A Petrobras em mais um roubo sensacional; Comentários a respeito de artigo do medíocre ministro Antonio Patriota

 
 esta é a Petrobras que o governo e a oposição nos dizem que existe
 
 
 esta é a verdadeira Petrobras
 

 

O que os brasileiros fizeram para merecer o castigo de ter a Petrobrás em suas vidas ? Se esta empresa fosse oferecida como um presente para o Eike Batista, para o Bradesco, para qualquer um, SE FICÁSSEMOS LIVRES DELA, mesmo sem receber um mísero tostão, seria para darmos pulos de alegria. Trata-se de uma desgraça nacional. Sustentamos suas roubalheiras extraordinárias, tanto da empresa quanto do seu fundo de pensão, a Petrus, que é alegria do mercado financeiro. Sustentamos os rombos no Tesouro, sustentamos seus funcionários-marajás, sua incompetência absoluta, total, embora a propaganda (paga com o nosso dinheiro) diga que somos auto-suficientes em petróleo, que ela é a melhor do mundo em perfuração marítima, que descobriu o pré-sal (teria sido descoberto 30,40 anos atrás se fosse uma empresa privada),  em suma, somos enganados por esse monstro insaciável, de diretores com fortunas fabulosas em suas contas no exterior. 

 

 

O roubo:

 

Não me lembro de haver visto uma operação de roubo tão extraordinária quanto a efetuada pela Petrobras, em 2006. É absolutamente sensacional porque, partindo de um número muito pequeno, e em uma só tacada, foram roubados 1 bilhão de dólares!  Deverá ser incorporado com destaque no livro ” A História da Corrupção no Brasil”, ainda não escrito, mas que terá três volumes e no mínimo 2.000 páginas. 

 

Acontece que uma firma belga comprou, em 2005, por 42,5 milhões de dólares, uma refinaria no Texas. No ano seguinte ela vendeu a refinaria para a Petrobrás por 1,189 bilhões de dólares!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! São 28 vezes o valor pago pelos belgas.

 

 

Dirma era a Presidente do Conselho de Administração da Petrobrás na época da aquisição, e diz o Estadão : ” Negócios de vulto, como a compra de refinarias passam pelo crivo não só dos executivos, mas dos conselheiros da empresa”. 

 

 

Provavelmente a parte brasileira do roubo deve ter ficado com 1 bilhão de dólares e a parte belga com 180 milhões. Como foi repartido esse 1 bilhão entre petistas e alguns não petistas ? É de se imaginar que Lula, Zé Dirceu, o presidente da Petrobrás, José Gabrielli, Dirma, e alguns diretores da Petrobrás ficaram com a maior fatia. Claro que Lula deve ter embolsado uns 500 milhões e os outros dividiram os restantes 500 milhões de acordo com a importância de seus cargos. Não tenham dúvida que os políticos não sabem exatamente quanto receberam os técnicos ( presidente da Petro, diretores e outros intermediários), porque grande parte dos detalhes da operação são incompreensiveis para eles. Com isto quero dizer que foram enganados, que o roubo até pode ter sido maior do que 1 bilhão. Não tenho dúvidas, é uma REGRA, e quem trabalha no mercado financeiro sabe disso. Aliás, nesses assuntos o mercado é muito mais bem informado do que a imprensa.

 

Chegamos ao ponto em que roubar é perfeitamente normal, não são necessários maiores cuidados, mas, um gigante feito a Petrobrás pode-se dar ao luxo , prevendo o futuro, de contratar uma assessoria independente antes de fechar uma grande operação de compra ou venda. Assim, no caso da refinaria belga, os ladrões contrataram o Citibank para avaliar o negócio. É óbvio que antes da contratação, antes do Citi ser escolhido, seu pessoal foi devidamente subornado, para que o parecer fosse favorável à compra pelo preço que interessava aos gatunos. Se não estivessem de acordo, outro auditor seria o escolhido. Bem, o jornal diz que ” o aval foi dado, mas se baseou em informações fornecidas pela própria estatal” . É preciso dizer mais alguma coisa ? O Citibank não investigou valores, não precisou um preço de compra, simplesmente aceitou os números apresentados pela Petrobras. O resultado só poderia ser o da aprovação. Quanto recebeu o Citi ?

 

Mais a frente ficamos sabendo que a companhia belga tinha em seus quadros Alberto Feilhaber, um executivo da petrolífera brasileira.  Quer dizer, para facilitar o contato com os belgas a Petro tinha o seu próprio homem dentro da empresa.

 

Agora, depois do escândalo ( que não é escândalo),  o natural é esperar que a Petrobrás compre juízes, ministros, promotores, o escambau. Não se esqueçam que a companhia tem um imenso histórico de roubos, o que a tornou uma cafetina profissional, altamente qualificada no assunto suborno. Não pensem em comparar Zé Dirceu e outros envolvidos no Mensalão com o pessoal da Petrobrás. Aqueles que compravam os deputados, embora fossem figuras nacionais importantes, nem de longe passam perto da diretoria da Petro, ou do seu fantástico fundo de pensão a Petrus. Estes senhores (e senhoras), JAMAIS usariam o Marco Valério como intermediário, nem que fosse numa compra de chícaras para tomar café.  Considerando a imensidão da empresa, sua gigantesca estrutura jurídica, qualificada inclusive para lidar com problemas desta ordem, e usando todos os seus recursos materiais e humanos, os diretores e técnicos da Petrobrás cobrem os mensaleiros de ridículo. A Petrobras é um estado dentro do estado, e mesmo que Dirma possa (talvez) nomear seu presidente e diretores, assim como presidentes e diretores da Petrus, nunca saberá tudo o que acontece dentro das empresas, mesmo com respeito aos assuntos importantes. Os “companheiros” nomeados vão levar tempo para entender as implicações da máquina, e, se conseguirem chegar até lá, é provavel que suas lealdades troquem de lado.    

 

Muitas décadas atrás, na televisão, a ministra da Fazenda  Zélia Cardoso (que roubou 21 milhões de dólares na chamada Operação Patrícia), foi perguntada : “ Ministra, o petróleo é nosso ?”  A resposta perfeita : ” Não. O petróleo é dos árabes e dos funcionários da Petrobras”. 

 

A única solução para o monstro é a privatização – que não conta com o apoio de ninguém, muito menos da nossa “Oposição”. Mas, se por uma sorte descomunal, algum dia acontecer que a Petrobras seja vendida, mesmo que por um décimo do que ela vale, e o resto for roubado, não se incomodem. Muito pelo contrário, saiam às ruas vibrando de alegria.

 

Leitores interessados podem clicar em cima do título de outros artigos sobre a Petrobras  A Petrobras e o caso Paulo Francis, A Dona no campo de concentração ;       Petrobrás: a nossa cruz – Tópicos ;       Dilma e Hillary; Cristina e a Petrobras; Mensalão; Fernando Henrique é homenageado; A Síria

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Sobre a Petrobras, vejam o que o Estadão publicou, ontem, dia 27, lá no meio do jornal, caderno de Economia, quando deveria, em razão do volume majestático do roubo, ser manchete principal e de primeira página. No dia 28 deu sequência à matéria, mas o espaço continuou pequeno.  Pensando bem, o jornal deve ter razão, já que ninguém liga. Mais importante para os brasileiros é o que se passa na Turquia ( na novela, é claro).

 

O Ministério Público apresentou ao Tribunal de Contas da União (TCU) representação contra a Petrobrás sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006. O procurador Marinus Marsico encaminhou ao ministro-relator do TCU, José Jorge, pedido para que apure responsabilidade da companhia no negócio. Após meses de investigação, o procurador considerou que houve gestão temerária e prejuízo aos cofres públicos. Gestão temerária ?! Mesmo levando-se em conta que existe uma linguagem jurídica que desconhecemos, está na cara que um roubo desse tamanho não pode ser má administração, incompetência, ou audácia indevida ao se tomar decisões importantes.

 

O Estado apurou que o prejuízo da companhia pode ser de cerca de US$ 1 bilhão. A presidente Dilma Rousseff presidia o Conselho de Administração da Petrobrás na época da aquisição.

A representação é uma denúncia, o pontapé inicial de um processo formal. “A representação foi encaminhada e saiu como sigilosa, pois contém informações que poderiam ser consideradas de ordem comercial. Mas defendo que não seja confidencial”, disse Marsico.

O processo está tramitando internamente. É possível que o ministro-relator se posicione já na próxima semana. José Jorge pode, por exemplo, apontar em despacho indícios de responsabilidade, pedir novas investigações (diligências) ou abrir para defesa da empresa (contraditório).

Caso o ministro aceite o pedido e a área técnica do TCU inicie fiscalização na Petrobrás, o resultado do trabalho, com eventual identificação de responsáveis, será julgado em plenário.

Triangulação. O processo foi motivado por reportagem do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, de julho de 2012, mostrando que a refinaria foi adquirida em 2005 pela Astra/Transcor, uma trading belga da área de energia, por US$ 42,5 milhões. A mesma unidade foi vendida à Petrobrás no ano seguinte, em duas etapas, por US$ 1,18 bilhão, embora valha cerca de dez vezes menos.

As possíveis concessões à Astra foram feitas em ano eleitoral no Brasil. A belga contava em seus quadros com Alberto Feilhaber, um ex-executivo da Petrobrás. O caso também é acompanhado pelo Congresso Nacional e pelo Ministério Público Federal, de onde pode sair futuramente uma representação de ordem criminal. O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) questiona a compra, considerando o negócio prejudicial. Ele lembra que a Petrobrás pagou 28 vezes mais o valor inicial da empresa.

A refinaria é um dos ativos que a Petrobrás pretendia vender no exterior de forma a angariar recursos para o pré-sal brasileiro. A venda está temporariamente suspensa.

No balanço do quarto trimestre, a Petrobrás lançou uma baixa contábil de R$ 464 milhões referente à refinaria, portanto valor que já reconhece como perdido. A companhia agora pretende investir na unidade para melhorar seu preço de mercado antes de retomar as negociações, segundo a presidente Graça Foster informou na coletiva de divulgação do balanço. “Não vamos vender Pasadena ao preço que está”, disse ela. / COLABOROU FÁBIO FABRINI

 

“Diplomacia e proteção de civis”, ou , A Mediocridade irritante do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota

 

 
 
 
Antonio de Aguiar Patriota
 
 

A proteção de civis desarmados em situações de conflito é um desafio de ordem moral e diplomática. Inocentes mortos, feridos ou desabrigados não podem ser tratados como meros “efeitos colaterais”. Ninguém, a não ser selvagens, tratam “inocentes mortos, feridos ou desabrigados” como “MEROS’  efeitos colaterais, isto é demagogia do Patriota. Todos os países civilizados deploram os efeitos colaterais. Já os terroristas têm exatamente os “efeitos colaterais” como OBJETIVO. Não digam isto ao ministro porque o seu cérebro pode entrar em parafuso. Mas, uma alma caridosa poderia chamá-lo de lado e dizer bem baixinho que no dia em que não existirem inocentes mortos, feridos ou desabrigados em uma guerra, provavelmente…NÃO EXISTIRÃO MAIS GUERRAS.  A questão exige que a comunidade internacional assuma sua responsabilidade coletiva. Cada frase é um clichê, cada frase é de uma obviedade que insulta.  A importância crescente do tema levou a presidência de turno sul-coreana do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) a realizar debate, em nível ministerial, de que participei em 12 de fevereiro. Imagino o espetáculo de péssimo nivel, com todos procurando manifestar uma educada indignação, e repetindo mil bobagens, como as que acabamos de ler. E, é claro, como pano de fundo, os efeitos colaterais ocasionados pelas forças americanas no Afeganistão, Iraque, e sei lá mais aonde. A respeito de outros teatros de combate, feito o Mali, atacado pelos franceses, não existe interesse. Tivemos apenas notícias, mas sem comentários sobre danos colaterais. Tudo está centrado no ódio aos Estados Unidos. 

Como ponto de partida devemos ter presente que a prevenção de conflitos é a melhor forma de garantir a proteção de civis. Mas que tolice.  É o mesmo que dizer que fornecer alimentos é a melhor maneira de se evitar a fome. Muito se fala sobre a inaceitabilidade de situações em que governos deixam de proteger suas próprias populações. Hoje existe consenso internacional quanto à necessidade de esforços coordenados para fazer frente a tais circunstâncias. O Patriota está ensaiando dizer algo que para ele é moderníssimo, aprendeu ontem, mas já existe há décadas:  Hoje, o conceito de soberania não é tão amplo quanto no passado. Se um governo  promove o genocídio de sua população, pode-se através de um acordo entre nações invadir este país em nome de se evitar o crime.É necessário reconhecer, porém, que a comunidade internacional tem sido omissa em relação a questões fundamentais para a proteção de populações civis, entre as quais sobressaem as seguintes:

A promoção do desenvolvimento sustentável, com ênfase na erradicação da pobreza e na segurança alimentar, contribui para promover a paz. A ausência de oportunidades e de perspectivas é gênese de conflitos, estimula os radicalismos e enfraquece a crença nas instituições. É lamentável o elevado nível das despesas militares, enquanto não são atingidas as metas de Assistência Oficial ao Desenvolvimento, acordadas em Monterrey em 2002.   Nem a madre Thereza, com toda sua inocência, diria algo assim. Lamentar que os gastos militares sejam aumentados, ao invés do dinheiro ser dirigido para a maravilhosa produção de bens e alimentos para toda a humanidade . O homem tem o cérebro de um lagarto.  Mas existe outra coisa:  Patriota pensa que está atacando os Estados Unidos. De fato, o orçamento militar americano, por irresponsabilidade criminosa de Obama, está diminuindo. O ministro, sem perceber, bate de frente com a China, Rússia, Iran, Coréia do Norte, Venezuela, e outros países delinquentes. .

Precisamos lutar para reduzir a disponibilidade dos instrumentos de violência, em particular as armas de destruição em massa. Puxa, ninguém havia pensado nisto !  Que maravilha. O discurso é inovador, seminal. Depois dele serão outras as perspectivas mundiais! E com respeito às armas de destruição em massa, qual é o único país no mundo capaz de, pela força, evitar que criminosos as tenham ?  Nem vou dizer o nome. É imprescindível fazer avançar o desarmamento e a não proliferação. Muito bem ! Muito bem! (aplausos entusiásticos). A facilidade na obtenção de armas convencionais, particularmente pelo comércio ilícito, multiplica os danos causados por conflitos. As consequências para os civis do uso indiscriminado de novidades tecnológicas no combate a insurgências ou ao terrorismo, por sua vez, requerem um debate aprofundado. Agora o bobão vai falar nos drones.  E, vejam sua alfinetada dirigida aos EUA: “o uso indiscriminado”, como se os americanos não estivessem mais do que cautelosos no emprego dessa arma, mesmo ao custo da vida dos seus soldados. O medo de atingir civis é tanto que torna-se impossivel ganhar a guerra. Este é o extraordinário problema que os american liberals, ou, os traidores que não sabem que são traidores, trouxeram para as suas tropas no Afeganistão. A guerra tem que ser vencida sem matar NENHUM civil. E quem é o Patriota para falar em combate ao terrorismo sem a morte de inocentes  ? Ele deve ter sido da turma que adorou o ataque às torres, aquele tipo obsceno que mal conseguiu disfarçar o seu contentamento. Nem lhe passa pela cabeça que, na hipótese absurda dos Estados Unidos serem  vencidos, não restaria nada que impedisse os terroristas de colocar o mundo de joelhos. China e Rússia não têm o menor poder para conter os jihadistas, a não ser que semeassem bombas atômicas em todos os lugares aonde eles se escondem, pouco se importando com os “efeitos colaterais” que tanto “preocupam” o ministro. E não tenham dúvidas, se os mustafás chegarem a ter a bomba atômica, ou bombas bacteriológicas (patente russa)  esses dois países vão pulverizar o mundo árabe-persa.  É isso que essa turma de pacifistas de araque deseja ?  Claro que sim. Quando se sentirem ameaçados vão esquecer rapidinho os “efeitos colaterais”, vão se esquecer das bonecas que a CNN joga em cima dos destroços dos prédios destruídos pelos drones, antes de filmar o local.  Na hipótese de um grande ataque a Paris, a cidade-nostalgia dos “iluministas”, “berço da liberdade”, coitados dos Mohammeds. Vão perder metade do apoio da esquerda mundial : intelectuais, pacifistas, liberais.  O PT, no entanto, continuará firme ao lado deles, e seus líderes dirão o que já é insuportável:  “a diplomacia é o melhor caminho para a paz”.    

Não podemos esquecer a responsabilidade da comunidade internacional na paralisação do processo de paz Israel-Palestina e o fracasso do Quarteto em contribuir para um acordo. Que responsabilidade ? O problema é incrivelmente complexo, incrivelmente dificil de ser resolvido. Quantos “acordos” já aconteceram ?  A comunidade internacional não é um deus que obrigue os palestinos ou os israelenses a tomarem medidas que para os dois lados significa uma espécie de rendição.Medidas  unilaterais estão exacerbando tensões na região. O CSNU deve atuar decisivamente nessa questão. A vulnerabilidade da população civil nos territórios ocupados representa uma situação de alto risco, cuja periculosidade não deve ser subestimada. Patriota demorou um pouquinho para chegar aonde queria : Ele é a favor dos palestinos e contra Israel, pouco interessando se a população civil palestina abriga terroristas do Hamas e do Hezbollah com alto nivel de atividade. Já virou dogma esquerdista ser contra Israel e a favor dos palestinos, da mesma forma que com incoerência brutal clamam por direitos humanos e apoiam o regime cubano.  Israel mauzinho e os palestinos bonzinhos é tudo o que o mundo pensa, principalmente o Brasil,  um país que se alinha com todos os bandidos dos dois hemisférios pelos motivos os mais oportunistas. A política externa brasileira é desastrosa. Tenta ser maquiavélica, quando é apenas ridícula e imoral.

A paralisia em questões de paz e segurança internacional pode ser considerada o mais preocupante exemplo da estagnação do sistema de governança mundial. E já foi diferente ???  Vai culpar os Estados Unidos ?  O CSNU, congelado em configuração de poder anacrônica, é o foro que debate e pode chegar a autorizar o uso da força para a proteção de civis. Um CSNU mais legítimo e representativo disporá de melhores condições para implementar medidas preventivas e estratégias diplomáticas que evitem a radicalização e solucionem conflitos. Agora Patriota toca de leve no sonho absurdo, louco, que começou no governo Lula: O Brasil quer um assento no Conselho Permanente de Segurança onde se encontram os Estados Unidos, Rússia, China, Inglaterra e França. Na hipótese inconcebivel dos vilões – os americanos -concordarem, todos os outros vetariam a entrada do Bananão. Principalmente o país que Patriota deve admirar: China. Mas isso não entra nos brilhantes cálculos da esquerda. Pensam que vencidos os Estados Unidos o resto seria facil. Essa gente deveria ser internada.

Reconhecemos que em alguns casos a comunidade internacional não poderá prevenir, por meios diplomáticos, conflitos armados com violações massivas de direitos humanos da população civil. Reconhecem ? E  apenas em alguns casos ?! Ainda assim, devem-se esgotar todos os meios pacíficos para minimizar o impacto sobre civis. Não! O senhor está enganado :Todos nós queremos que os civís sofram, que o impacto seja aumentado!  O uso da força sempre traz consigo o risco de mortes e disseminação de violência e instabilidadesComo é possivel tanta obviedade ? As intervenções militares no Afeganistão e no Iraque, por exemplo, causaram elevado número de civis mortos (estimativas conservadoras calculam aproximadamente 120 mil mortos de setembro de 2001 a setembro de 2012), além de refugiados e deslocados internos (em torno de 1,6 milhão de pessoas somente no Iraque). Até que enfim!  O homúnculo chegou lá! Iraque e Afeganistão!!!   Tudo o que lemos até agora era para chegar neste ponto!  Papagaio ! Nem faltou o cansativo lugar comum das  “estimativas conservadoras“.  E, para não deixar os Estados Unidos sozinhos, vem agora um pequeno disfarce:   A África do Norte vive o efeito desestabilizador de ações na Líbia. Essas lições não podem ser ignoradas. Ora, sêo ministro, efeito desestabilizador prá valer é o acolhimento precipitado, imbecil, da “primavera árabe”, onde a troca de ditadores pró-ocidente por muçulmanos que pretendem adotar o regime iraniano foi  recebida com grande entusiasmo por gente feito o senhor, ignorante crasso que só enxerga o que for prejudicial para os Estados Unidos, sem pensar que o Brasil, a longo prazo, vai sofrer as consequências. E nem  lhe passa pela cabeça carente de neurônios o sofrimento das mulheres sob o regime da shariaO senhor sabe que 6 mil meninas são castradas por dia, de maneira brutal, nesses países infames que o Brasil apoia ? Que mal pergunte : O senhor lê alguma coisa além de jornais e da revista Caras ?  O senhor pode passar por um homem de grande cultura para aqueles que consideram o vestibular para o Itamaraty um teste para gênios. De fato trata-se de uma fraude. O que está escrito no programa, que impressiona muitíssimo, não é o que se pede nos exames. Conheço diplomatas que falam o incrivel ” a gente vamos”.  Quem sabe é essa a sua linguagem, e sem querer acertei na mosca ? 

 

Em situações excepcionais e extremas em que o uso da força venha a ser autorizado pelo Conselho de Segurança para proteger civis, é necessário garantir que a intervenção militar seja criteriosa, proporcional e estritamente limitada aos objetivos estabelecidos pelas Nações Unidas. Nesse contexto, devemos velar 1) pela inserção da intervenção numa estratégia diplomática de resolução de conflitos – em outras palavras, a intervenção não pode ser um fim em si mesmo; 2) pela geração de um mínimo de violência e instabilidade, evitando criar ainda mais danos para a população civil; e 3) pela adoção e observância de procedimentos claros de monitoramento e avaliação pelo CSNU da maneira como suas resoluções são interpretadas e aplicadas.

Prevenção de conflitos e resolução pacífica de disputas minimizam o sofrimento de civis. Quando a intervenção militar é autorizada e considerada potencialmente benéfica, a responsabilidade de proteger deve ser acompanhada da responsabilidade ao proteger Quem redigiu o discurso teve orgasmos quando bolou essa frasezinha de efeito.  Os esforços multilaterais de proteção de civis devem estar ancorados no respeito aos direitos humanos e no Direito Internacional Humanitário, inclusive no contexto da luta contra o terrorismo Claro, nada de torturas, nada de “waterboarding”, não é necessário, além de imoral. Os terroristas confessam aonde vai ser o próximo atentado se pedirmos com jeitinho (aliás, que tal o “jeitinho brasileiro”, essa besteira tão aclamada entre nós ?) Vamos estender os direitos civis americanos para todos os mustafás presos em Guantânamo porque no fundo eles são bonzinhos, afinal se tornaram terroristas por causa dos Estados Unidos, das Cruzadas, eles são assim por nossa culpa, e …. realmente não aguento mais tanta insanidade.

Nota-se hoje uma crescente utilização da frase “não há solução militar para…”. A presidenta Dilma Rousseff( o momento de puxar o saco) em seu discurso no Debate Geral da 67.ª Assembleia-Geral da ONU, declarou que “não há solução militar para a crise síria”. É esta constatação que torna tão urgente e necessária uma plataforma diplomática para a Síria como a do Grupo de Ação de Genebra de 2012. O presidente norte-americano, Barack Obama, em seu discurso de posse, em janeiro passado, afirmou que “segurança e paz duradouras não exigem guerra perpétua”.

Passado o momento unipolar ( BUSH !!! – o discurso não estaria completo sem a menção ao demônio pós – Hitler) e iniciada a formação de uma ordem multipolar, começa a se firmar a convicção de que não há solução militar para a grande maioria dos problemas de paz e segurança do mundo contemporâneo. Devemos encarar essa evolução como uma nova abertura para o multilateralismo e um papel mais relevante para a diplomacia. UFA!!! E nós pagamos o salário dele.

* MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

 

28 fevereiro, 2013 às 09:11

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Categoria: Artigos

Comentários (1)

 

  1. Marco disse:

    Você excedeu, em especial no tocante ao Patriota! Quando eu li aquele besteirol me deu vontade de escrever, mas você o fez com maestria! Parabéns!

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