A morte de Eduardo Campos ; Charges que valem por artigos; Um manual do terror (Washington Post)
Recebi e-mail de um amigo a propósito da morte de Eduardo Campos. Está imediatamente abaixo. Em seguida comento e questiono .
EDUARDO CAMPOS 1965 – 2014
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A morte de Eduardo Campos chocou-me, chocou-me fisicamente. Estranho, pois discordava totalmente de suas posições políticas socialistas e mais ainda de sua admiração pelo molusco canalha.
Sabia de sua proximidade com o Aécio e de como foi ajudado pelo mineiro com modelos de gestão, com indicação de técnicos e compartilhamento de experiências de governo.
As consequências políticas de sua morte estão sendo avaliadas a partir da consideração de sua substituição por Marina Silva, dada como favas contadas. Não conheço a composição da cúpula da coligação, mas não acho que Marina tenha a confiança da dita cúpula. Acho perfeitamente possível que Aécio possa conquistá-la e conseguir o lançamento de um candidato aliado. Ele deveria estar trabalhando nisto desde já.
Mesmo com um eventual lançamento de Marina, que torna o segundo turno uma certeza, acho viável que Aécio ocupe o segundo lugar no primeiro turno, dado o isolamento político e a debilidade financeira da dama da floresta.
Mesmo que Marina venha a apoiar Dilma num segundo turno, seus eleitores de agora não a acompanharão pois serão eleitores de oposição, contra Dilma.
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MEU COMENTÁRIO:
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Bem, é estranho mesmo o seu sentimento. Para mim a morte de Eduardo Campos não significa absolutamente nada. Era um homem público diferente daqueles que dominam nosso horizonte político? Com todas as nossas amarguras e raivas do dia a dia vindas da humilhação de sermos governados por bandidos você me informa que ele gostava do Lula ? Por favor, é impossível não escapar de uma análise muito negativa: ou era um ingênuo desinformado ou um oportunista. Mas, vc me diz algo mais grave que pode colocar uma terceira hipótese: ele era socialista assumido. Pelo amor de Deus, já não é o bastante termos Serra, FH, e outras vedetes da nossa Oposição que dizem, abertamente, serem de esquerda ? E estes, tenho a impressão, recusariam o rótulo de socialistas. FH só deixou de elogiar o Lula há pouquíssimo tempo atrás. Vaidoso, cultivava a farsa de um distanciamento intelectual que lhe permitia ver o que nós, os não iluminados, não conseguíamos. Pois bem, ele demorou, foram uns incriveis 10 anos, mas o pavão terminou por jogar a toalha e deixou de apontar qualidades na figura detestável. A sua ridícula posição tornou-se insustentável, tantas foram suas contradições. Por outro lado, Serra tentou pegar carona no lulismo durante as eleições. Abstenho-me de maiores comentários, o ato fala por si. E agora temos Eduardo Campos também ligado a Lula ? Afinal, qual era o valor desse homem? Andei lendo, como se fosse elogio, ser ele neto de Miguel Arraes. Ora, Arraes era um comunista horroroso e, se não bastasse, quando voltou do exílio tornou-se um ladrão governando Pernambuco. Neto de um ladrão. Deveriam esconder o parentesco, mas sabemos que Arraes é um herói nacional, portanto fiquemos com o elogio.Eduardo Campos-porque morreu-vai ser mais um herói brasileiro?
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As consequências políticas da tragédia me escapam. Nem de longe me aventuro a qualquer palpite sobre o que vai acontecer.
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Esta mulher desclassificada ( desclassificada mesmo!) está rompendo com a política externa de Obama, mas evita bater de frente com o espantoso moleque. Seu objetivo é ser a próxima presidente americana em 2016. Hillary, em seu livro, rasga elogios para a grossa que manda em nós. Considera Dilma uma poderosa intelectual.
Quando dois sem caráter se encontram:
A ONU é um enorme cabide de empregos. Organização esquerdista, sempre está contra os Estados Unidos – embora seja sustentada por eles. Quando é chamada para garantir a paz em algum país infeliz os seus soldados sempre se caracterizaram pela ineficiência e medo. A exceção fica por conta de ingleses, alemães, australianos e algumas outras poucas nacionalidades.
O ISIS tomaram tanques e armamento pesado fornecidos pelos USA ao exército iraquiano. Com muita relutância Obambi resolveu “armar” os kurdos. A situação tornou-se tão desesperadora e a posição americana tão absurda que Inglaterra, França e Austrália (!) resolveram intervir e enviar seu próprio armamento, SEM QUE OS ESTADOS UNIDOS PEDISSEM! Nunca se viu nada igual.
Segundo estatísticas ( sempre desconfio delas) NUNCA um presidente americano tirou tantas férias e jogou tanto golfe.
Não entendi. Este é Robin Williams. Os suicidas não podem entrar no céu, mas São Pedro (?) foi amarrado e alguém ( quem?) diz que vai deixa-lo passar.
Obama dando uma aula de canalhice criticou ” a administração anterior” – leia-se Bush – pela tortura aos terroristas. Ela é necessária, Obama sabe disso e permite que as agências a pratiquem, desde que não chegue ao seu conhecimento. Centenas, ou milhares de atentados foram evitados por causa do waterboarding. Ou os Estados Unidos, e aliados, usam a tortura ou as suas cidades vão ser incineradas. Na charge acima ele está repetindo a hipocrisia do discurso, mas de fato tortura o seu país, o que é a mais pura verdade. Os Estados Unidos estão irreconhecíveis depois que o moleque perverso assumiu a presidência.
Simples e perfeito. O primeiro quadrinho mostra um edifício bombardeado por Israel em Gaza. O segundo mostra o que o Hamas permite que seja fotografado. O terceiro, que é exatamente igual ao segundo, é o que os jornais e televisões espalham pelo mundo. O quarto é o que o povo americano ( e o planeta inteiro) pensam: “Oh, …. aquelas pobres crianças!”
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Na raiz da brutalidade do Isil, um manual do terror
Ao decapitar, crucificar e torturar, jihadistas executam um plano para administrar o medo
Terrence MCCOY
THE WASHINGTON POST
Na semana passada, as forças do Estado Islâmico no Iraque e no Levante(Isil, na sigla em inglês) avançaram 40 quilômetros na direção de Irbil, o que fez o medo tomar conta da capital curda. A população ouviu falar da brutalidade do militantes, das crucificações, decapitações e assassinatos em massa. E está apavorada, disse o jornalista curdo Namo Abdulla. Alguns fugiram. Outros se refugiaram nas montanhas. Os assassinos estão chegando.
Na semana passada, imagens da selvageria do Isil eram inevitáveis. Na segunda-feira, as notícias explodiram com a difusão da foto de um membro australiano do Isil, levantando uma cabeça decapitada ao lado do seu orgulhoso pai.
Essa imagem, talvez emblemática, é uma das mais perturbadoras e grotescas até hoje exibidas, disse o secretário de Estado americano, John Kerry, na terça-feira. Um menino de 7 anos segurando orgulhoso uma cabeça cortada, encorajado pelo pai com os irmãos ali. Isso é totalmente deplorável e mostra a que ponto o Isil extrapolou todos os critérios com base nos quais julgamos até mesmo grupos terroristas.
A glorificação da violência extrema usando a mídia social é um dos aspectos definidores do Isil. Os militantes sunitas usam a selvageria como instrumento, afirmam os analistas. O grupo não é despreparado, não é indisciplinado. É organizado. É tático. Demoníaco. E esse é o problema. Há uma razão estratégica por trás das execuções, escreveu Aaron Zelin, do Washington Institute. E das imagens horripilantes postadas online para todos verem.
As sementes da brutalidade de hoje provavelmente foram plantadas muito tempo atrás, num livro de 2006 chamado The Management of Savagery (Administração da Selvageria, em tradução livre), avaliou o especialista Lawrence Wright na revista The New Yorker. Escrito por um islamista radical chamado Abu Bakr Naji, oferece em detalhes exemplos de selvageria abominável observados nos atos do Isil e suas encarnações anteriores.
De acordo com a tradução inglesa, o autor conclama a uma administração da selvageria e a uma campanha implacável para polarizar a sociedade, atrair seguidores e estabelecer uma califado sunita. É preciso tornar essa batalha muito violenta, a ponto de a morte ser sempre iminente. Assim, os dois grupos entenderão que travar esta batalha levará frequentemente à morte, diz o livro.
Muito antes do surgimento do Isil, essa era a visão de um assassino selvagem chamado Abu Musab al-Zarqawi. O jordaniano – primeiro seguidor, depois rival de Osama bin Laden – buscava uma guerra entre as duas maiores seitas do Islã, sunitas e xiitas. E para isso, escreveu Wright, não havia uma oportunidade melhor que o Estado dilacerado do Iraque, situado em plena linha divisória entre sunitas e xiitas.
Mas seu programa se chocou com visão de Bin Laden, que colocou Zaqawi sob sua liderança em 2004, dando origem à Al-Qaeda no Iraque, precursora do Isil. Um grupo que com frequência entrou em atrito com o comando da Al-Qaeda por sua tendência à brutalidade.
Uma bala era boa o bastante para matar, dizia o lugar-tenente de Bin Laden. “Por que decapitar?”
O que não entenderam era que, para Zarqawi e sua rede, a selvageria, especialmente quando dirigida a outros muçulmanos, era o ponto central, escreveu Wright. O ideal desse movimento, segundo seus teóricos, era a criação de um califado que levaria à purificação do mundo muçulmano.
Alguns observadores, entre eles o analista britânico Alastair Crooke, afirmam que o livro expôs a verdadeira ideologia que o Isil vem colocando em prática. De fato, uma das primeiras medidas que o livro sugere é a pilhagem de recursos, que o Isil tem feito com o mesmo fervor com que pratica seus atos violentos.
Segundo Crooke, o livro estimula massacrar o inimigo, aterrorizá-lo. A administração da selvageria é definida muito sucintamente como a administração do caos selvagem, diz a publicação. E o aumento da selvageria não é a pior coisa que poderia ocorrer hoje ou na década passada, ou em outras antes dela. A selvageria mais deplorável ainda é melhor do que a estabilidade sob a ordem do infiel.
Não deve haver misericórdia, diz o livro: os inimigos não serão piedosos conosco se nos capturarem. Portanto, cabe fazer com que eles pensem mil vezes antes de nos atacar.
Os assassinatos não têm por fim apenas aterrorizar a população, diz o livro. A violência despertará as tensões sectárias, fará com que as seitas escolham um lado e arrastem as massas para a batalha. Não sabemos se isso ocorreu em larga escala. Mas um recente artigo de Greg Miller no jornal The Washington Post sugere que a reputação de crueldade do Isil provocou muitas deserções entre membros sunitas das forças se segurança iraquianas. Além disso, os jihadistas do Norte da África estão abandonando seus grupos para se unir ao Isil.
Em resumo, as decapitações e a violência perpetradas pelo Isil não são fanatismo extravagante, delirante, mas uma estratégia estudada e deliberada, escreveu Brooke. A violência aparentemente aleatória tem um objetivo preciso: criar o terror; pôr fim à resistência psicológica de uma pessoa – com base nas notícias. É isso exatamente que o Isil vem fazendo.
Tradução de Terezinha Martino
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O sultão Saladino e a rendição dos guerreiros cristãos. Saladino é uma inspiração para todos os radicais muçulmanos que fantasiam a dominação do mundo.
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Categoria: Artigos