Comentando o novo artigo de Fernando Henrique; Tópicos

 
Vejam Calvin dando uma brilhante aula de liberalismo, de politicamente correto. Ele votaria em Obama, se não fosse pelos seus 6 anos de idade e se não estivesse apenas sendo cínico. A primeira frase é a síntese perfeita: “Eu não sou responsável por nada que faço.” 
 

Deu no jornal : Receita multa a MMX, de Eike, em R$ 3,75 bi

 

Para começar, qualquer dinheiro do Eike é NOSSO, já que foi tudo roubado. O que não entendo é como o filhote do Eliezer Batista não comprou a Receita. Será que alguma coisa deu errada, ou estamos passando por um surto de honestidade ? Inacreditável. Dez por cento dessa grana deveria comprar o prédio inteiro, em Brasília. Eike precisa urgentemente conversar com o Newton Cardoso.

 

 

 

 

Deu no jornal : “Na Marginal do Tietê, 4 mil árvores foram mortas, danificadas ou roubadas”

 

Mais do que Lula ser amado pelo povo, são notícias como esta que mostram o nosso distanciamento dos países desenvolvidos.

 

 

 

 

Outra manchete : Cientistas brasileiros desvendam elo clínico entre Alzheimer e depressão

 

 

 

 

Provavelmente não é verdade. Sempre temos notícias de descobertas sensacionais em solo pátrio, mas nunca a comunidade internacional dá importância. No outro dia a matéria nem é mencionada, não existe a menor continuidade no jornal. Descobertas relacionadas com Alzheimer acontecem em dois ou três países com centros de pesquisas recheados de prêmios Nobel e verbas astronômicas.

 

 

 

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Fernando Henrique é aquilo que conhecemos. Incompetente, esquerdista, vaidoso, enrolado. Escreve mal e fala pior ainda. Vou tentar comentar parte de seu artigo “Sem saudades”, publicado no Estadão ( dia 6 de janeiro).
 
 

 

É quase uma constante começar o ano-novo com um balanço sobre o que finda e com votos de esperança para o futuro. Neste janeiro, não fosse a reiteração da esperança, haveria dificuldades em manter o ânimo. Melhor imaginar que algo de positivo ocorrerá no futuro, porque do ano que se encerrou pouco restou de bom. Na vida pessoal é distinto. Cada um fará o balanço que melhor lhe aprouver; eu, pessoalmente, nada de monta tenho a lastimar. (e por quê nós estaríamos interessados em saber a respeito de sua vida particular ? Ademais, FH é perfeito, não se lastima de nada, já que sempre acerta tudo) Mas nos acontecimentos públicos, quanto desalento. Ainda bem que a História não se repete automaticamente. ( nossa, que bom que nos avisou, e o automáticamente é de doer !) Vade retro! (  mas que bobagem, que cafonice usar um latim que faz pouco sentido no texto )

 

Comecemos pela economia e pelas finanças internacionais. ( Nossa, de fato é uma aula!) Quando parecíamos estar saindo da recessão que se arrastava desde 2008, a recuperação mundial mostrou-se mais lenta e a crise na Europa, ainda mais profunda. É desolação para todos os lados. Os americanos, mais pragmáticos, nadam de braçada num mar de dólares trocados por títulos de solvência difícil, à custa do resto do mundo. (É necessário distinguir : Este é o pragmatismo de Obama, o super-liberal eleito pelas mulheres e hispânicos. Os homens são contra ele ) Este não sabe o que fazer com a taxa de câmbio para se defender da inundação de dólares enquanto os Estados Unidos postergam o dia do ajuste final. Sua taxa de desemprego continua elevada, embora não em ascensão; não exibem retomada vigorosa da economia, sem, todavia, cair no abismo fiscal anunciado pela imprensa, o fiscal cliff. Ou melhor, estão mergulhados nele, mas com escafandro: mantêm as ruas aquietadas e vão contornando sem violência os que protestam nas praças, como no caso do movimento Occupy. ( FH com esse “sem violência” está confundindo os EUA com republiquetas sub-desenvolvidas, além de desconhecer que o movimento Occupy é a favor do governo. Inacreditável) Não conseguem, é verdade, escapar do abismo político das posições radicalmente distintas entre republicanos e democratas, muito maior do que aquele no qual está imerso o Tesouro. Os dois partidos não se entendem para definir uma política fiscal que alivie as aperturas do Tesouro,  ( “Tesouro” duas vezes ) pois os republicanos não aceitam impostos que taxem mais os ricos nem apoiam medidas que deem alívio às dificuldades dos mais pobres, sobretudo na questão da saúde ( FH partiu para um ataque pueril aos republicanos,  não fosse ele de esquerda e do PSDB, ou seja, adepto do falido estado-babá). A sociedade americana parece bloqueada.

 

Os europeus pretendem levar a sério o que os americanos dizem, não o que fazem. Pilotam a economia com rédea de ferro, ortodoxos como ninguém conseguira antes. (Quem foi que disse que os americanos estão querendo ortodoxia na economia ? É justamente o contrário ! Obama leva o país para a distribuição de renda, para o “socorro aos destituídos”, o falido welfare state, justamente o que arruinou a Europa. E os europeus arruinados não estão “pilotando a economia com rédea de ferro”, pois volta e meia fazem concessões à esquerda, que não aceita a austeridade que leve ao equilíbrio fiscal mínimo. Mas que ignorância de Fernando Henrique! ) E a economia, tal como o cavalo do inglês que, quando aprendeu a viver sem comer, morreu, vai de austeridade em austeridade desfazendo o tão penosamente construído modelo social europeu ( construção ajudada pelo guarda-chuva atômico americano – os europeus não gastavam com Defesa) , rompendo, ou melhor, sufocando o Estado de bem-estar social e destruindo as bases de um pacto de convivência aceitável. É governo caindo por todo lado e desemprego fazendo as famílias gemerem sem ilusões. E nada de o PIB crescer nem de as contas públicas melhorarem: da crise de liquidez do setor bancário privado passaram à quebradeira dos Tesouros nacionais, ( não aguentam a austeridade necessária porque chegaram a um ponto de retorno dificil, de necessidade de imensos sacrifícios, tudo justamente por culpa do ” modelo social europeu” a que o palestrante da insignificante Sorbonne se refere) enquanto o euro continua intrépido, como se fosse bandeira da Alemanha triunfante. ( alguém entende a relação dessa frase com o que ele disse antes ?)  Esta, por sua vez, torna-se capenga pela falta de quem compre as mercadorias que sua produtividade torna baratas em comparação com as produzidas além-fronteiras. Muitas vezes eu fico pensando se Fernando Henrique entendeu alguma coisa feita pelo time que acabou com a inflação e criou o Real, durante seu governo.

 

Até a China, cujo aparelho produtivo, baseado em exportações, foi criado em aliança com as multinacionais ( foi criado através de aliança com as multinacionais ?!), teve de se ajustar às circunstâncias, pois lhe falta hoje o vigor do mercado externo de outrora. O país reconstitui penosamente seus objetivos; por ora, essa transição não se completou e o velho modelo já não produz os mesmos exuberantes resultados. Tenta aumentar o consumo doméstico e criar a rede de proteção social indispensável para dar ânimo às pessoas e fazê-las, em vez de poupar para a velhice e a invalidez, consumir ( deu para entender ? A palavra consumir deveria vir depois da palavra fazê-las. Ficaria assim: dar ânimo às pessoas e fazê-las consumir, em vez de poupar para a velhice e a invalidez. Ao mesmo tempo, com demanda interna insuficiente, a China reduz suas compras de commodities e busca exportar mais os muitos produtos manufaturados que fabrica ( é redundante, “produtos manufaturados” implica em fabricá-los). O Brasil sofre com isso. Se aqui a crise não produziu um tsunami, suas marolas se converteram em marasmo, que obriga à navegação à vela em tempos de calmaria.

 

Se pelo menos a situação política mundial desse algum sinal de melhoria, haveria consolo. No final de 2011 meus votos foram pela construção de uma melhor governança global, processo que se avizinhava. Não foram atendidos, demos marcha à ré. ( que pena, parece que ninguém prestou atenção nos seus votos) As esperanças suscitadas pelo G-20 viraram poeira e, pelo menos até agora, a regulação do mercado financeiro virou balela. ( vamos regular tudo, este é o desejo de FH; o estado enorme, fascista, vamos manter estatal a maldita Petrobrás, que nos rouba dia e noite (principalmente o seu fundo de pensão, a Petrus), e onde quase todos os diretores são ladrões (me disseram) – remember Paulo Francis) No plano das relações de poder, apesar dos avanços já alcançados – as razoáveis relações sino-americanas, o deslocamento do eixo do mundo para a Ásia,( o que ??? o mundo se deslocou para a Ásia ? Os EUA e a UE estão tão mal assim ? Os EUA deixaram de ser a extraordinária potência militar, com paralelo apenas no império romano ? Foram superados pela China, que assumiu o comando ? Talvez a Tailândia ? ) a progressiva aceitação da Rússia como parte do jogo de poder mundial ( e desde quando a Rússia deixou de ser aceita como parte do jogo de poder mundial, deixando de lado alguns pouquíssimos anos após a queda da URSS?  ) e o reconhecimento do peso político específico de alguns dos países de economia emergente, como o Brasil -, não houve progresso de monta. O que parecia um ressurgimento que permitiria o reconhecimento do mundo árabe-islâmico como parceiro global – a Primavera Árabe – ainda é uma incógnita. Como se não bastassem a desastrada intervenção europeia na Líbia  que resultou em faccionalismo e violência ( esta é a verdadeira audácia da ignorância. O superficial, desinformado FH, culpa a Europa pela violência na Líbia, além de empregar essa palavra estranhíssima, faccionalismo –  eu nem sei o que dizer , a revolta fomentada na Síria, com enorme custo humano, o fracasso da intervenção ocidental no Afeganistão (fracasso não houve, pelo contrário, seu povo foi libertado, e a Al-Qaeda castigada. A dificuldade está na saída das tropas. Talvez simplesmente elas precisem ficar lá, ad eternum. Por que não ?) e o congelamento de uma situação política precária no Iraque, há ainda o impasse nas relações palestino-israelenses. Este, graças à aceitação pela ONU do Estado palestino na condição de observador, junto com a enigmática revolução egípcia, poderá ser rompido. Sabe-se lá usando quais meios. Oxalá não os nucleares, pretextando a nuclearização do Irã. ( o senhor tem alguma sugestão de como fazer com o Iran ? Gostaríamos de saber. Um amontoado de asneiras que parecem saídas da boca de um colegial esquerdista) Como esse cara conseguiu nos enganar durante tanto tempo ?

 

Há, portanto, boas razões para desconfiar que 2013 nos prepare dias melhores. Resta o consolo de que entre nós, brasileiros, a despeito do já dito e do desapontador “pibinho”, que parece desenhar outro apenas melhorzinho para o ano em curso, pelo menos o Judiciário desempenhou seu papel. Sem me regozijar pelo que não me anima – a desolação da cadeia para quem quer que seja(mas que hipocrisia ! No entanto, talvez FH seja muito diferente da ralé (nós), já que daríamos pulos de alegria vendo os bandidos marcharem para o xadrez. Trata-se evidentemente de um espírito superior) é forçoso reconhecer que as instituições republicanas funcionaram. Há choro e ranger de dentes   ( essa expressão é muito nova, ainda não está envelhecida, gasta) entre alguns poderosos. Há tentativas desesperadas de negar as evidências e acusar de farsa o que é correto. Mas tem prevalecido a serenidade dos que acreditam, como diz a bandeira dos mineiros sobre a Liberdade, que a Justiça pode tardar, mas não falha. São meus votos. Não entendi. A bandeira mineira diz “Libertas quae sera Tamen”, ou, “Liberdade, ainda que tardia”. Não tem nada a ver com “a Justiça pode tardar mas não falha”. Esse Fernando Henrique…      

Os leitores interessados em mais comentários sobre o luminar e seus escritos seminais, podem ver os artigos do blog clicando em cima dos títulos:   Fernando Henrique, o homem que não era ;   Crítica do blog à entrevista de Fernando Henrique no Estadão ( ou, porquê não tivemos e nem vamos ter Oposição); Fernando Henrique – a decepção que não conseguimos superar, e Teste para Dilma nesta segunda feira;   Millor Fernandes ridiculariza o famoso livro de Fernando Henrique; Uma aula de mediocridade: trechos da entrevista de Fernando Henrique para o Estadão

 

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Acontece que os torcedores imitavam um macaco toda vez que Bioateng e outros jogadores negros do Millan pegavam na bola.  Deu no jornal: “Ao abandonarem o campo o atleta negro do Milan Boateng e seu companheiros brancos deixaram claro que não se sentiam obrigados por nenhum tipo de contrato a suportar a hostilidade de criminosos que infestam os estádios europeus   “Criminosos que infestam os estádios europeus”?  É muita vontade de mostrar indignação. De fato, trata-se de racismo, que embora possa ser crime em alguns países, não justifica a palavra criminosos, se é que me entendem. É burrice dizer que os “estádios europeus estão infestados de criminosos”. E por falar em racismo que tal pensarmos em nós mesmos ? Claro que somos anti-semitas (como de resto todo o mundo) e também preconceituosos com referência aos negros. Nos bancos escolares aprendemos a gostar apenas dos índios.

 

 

 

Deu no Estadão: PT diz que investigar Lula por mensalão é ‘absurdo’. 

O Brasil inteirinho acredita que “Lula sabia”. Tornou-se consenso, mesmo entre aqueles que o apoiamO blog já chamou a atenção para o fato de que a heterodoxa abordagem “cadeia de comando”(sem provas), feita pelo Supremo Tribunal Federal, deveria levar a que seu nome fosse pelo menos citado nos votos e debates, mesmo que o desmemoriado não tenha sido indiciado pelo Ministério Público.    Joaquim Barbosa, por exemplo, poderia haver lamentado que o ex-presidente não estivesse em julgamento. Não haveria nenhum grande trauma,  já que Lula se tornou um cidadão como outro qualquer.

10 janeiro, 2013 às 07:43

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Categoria: Artigos

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