A grande conspiração da mídia esquerdista (Fred Barnes)

A grande conspiração da mídia esquerdista

Todo mundo sabia que  a maior parte dos membros da  imprensa estava esperando por Obama em 2008.  Emails  recentemente liberados mostram que centenas de jornalistas estavam trabalhando ativamente para promove-lo.

Por  Fred Barnes

Antes do Fred Barnes uma nota do blog:

Uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos divulgada ontem mostra que 46% dos eleitores pretendem votar nos republicanos nas eleições legislativas, em novembro, contra 44% nos democratas. Em outro dado alarmante para o governo, 72% dos republicanos disseram que comparecerão às urnas, contra apenas 49% entre os democratas. O índice de aprovação do governo também caiu a 48% – abaixo dos 50% registrados em junho.TODA A FORÇA PARA DERRUBAR OBAMA NAS ELEIÇÕES EM NOVEMBRO!

Quando estou falando para pessoas fora de Washington, uma pergunta  inevitavelmente surge:  Por que a mídia é tão liberal? A questão frequentemente reflete uma suspeita de que membros da imprensa se unem e decidem por um roteiro que favorece  liberais e Democratas e que denigre conservadores e Republicanos.

Minha resposta tem geralmente sido ‘sim’, há uma tendência liberal na mídia, mas não há conspiração. A tendência liberal é um acidente da natureza. A mídia desproporcionalmente atrai pessoas com origem em profissões de humanidades, que tendem a, muito inocentemente, serem politicamente liberais. Se elas viessem de West Point ou da  Faculdade de Engenharia, isto não seria o caso.

Agora, após saber que fui alvo de um malicioso ataque por um membro de uma panelinha de jornalistas liberais, estou inclinado a retificar minha resposta. Não para dizer que há uma conspiração da mídia, mas, no mínimo, para citar que centenas de jornalistas se juntaram, em uma lista online chamada  ‘JournoList’, para promover o liberalismo e políticos liberais às custas do jornalismo tradicional.

Minha suposição  é de que esta, e outras revelações sobre a JournoList,  irão agravar a desconfiança na imprensa nacional. Mas seu fundador Ezra Klein, é um escritor proeminente do Washington Post. O Sr. Klein fechou a JournoList o mês passado – uma sábia decisão.

É graças ao site,  “Daily Caller” de Tucker Carlson, que  sabemos alguma coisa sobre  a JournoList, embora os emails entre jornalistas liberais devessem ser privados. (O Sr. Carlson não revelou como ele obteve os e-mails). Em junho, Daily Caller mostrou uma serie de reflexões de David Weigel, da JournoList, então um ‘bloguista’ do Washington Post, designado para cobrir os conservadores. Seus emails mostraram que Weigel detesta os conservadores, e ele foi posteriormente despedido.

Esta semana o Sr. Carlson exibiu uma serie de emails da JournoList, a partir de abril de 2008, quando a proposta presidencial de Barack Obama estava sériamente em risco. Vídeos dos sermões ‘anti-brancos’, ‘anti-americanos’ do seu pastor de Chicago, o Reverendo Jeremiah Wright, vieram a tona, primeiro na ABC e depois nas outras redes. O colunista John Fund noticiou um escândalo na mídia. Também a colunista Mary Anastasia O’Grady  destrinchou  a promessa do presidente de acabar com as ajudas financeiras e analisa a última visita do presidente do Conselho Federal ao Capitol  Hill.

Colaboradores  da JournoList discutiram as estratégias para ajudar o Sr. Obama  desviando toda essa controvérsia. Eles foram a público com uma carta criticando a maneira como foi executada a entrevista do Sr. Obama  na ABC em que ele  discorreu sobre sua associação com o Sr. Wright. Então, Spencer Ackerman do The Washington Independent  propôs atacar os críticos do  Sr. Obama  como racistas. Ele escreveu:

“Se a direita força todos nós a defender Wright, ou a demoli-lo, não importa o que a gente escolhe, nos perdemos o jogo que eles designaram para nós. Ao contrário, tome um deles, Fred Barnes, Karl  Rove –  não importa – e chame-os de racistas… Isto os faz cuspir de raiva, que por sua vez os leva a uma reação desproporcional ,e à auto-destruição”.

Ninguém na JournoList apoiou o plano de Ackerman. Mas, mais do que objetar em termos éticos, eles exprimiram preocupação de que a estratégia poderia falhar ou possivelmente  sair pela culatra, possivelmente prejudicando a eles mesmos.

Entre os jornalistas em geral, há sempre um instinto corporativo, de manada. Eugene McCarthy, o senador de Minnesota e candidato democrata a presidência, uma vez descreveu escritores políticos como pássaros num fio de telefone. Quando um pássaro voa para um fio do outro lado da rua, todos vão atrás. No caso do Sr. Ackerman, estou feliz que nenhum dos pássaros se juntou a ele do outro lado da rua.

Temos,  frequentemente, visto grupos de pensadores na mídia durante as campanhas. Em 1980, a maior parte da mídia decidiu que o presidente Jimmy Carter estava sendo malicioso em seu esforço de reeleição com suas cruéis denúncias sobre Ronald Reagan,  seu oponente republicano. A mídia transformou essas denuncias em uma estória enorme. Em 1992, jornalistas tratavam a economia como se ela fosse uma causa perdida, como se estivesse a deriva, embora uma recuperação de uma recessão leve já havia começado no ano anterior. nota do blog: refere-se ao mandato de Bush- pai, quando a imprensa o massacrou por causa da economia, que , no entanto, já estava se recuperando. Eu poderia continuar.

Penso que a JournoList é  – ou foi – fundamentalmente diferente, e não simplesmente porque um dos seus membros propôs fazer  acusações falsas. Por melhor que eu diga, os envolvidos na JournoList consideravam-se parte de um time. E o objetivo deles era assegurar que o time ganhasse. Em 2008, era o time de Obama. Mais recentemente, os objetivos pareciam ser derrotar o time conservador. 

Até o JournoList vir, jornalistas liberais eram raramente parte de um time. Nem os jornalistas conservadores, até onde eu sei.  Se há um time, ninguém me chamou para fazer parte dele. Como conservador, eu normalmente escrevo mais favoravelmente sobre os republicanos do que sobre os democratas e rotineiramente trato as idéias conservadoras como superiores às dos liberais. Mas nunca fui parte de uma discussão com escritores conservadores sobre como poderíamos ajudar mais os republicanos ou os conservadores.

Minha experiência com outros jornalistas conservadores é de que eles são solitários. Um dos mais famosos colunistas conservadores da metade do século passado, o falecido Robert Novak, é um bom exemplo. Eu o conheci bem por 35 anos. Ele não me dizia em quais estórias ele estava trabalhando e nem me perguntava o que eu estava planejando escrever. Ele nunca mencionou como nos podíamos promover os republicanos ou ajudar a causa conservadora, e nem tampouco eu.

O que foi particularmente patético sobre o esquema de prejudicar os críticos do Sr. Obama foi rotulá-los como racistas. A acusação tem sido feita tão frequentemente nos anos recentes – sem indícios de apoio – que tem tido pouco efeito. Tornou-se agora o ultimo refúgio dos patifes liberais.

O primeiro telefonema que eu recebi, logo após o Daily Caller desenterrar os emails me envolvendo, foi de Karl Rove. Ele disse que queria falar com seu “amigo racista”. Nós rimos sobre isso. Mas foi triste ver no que se transformou o jornalismo ou, no mínimo, uma parte dele.

TRADUÇÃO: Célia Savietto Barbosa

 

O Sr. Barnes é editor executivo do Weekly Standart  e comentarista na Fox News Channel

28 julho, 2010 às 21:44

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Categoria: Artigos

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