povo que adoraria ter nascido na França. Mas o tal do Paquet vai citar, nada mais, nada menos, que o faroeste, como um dos fatores que leva à posse das armas pelos americanos. Isso é raciocínio de um menino. Após a bobagem, Paquet parte para o “óbvio” grosseiro quando diz que as “pessoas têm o sentimento de que sua segurança depende em grande medida da posse de uma arma e de sua capacidade de utilizá-la”. Outra enorme banalidade. É muito mais profundo do que isso. Não é o medo de ser atacado, mas a prerrogativa, que vem desde o tempo dos fundadores da nação, de que “todo homem tem o direito de defender a sí e à sua família”. É o NÃO DEPENDER DO ESTADO, é o orgulho da individualidade.
Se Obama quer mudar uma mentalidade como essa poderia começar por proibir o uso dos “drones”, aviões não tripulados, para praticar crimes em terras remotas que fazem as vezes de novo Velho Oeste. Chega a ser chocante este “mudar uma mentalidade”. Não tem nada a ver uma coisa com a outra, os drones,e as armas de fogo em mãos da população. E quem disse que o Velho Oeste era uma terra de ninguém, onde os criminosos deixavam de ser punidos ? Isso é folclore, aceito com um certo romantismo. Tudo no cérebro de um zumbi é pré-fabricado, tudo compartimentado, remontando décadas, desde antes da 2a. Guerra Mundial, e com mais vigor ainda, após a guerra. Claro que o zumbi não tem a menor noção de ser um zumbi, ainda mais porque é aplaudido por toda a Zumbilândia.
Sejamos claros: esse tipo de ataques corresponde a execuções extra-judiciais e, portanto, viola uma das vacas sagradas da democracia norte-americana qual seja o devido processo legal. O “Sejamos claros” é uma bandeira. Está, sem querer, ou não, copiando Obama, com o famoso Let me be clear . Aliás, Obama, que também é anti-americano ( mas com sofisticação) aumentou os bombardeios através dos drones, o que por sí só mostra a imensa utilidade dessa arma. E o que é que tem o “devido processo legal” a ver com isso ? O articulista confunde terroristas presos com o problema do drone aumentar as baixas civís. Como é que esse cara tem espaço privilegiado na Folha ? Zumbilândia.
Admito que é uma tarefa insana combater terroristas fanáticos, mas rasgar para isso códigos civilizados de conduta é armar o braço de mentes igualmente insanas para que matem crianças tão lindas e tão queridas, como são todas as crianças aos olhos dos pais. Tarefa “insana” ? Muito mal escolhida a palavra. E o final nem merece comentários, de tão piegas.
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IEMEYER E A INTERNET (comentários do blog, em azul)
Que o homem mereça cadernos em sua homenagem na imprensa nacional, entende-se. Marcou o século com sua arquitetura. Daí a transformá-lo em santo vai uma grande distância. Não vamos negar-lhe talento. Mas como ser humano, Niemeyer era vil. E isto a imprensa não diz. Sempre acontece quando morrem ilustres canalhas. Aconteceu com Darcy Ribeiro, aconteceu com Jorge Amado.
Niemeyer morre em uma época interessante, das comunicações internéticas e das comunidades virtuais. O leitor deve lembra-se de que, há pouco, Chico Buarque dizia ter descoberto que era detestado por muita gente. Só descobriu graças à Internet, onde todo cidadão sem voz adquire voz. Não tivéssemos Internet, até hoje seria um ser angelical para a grande imprensa. O mesmo aconteceu com o arquiteto. Se os jornais insistem em mostrar o gênio, nas comunidades virtuais vemos o homem e sua miséria.
O arquiteto tem seus altos e baixos. Fez obras de alto valor estético e outras que só são louvadas por seu renome. O grande crime de Niemeyer é, a meu ver, Brasília. Verdade que não foi o único celerado a conceber Brasília. Mas sua mão está lá. Há uns vinte e mais anos, lembro que era heresia não gostar de Brasília. Bastava alguém dizer que não havia gostado e era fulminado por uma avalanche de insultos, que ia desde ignorante a reacionário. Esse culto está terminando – e tinha de terminar um dia – e hoje críticas a Brasília já são permissíveis. nota do blog :A concepção é a de uma cidade totalitária. O povo afastado, morando nas cidades satélites, o que protege os governantes. Havia muitos outros projetos para a nova capital, uns cinco, ou seis, inclusive o de M.M.M.Roberto, que me impressionou. É claro que os comunas jamais perderiam um concurso dessa natureza. Seria interessante uma matéria sobre os projetos apresentados, já que o fracasso de Brasília é público e notório. No curso de arquitetura da UnB falou-se nos derrotados apenas numa aula, se tanto.
Niemeyer foi o fiel intérprete dessa visão tacanha do brasileiro, que até hoje cultua o automóvel como símbolo de status. Tivesse Niemeyer uma visão do futuro, que já então se anunciava, teria começado com as fundações de um metrô. Não começou. Hoje, a cidade concebida para o automóvel tem congestionamentos monstruosos de automóveis. Poderia ter pensado na bicicleta. Brasília é plana e parece ter nascido para as bicicletas. Não pensou. É ridículo, ainda mais quando sabemos que Moscou, a cidade mãe de Lúcio Costa e Oscar, tem metrô, com algumas estações maravilhosas, luxuosas, art Deco, (acho que construidas por Stalin) lugar obrigatório de turismo. Duvido que o problema tenha sido o custo da obra porque Juscelino dava tudo que Oscar pedia. De fato, Brasília foi projetada para 500 mil habitantes. Ninguém aceitou essa burrice homérica – nem os comunas – já que o Brasil sofria de explosão populacional. O engraçado é que o argumento do número de habitantes era usado para explicar o fracasso da cidade desde os primórdios do seu funcionamento.
Pior ainda sua concepção de cidade planejada. Setor residencial, hoteleiro, administrativo, de hospitais, de lazer. Isso não é cidade, mas insanidade. O lazer e o trabalho devem estar onde o ser humano reside. Madri também é uma cidade planejada. Mas foi planejada com inteligência, sem privar o cidadão urbano de seu conforto. Brasília não tem esquinas. Ora, esquinas são o melhor local para bares, restaurantes e outras casas de lazer. Brasília foi concebida não com prédios para viver, mas com máquinas de morar. Brasília, é claro, foi povoada por pessoas que vieram de outros estados. O choque pela falta de esquinas, pela inexistência de interação humana foi imenso. Quando voltávamos para nossas cidades de origem percebíamos o quanto elas eram agradáveis, o que não havíamos sentido antes. Os professores de arquitetura da Unb afirmavam que tratava-se de uma distorção que seria corrigida com o tempo, quando todos os setores planejados estivessem funcionando. Davam como exemplo a avenida W-3, lugar de todos os restaurantes e pequenos bares, aonde nos reuníamos de noite. No plano de Lúcio Costa/Niemeyer trata-se de uma rua de serviço, de comércio atacadista.
Conheço não poucas cidades no mundo e não conheço nenhuma tão hostil ao ser humano como Brasília. Não por acaso Niemeyer era influenciado por Le Corbusier, que fez um projeto para Paris que destruía tudo que Paris tem de charme. No fundo, uma cidade que não difere muito dos monstruosos blocos residenciais de Moscou, construídos durante o regime comunista. Você vai morar não como você gosta ou gostaria de morar. Você vai morar no que o Estado acha que você gosta de morar. Exceção para as “Dachas”, que Oscar projetou nos MSPW, terrenos com 20, 30 mil metros quadrados. Era o lugar para os protegidos do Partido e os integrantes do futuro Politiburo.
E já que tocamos no assunto: costumo falar de duas espécies de inteligência, a inteligência inteligente e a inteligência burra. Inteligência burra, por exemplo, é a de um engenheiro que domina o cálculo infinitesimal mas mata a mulher por uma mesquinha crise de ciúmes. Pode ser um profissional competente, mas não soube gerir a própria vida. Niemeyer pertence a esta estirpe. Durante toda sua vida, foi cúmplice dos maiores criminosos do século passado.
Que tenha sido comunista, se entende. Quando os bolches tomaram o Palácio de Inverno, tinha dez anos. Criou-se sob a esperança da redenção do proletariado. Para um jovem idealista era difícil, nos primórdios da revolução, resistir aos apelos humanísticos do comunismo. Ocorre que o regime já desde o início mostrou ao que vinha. Lênin revelou-se tirano e assassino. Stalin ampliou sua obra. Até pode-se conceder que os crimes de Lênin permaneceram ocultos durante sua ditadura. Mas os de Stalin se tornaram conhecidos em 35. Foi quando comunistas como Ernesto Sábato, Camus, Koestler, abandonaram o barco. Niemeyer já era crescidinho, tinha 28 anos. Fosse honesto consigo mesmo, faria marcha à ré. Não fez.
O arquiteto burro atravessou o século e teve mais chances de abrir os olhos. Em 49 – quando tinha 42 anos – ocorreu em Paris a affaire Kravchenko. Há anos venho escrevendo sobre Kravchenko, personagem quase desconhecido no Brasil, e não por acaso. Nós o conhecíamos. Seu livro era grande no formato, largo, com uma capa azul cintilante. Primeiro, quando ainda meninos, ficamos horrorizados com as denúncias da selvageria comunista. Depois, entrando na adolescência, passamos a acusar o autor de ser um mentiroso e o livro uma propaganda contra um regime que havia tido algumas dificuldades na sua implantação. Lembro-me do desgosto dos meus pais assistindo ao processo da minha lavagem cerebral.
Alto funcionário soviético que havia trocado a URSS pelos Estados Unidos, relatou esta opção em Eu escolhi a liberdade, livro em que denunciava a miséria generalizada e os gulags do regime stalinista. O livro foi traduzido ao francês em 1947 e teve um sucesso fulminante. A revista Les Lettres Françaises publicou três artigos difamando Kravchenko (sempres os francêses, sempre eles, na vanguarda do atraso), apresentando-o como um pequeno funcionário russo recrutado pelos serviços secretos americanos. Kravchenko processou a revista, no que foi considerado, na época, o julgamento do século. No banco dos réus estava nada menos que a Revolução Comunista. Em seu testemunho, Kravchenko trouxe ao tribunal Margaret Buber-Neumann, esposa do dirigente comunistas alemão Heinz Neumann, como também o ex-guerrilheiro antifranquista El Campesino, ambos aprisionados por Stalin em campos de concentração. Kravchenko, que perdeu toda sua fortuna produzindo provas no processo, teve ganho de causa. Recebeu da revista francesa, como indenização por danos e perdas … um franco simbólico.
A história de Kravchenko é fascinante, envolve diversos países, desde a finada União Soviética até Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, e até hoje não houve cineasta que ousasse transpor sua odisséia para as telas. Seu livro rendeu-lhe boa fortuna. Levado à falência com os custos do processo, foi morar no Peru, onde investiu em minas de ouro e de novo enriqueceu. Acabou suicidando-se em um hotel em Nova York. A partir de seu processo ninguém mais podia negar o universo concentracionário soviético. 1949 é a data limite para um homem que se pretenda honesto abandonar o marxismo. Niemeyer persistiu, impertérrito, em seu stalinismo.
Teve outra chance sete anos depois, em 1956, quando Nikita Kruschev denunciou os crimes do stalinismo, no XX Congresso do PCUS. Niemeyer fez que não ouviu. Depois da morte do Paizinho dos povos, o arquiteto não se pejou em afirmar:
— “Stalin era fantástico. A Alemanha acabou por fazer dele uma imagem de que era um monstro, um bandido. Ele não mandou matar os militares soviéticos na guerra. Eles foram julgados, tinham lutado pelos alemães. Era preciso. Estava defendendo a revolução, que é mais importante. Os homens passam, a revolução está aí” . Há 23 anos, quando tinha 82 anos e certamente já havia chegado à idade da razão, a história deu a Niemeyer mais uma chance. Com a queda do Muro de Berlim, o comunismo mostra toda sua indigência. Dois anos depois, a União Soviética se desintegrava. Em vão. O arquiteto morreu stalinista.
É óbvio que Niemeyer teve amplo conhecimento dos crimes do comunismo. Como o teve Jorge Amado. Mas ambos sabiam que, na época em que viviam, ser comunista era altamente rentável. Amado fez fortuna com sua adesão ao stalinismo. E Niemeyer, se não fez fortuna, fez fama. Brasília ou qualquer outra obra de Niemeyer estavam acima de qualquer crítica. E ainda estão. Os grandes jornais, salvo algum jornalista desgarrado cá e lá, silenciaram completamente sobre a adesão do arquiteto à mais formidável tirania do século.
Ainda bem que nos resta a Internet.
Comentários (6)
Perfeito. Parabéns!
Excelente. Seu blog é muito bom! Pretendo seguir regularmente. Sucesso!
Obrigado, Andre. Vamos em frente, volte sempre.
Eu me pergunto: pode o povo que gosta dos militares, ser o mesmo que aprova, bombasticamente, esse desgoverno petista?
Esta é uma excelente pergunta. Eu diria que sim, porque a resposta já foi dada através da pesquisa da FGV + voto popular a favor do PT. Para explicar a contradição seria necessário um artigo grande. Eu analisaria alguns fatores: 1) o povo não busca coerência nas suas simpatias; 2) a sua psique, 3) os favores recebidos do governo petista – bolsa disto, bolsa daquilo – 4) a imagem de durão dos militares. Eles iriam (no imaginário popular), através da truculência e honestidade (falta de rabo preso) se contrapor ao paraíso dos criminosos; 5) a imensa corrupção + impunidade dos civís, 6) a ignorância popular; 7) a Oposição se confundir com o governo porque não tem um discurso categórico que a diferencie; 8) a completa desmoralização do homem público; e, 9 ) a esperança- fantasia de que os militares puniriam ACIMA do que determina a lei, o que guarda uma diferença sutil da “imagem de durões” que coloquei acima. Este último ítem é aquilo que ouvimos, por exemplo, nos táxis : ” Se fosse governo militar eles dariam um tiro nesses bandidos”. O taxista não pensa muito no fato de estar pregando uma ditadura.
Escrever a este respeito é sintetizar metade do blog. OK ? Obrigado e um abraço
Agradeço a gentileza da resposta. Considero dois extremos do povo em sua contradição. A passionalidade e a apatia. São ferrenhos defensores das políticas assistecialistas sem contra partida do assistido e pregam o uso da força dos militares para acabar com a farra das autoridades com os recursos públicos. Por outro lado, sentem-se apáticos na sua indignação por se sentirem agradecidos por alcançarem alguma melhora na sua vida cotidiana. A impressão que fica é que todo mundo é comprado,de alguma forma.