Informações secretas para a imprensa nos EUA: dois pesos e duas medidas
Quem leu o meu artigo: “O NYTimes e sua tradição de quinta-coluna” pode ter interesse nessa notícia: “Contratado em 2001 pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos para acompanhar a revolução do email e do celular, Thomas A. Drake ficou convencido de que espiões do governo desperdiçaram centenas de milhões de dólares em programas fracassados enquanto ignoravam uma alternativa promissora.”
“Ele levou as suas preocupações a vários setores do mundo secreto: chefes, inspetor-geral da agência, inspetor do Departamento de Defesa, e comitês de inteligência do Congresso. Mas sentiu que sua mensagem não estava sendo entendida”. Leia-se: , trata-se de mais um liberal tentando sabotar as agências de Inteligência, e para isso sempre encontra desculpas as mais variadas Foi quando decidiu entrar em contato com um repórter do “Baltimore Sun”. Ah, bom, sabemos disso, procuram a imprensa e comprometem a segurança americana.
Hoje, por causa dessa decisão, Drake, de 53 anos, um burocrata veterano da inteligência que colecionava computadores antigos, pode pegar alguns anos de prisão por ser alvo de 10 acusações que incluem manipulação incorreta de informações secretas e obstrução da Justiça. Claro, a história é diferente do que foi contado acima. Esse Drake é mais um da turma que não se conforma com os EUA espionando países delinquentes, ou tratando terroristas como criminosos, ao invés de pobres coitados, arruinados por uma educação equivocada, e mil outras bobagens que os Democratas e os liberais americanos inventaram e o mundo adotou, e vamos em frente, nós, os pobres escravos das idiotices do “politicamente correto”.
O indiciamento de Drake foi a última prova de que o governo Obama vem se mostrando mais agressivo do que o de (George W.) Bush na procura pela punição por vazamentos não autorizados à imprensa. Ah, antes, com Bush, era aquela de horror, um presidente burro, praticando uma agressiva política contra os direitos humanos, mas agora, que chegou esse demagogo liberal, e existe o risco de seu governo ser comprometido com um ataque terrorista ou coisa do gênero, as coisas mudam de figura, e exige-se segredo.
Há um ano e cinco meses no cargo, o presidente Barack Obama JÁ SUPEROU TODOS OS LÍDERES ANTERIORES nesse tipo de processo. Seu governo tem tomado medidas que poderiam provocar duras críticas políticas ao seu antecessor, que muitas vezes brigava publicamente com a imprensa. Quer dizer que já foi mais longe do que Bush em exigir respeito ao que é secreto. Ah, Obama pode, que bom, pode tudo, a imprensa está ao seu lado.
Drake foi acusado em abril. Em maio, um tradutor do FBI foi condenado a 20 meses de prisão por fornecer documentos confidenciais a um blogueiro. Continua a história do canalha Daniel Elsberg que roubou documentos do Pentágono e virou heroi. Agora temos esse tradutor, mas como o governo é do Obama, são dois pesos e duas medidas. Esta semana, o Pentágono confirmou a prisão de um analista da inteligência militar, de 22 anos, suspeito de passar um vídeo confidencial de um helicóptero militar americano em Bagdá para o site Wikileaks.org. Aquele vídeo que eu analisei em meu artigo : “Considerações sobre o vídeo Collateral Murder – ‘ Abuso militar dos EUA’- uma experiência pessoal em Bagdá”.
Enquanto isso, o Departamento de Justiça renovou uma intimação para um caso de suposto vazamento de informações confidenciais sobre uma tentativa de interromper o programa nuclear do Irã, descrita no livro “Estado de Guerra”, do repórter do “New York Times”, James Risen, publicado em 2006. Vários dados confidenciais que vazaram na imprensa desde que Obama assumiu o cargo já foram encaminhados ao Departamento de Justiça para investigação, dizem autoridades, mas ainda é incerto se haverá processos criminais. É o famoso ditado: “Pimenta nos olhos dos outros é colírio”
Conforme os programas secretos se proliferaram após a ataques terroristas de 2001, funcionários do governo Bush, liderados pelo vice-presidente Dick Cheney, foram sinceros ao denunciar as divulgações feitas pela imprensa sobre as prisões secretas da CIA e as técnicas de interrogatório brutais. Agora, com o objetivo de justificar Obama, reconhecem terem sido “sinceros” Cheney e Bush, quando discordaram da propaganda anti-EUA feita pela imprensa liberal.
De fato, Drake inicialmente chamou a atenção dos investigadores, porque o governo acreditava que ele poderia ter sido uma das fontes para o artigo do “New York Times” em dezembro de 2005 que revelou o programa de escutas telefônicas.
O caso de Drake resume o debate politicamente carregado de segredo e democracia em uma capital onde a imprensa investigativa é uma instituição mais velha até que a espionagem, e onde casa governo na Casa Branca comanda e calcula sua dose de informação secreta a ser divulgada.
Embora o presidente Obama tenha dado início ao seu mandado com uma promessa de transparência, seus assessores alertaram recentemente para uma repressão aos “vazadores de informação”. Em um discurso em novembro, o principal advogado das agências de Inteligência, Robert S. Litt, condenou os “vazamentos de informação confidencial que causaram perdas específicas e identificáveis de capacidade de inteligência”. E prometeu ação “para os próximos meses”. Novamente, dois pesos e duas medidas. Os liberais não sentem a mínima vergonha por se contradizerem tão claramente.
Processos como o de Drake, do tradutor do FBI, Shamai Leibowitz; e do especialista Bradley Manning, do analista de inteligência, que ainda não foi acusado formalmente, são alguns dos precedentes desse tipo de caso na história dos EUA. Entre eles está o caso de Daniel Ellsberg, um consultor do Departamento de Defesa que entregou documentos do Pentágono ao “Times” em 1971, e Samuel L. Morison, um analista da Marinha que divulgou imagens de satélite em 1984. São os quinta-colunas dentro dos Estados Unidos. Elsberg ainda é heroi para os liberais. Outro dia fizeram festa para ele a propósito de não sei o que. Um reles traidor, feito a Jane Fonda.
Sob o governo de Bush, ninguém foi condenado por divulgar informação secreta à imprensa. Infelizmente. O motivo foi Bush não ter tido força para isso porque se encontrava atacado por todos os lados em virtude das duas guerras. Mas Lawrence A. Franklin, funcionário do Departamento de Defesa, ficou sob prisão domiciliar por 10 meses por compartilhar informação confidencial com funcionários de um grupo lobista pró-Israel, e I. Lewis Libby Jr., assessor de Cheney, foi condenado por falso testemunho depois que ele mentiu sobre suas declarações a jornalistas sobre um funcionário da CIA encoberto, Valerie Plame Wilson. O maior problema dos Estados Unidos não são os outros países do mundo, mas os malditos liberais americanos.
Comentários (2)
Autoridades federais dos Estados Unidos investigam uma invasão aos computadores da empresa que administra a Bolsa de Valores Nasdaq, informou na sexta-feira (4/2) o jornal The Wall Street Journal.
Os computadores da Nasdaq OMX Group foram atacados durante o ano passado, mas a plataforma de transações do grupo não chegou a ser afetada. “Aparentemente, eles estavam apenas observando”, informou a reportagem, que cita apenas fontes anônimas.
O Nasdaq OMX Group administra um grande número de Bolsas de Valores, incluindo país como Copenhague, Estocolmo, Helsinque, e a região do Báltico. À frente desta investigação estão o Federal Bureau of Investigation (FBI) e Serviço Secreto dos Estados Unidos.
Leia também: Em relatório, reguladores dos EUA culpam algoritmo por crash de maio
Incidentes envolvendo hackers estão se tornando cada vez mais comuns, tendo como alvo empresas e o próprios governos.
Recentemente, o inglês The Times publicou que o crash relâmpago que ocorreu em 6 de maio do ano passado e que afetou as bolsas de todo o mundo também está sendo investigado. Autoridades também analisam outro incidente ocorrido com a Bolsa de Valores de Londres, no dia 24 de agosto de 2010, quando os preços das ações de cinco empresas se moveram descontroladamente, incluindo a BT e a Next.
Inicialmente, acreditava-se que ambos os incidentes teriam sido causados por erro humano e não por um suposto crime cibernético.
(Robert McMillan)
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Inicialmente, acreditava-se que ambos os incidentes teriam sido causados por erro humano e não por um suposto crime cibernético.
(Robert McMillan)