As mulheres no exército – uma análise de Margaret Thatcher
…”Mas os militares também são diferentes, porque a vida da caserna é distinta da vida do civil. As virtudes que precisam ser cultivadas por aqueles que são chamados a colocar em risco suas vidas no cumprimento de seu dever simplesmente não são as mesmas exigidas de um homem de negócios, de um funcionário civil ou, sem sombra de dúvida, de um político. É vital, acima de tudo, ter coragem — coragem física.
Os militares precisam desenvolver a camaradagem com seus companheiros em muito maior grau. Devem ser capazes, implicitamente, de confiar uns nos outros. Soldados, marinheiros e aviadores também são indivíduos e basta ler suas biografias para compreender isso. Mas não podem ser individualistas. Para aqueles que vivem em regime disciplinar, são os deveres e não os direitos que balizam suas vidas. Eis por que a vida militar é justamente considerada uma nobre vocação e por que, através dos anos, muitos dos que abandonam a carreira militar para ingressar na vida civil sentem dificuldade para se adaptar.
Como regra, os militares necessitam ser fisicamente fortes. Não é suficiente ser talentoso, embora a habilidade certamente ajude. Nenhuma força combatente pode se permitir abrigar, mesmo em pequena proporção, pessoal que não esteja apto a cumprir missões que lhe possam vir a ser atribuídas.
Assim, sou contra as atuais tentativas de empregar conceitos liberais e institucionais da vida civil em nossas forças armadas. Programas visando introduzir sistemas jurídicos segundo o modelo civil, promover direitos homossexuais e franquear novas atividades para mulheres são, no mínimo, irrelevantes para as funções que se espera sejam desempenhadas pelo militares. Sob um enfoque pessimista, contudo, ameaçam a capacidade militar de forma realmente perigosa.
O militarismo feminista nas forças armadas talvez seja o mais pernicioso desses agentes “reformadores”. O fato de a maioria dos homens ser mais forte do que a maior parte das mulheres significa ou que as mulheres devem ser excluídas das missões fisicamente mais exigentes, ou que precisa ser reduzida a exigência de tais missões, algo evidentemente mais fácil em treinamento do que em combate. Porém, obviamente, é essa segunda alternativa que as feministas procuram ver adotada e, com muita freqüência, suas pretensões são aceitas.
Quando se constatou que as mulheres não são capazes de lançar granadas comuns à distância desejável, para que não sejam atingidas pela explosão, a solução foi não deixar a tarefa só para homens, mas construir granadas mais leves (e menos letais). Quando se descobriu que mulheres a bordo de navios de guerra precisam de instalações não exigidas pelos homens, A Marinha dos Estados Unidos teve que “reconfiguar” suas belonaves para proporcioná-las — apenas no USS Eisenhower, ao custo de US$ 1 milhão. Quando a maioria das mulheres (corretamente, em minha opinião) opta por não assumir funções de combatente, a resposta, de acordo com um professor da Universidade de Duke, é fazer com que os militares abdiquem de atributos como “autocontrole, autoconfiança. agressividade, independência, auto-suficiência e determinação para assumir riscos. As mulheres dispõem de inúmeras tarefas em que podem servir com destaque. Algumas de nós até dirigimos nações. Mas, em geral, somos melhores lidando com bolsas do que com baionetas.
Guerra sempre envolverá o emprego de baionetas ou equivalentes. É irrealista pensar que as guerras possam vir a ser travadas sem jamais ocorrer contato físico e confronto direto com o inimigo.
Tendo em mente essas considerações, penso que nossos líderes políticos e militares devem:
· Revelar mais firmeza, resistindo aos lobbies de pressão “politicamente corretos” que contribuem para subverter a ordem e a disciplina em nossas forças armadas.
· Deixar claro que a vida na caserna não pode tomar como modelo os procedimentos, a moldura legal ou as peculiaridades da vida civil.
· Recusar-se a colocar a doutrina liberal adiante da eficácia militar.
· Demonstrar um pouco de bom senso”
Os absurdos que o feminismo no segmento militar está gerando — e suas conseqüências — são analisados por Kate O’Beirne em “The War Machine as Child Minder: The Integration of Women into the US Armed Forces”, em Not Fit to Fight: The Cultural Subversion of the Armed Forces in Britaisnand America, Ed. Frost (The Social Affairs Unit, 1998); e por Stephanie Gutmann em The Kinder, Gentler Military: Can America’s Gender Neutral Fighting Force Still Win Wars? (Nova York: Scribner’s, 2000). Foi informado que também na Inglaterra o Exército decidiu alterar seu programa de aptidão física por causa da quantidade de lesões sofridas por mulheres durante o treinamento (The Times, 7 de junho, 2001).
Comentários (2)
Adoro ver as mulheres se destacando na aréa de trabalho.Eu tenho este sonho fiz 18anos é gostaria de trabalhar na aréa militar..
Eu gostaria de me engressar na aréa militar.
Eu tenho 19Anos. E gostaria de ser uma combatente. Como que eu posso me escrever?