Acredite quem quiser: Stédile não levou uma surra no aeroporto; O Estado brasileiro, que já era enorme, dobrou de tamanho para servir ao PT – por onde começar a limpeza?; Os ditadores africanos não conseguem dormir pensando no Brasil; Visões da Democracia no Brasil (Simon’s Site); Tópicos

 

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Não deram uma surra no Stédile ???????????????????????????????????
Circula nas redes o vídeo do Stédile desembarcando em Fortaleza. É incrível que seja considerado ótimo, uma maravilha, as vaias e agressões verbais que Stédile  recebeu no aeroporto. O fato deveria ter sido LAMENTADO!  Vocês não entendem que ele teria que apanhar prá valer ??!  Teria sido um ato político importante, além da bela catarse da população que assistiu ao vídeo pelo Brasil afora.  Stédile representa o que pior poderia nos acontecer caso o PT continuasse no seu triunfo, com Lula voltando em 2018. A frase inacreditável, “Eu chamo o exército do Stédile”, é de arrepiar, e mostra a importância deste homem no esquema de poder petista. É possível que Lula fosse mais claro ??????? A população tem que fazer a sua parte, e nesse caso não são os gritinhos de “bandido”!  e o acenar da bandeira brasileira. Stédile é o que existe de mais importante no referencial de violência organizada, o que existe de mais importante na organização paramilitar do PT ! Se ele tivesse sido coberto de pancada, teríamos manchete em toda a mídia, com os devidos comentários sobre quem ele é : o braço armado dos neocomunistas (oficializado com todas as letras pela declaração do Lula!) o abraço armado para manter os canalhas no poder com uma possível mudança de regime. Claro que a pancadaria seria condenada pelos jornais e tvs, aquela baboseira de “não se pode desrespeitar as leis”, ” a violência gera a violência…..”    etc. etc. , quando sabemos que o país já está mergulhado até o pescoço na ilegalidade. A repercussão no Congresso seria excelente: “o povo está perdendo a paciência, nós temos que fazer alguma coisa…” E que coisa seria essa ?????  O impeachment  é claro!  As Forças Armadas também seriam afetadas: veriam que o povo está fazendo o trabalho delas. Por definição, o soldado existe para defender os mais fracos. NÓS somos os mais fracos. Incrível o sujeito desembarcar sem seguranças e não acontecer nada. ACORDEM!  E as pessoas precisam ter mais orgulho, precisam de mais valentia, mais sangue nas veias! Não é para ser comemorado na internet, mas la-men-ta-do. A maioria das lideranças nas redes sociais é igual à nossa “oposição”: Educam no sentido da inércia, “ponderação”, horror à qualquer tipo de violência, mesmo que seja em legítima defesa. Até ONTEM eram, inclusive, contrários ás manifestações de rua. São covardes por natureza. 
Não se pode perder uma oportunidade raríssima feito esta, a do Stédile em Fortaleza.
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Isto sim, é para altíssima reflexão: “De tempos em tempos a árvore da liberdade precisa ser regada com o sangue de tiranos e patriotas” (Thomas Jefferson)
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O contrário do pensamento de Jefferson é a declaração absolutamente estúpida de um liberal, de um terrivel pacifista, Obama: Ideologias não são derrotadas com armas, são derrotadas com melhores ideias- uma visão mais atraente e convincente” (publicado no Estadão, a respeito da luta contra o Estado Islâmico)
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É desta maneira que este sujeito patologicamente narcisista, de formação racista e profundamente antiamericana, está destruindo os Estados Unidos e, por consequência, o mundo ocidental. O nível de sofisticação dessa tirada do Obama é o mesmo da Dilma. Não há nenhum exagero meu.  Desta maneira, o mundo se afunda, e Putin (para dar apenas um pequeno exemplo)  deita e rola.
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O surrado ditado romano “Si vis pacem parabélum” resume tudo, tanto na trágica política pacifista de Obama, quanto no episódio do Stédile.

 

 

 

 

 

 

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Political Cartoons by Glenn McCoy

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Os ditadores africanos devem ficar pasmos com a roubalheira no Brasil, PRINCIPALMENTE porque aqui não é uma ditadura. Devem imaginar que é um país riquíssimo, tem tanto dinheiro que todos podem roubar, sempre dentro das tais regras democráticas. E eles dando o maior duro, matando gente adoidado, para conseguir alguns poucos milhões de dólares, enquanto naquele país maravilhoso tudo é na base do bilhão. Que mistério… Sem dúvida o Brasil é muito mais rico do que os Estados Unidos, muito mais rico do que os britânicos, do que os alemães… hummmmm….os ditadores africanos passam a noite pensando…. hummmmmm…..

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O ESTADO GRANDE, FASCISTA
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Certa vez perguntei para um amigo, na época ministro da Fazenda, qual era o principal problema brasileiro, qual a causa de não irmos para a frente, qual era, enfim o GRANDE ERRO ? Eu queria uma resposta simples.  Ele respondeu:  ” As estatais.”   E repetiu :   “As estatais – elas são um saco sem fundo, não há dinheiro que chegue”.    Muito bem, isto foi no governo Itamar, agora imaginem o quanto esses monstrengos cresceram, incharam, foram aparelhados para sustentar o PT, nos votos , nas informações sigilosas, nas sabotagens, e nas manifestações de rua ao lado do “exército do Stédile”.   O governo está desesperado porque não sabe o que fazer para conseguir dinheiro e só pensa em aumentar os impostos. Por que não vende logo a maldita Petrobrás ? Vinte anos antes do escândalo eu já estava ao lado dos que diziam que se fosse vendida pelo metade do seu valor ainda assim seria maravilhoso ficarmos livres dela. Os benefícios da venda seriam muito superiores ao roubo no preço. Agora, a empresa saqueada vale a metade da metade da metade da metade, da metade, etc. Ainda assim deveria ser vendida. O essencial é o governo despachar este monstro de incompetência e fonte eterna de roubalheira. Mesmo antes dos grandes roubos já sofríamos com a falta de preparo do elemento humano na Petro. Nunca soubemos a verdade sobre nossa verdadeira capacidade para a exploração de petróleo, sempre lidamos com uma caixa preta. Passamos toda uma vida ( acho que 62 anos)  sufocados por uma gigantesca propaganda martelando dia e noite mentiras sobre as imensas realizações da empresa e de seus geniais técnicos. Um cabide de empregos sugando e roubando o país. O fato é que a Petrobrás nunca trouxe felicidade para os brasileiros, mas muita alegria para seus funcionários

Seria um sonho vender as infames estatais. Da mesma forma que na Petrobrás o inevitavel roubo no preço não teria importância porque não altera o quadro de degradação moral no qual vivemos. Talvez nas contas do governo sairíamos do vermelho para o azul e, reduzindo-se as principais fontes de roubalheiras , além de uma recuperação forçada na conduta ética brasileira. Sem ter o que roubar o sujeito não se torna um ladrão – espero que me entendam, porque a afirmação é perigosa sem uma ampla digressão. Quero dizer que o “não roubar” implica em um efeito cascata onde ao longo do tempo os valores morais são recuperados. Mesmo que o roubo não aconteça apenas por falta de oportunidade. Ao vendermos TODAS as estatais ficaríamos livres da sangria que essas empresas vampiras ocasionam em nossas contas. O Estado ficaria muito, muito menor. Os funcionários vagabundérrimos, colocados pelo PT, seriam postos no olho da rua. Um novo horizonte, um recomeço, um novo país. 
Entrevista na TV: ” Ministra, o petróleo é nosso?”   Zélia Cardoso, ministra da Fazenda: ” Não. O petróleo é dos árabes e dos funcionários da Petrobrás.”
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Political Cartoons by Michael Ramirez

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Deu no jornal : “A CIA e Hollywood ainda são amigos íntimos’, diz ex-agente da CIA”.
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É EXATAMENTE o contrário. Todos os filmes americanos descem o porrete nas agências que compõem a comunidade de Inteligência dos Estados Unidos. São 15 agências, e não apenas a mais famosa, a CIA. Nossa, os caras da CIA passam por cima da lei o filme inteirinho. Fazem tudo que o Congresso americano proibiu. Matam presidentes, subornam, torturam gente inocente, mas…. sempre existe um mocinho (da própria CIA), ou um jornalista, que fica sabendo de tudo, e antes que o filme acabe com a vitória dos assassinos (todos patriotas fanáticos, no sentido, digamos, de membros do Tea Party) eles conseguem enviar os documentos secretos que ferram os bandidos para… Para quem ? Para a CNN , é claro ! Esta é a TV dos american liberals, isto é, da Hillary, Obama, e toda essa corja de esquerda, gente feito os nossos fernando henriques, serras e outros. É a TV mentirosa por convicção, perde longe em audiência para a número 1 dos Estados Unidos, a FOX NEWS (conservadora) mas só poderia ser ela a propagar a notícia que vai levar para a cadeia os malvados. O filme sempre termina assim: “Breaking News” da CNN com o âncora contando tudinho, para alívio geral de todos nós. Coitada da CIA. Se não fosse por ela já teriam acontecidos milhares de atentados nos Estados Unidos e no mundo, a bomba atômica já estaria nas mãos dos terroristas, nossa vida seria muito pior do que já é, mas esta é uma história comprida. Os agentes da CIA são heróis, apenas isto. Tentam cumprir seu trabalho mesmo colocando suas vidas a um risco ainda maior, com a sabotagem e  a traição dos grandes jornais liberais americanos, que a toda hora publicam documentos secretos que supostamente mostram os erros e ilegalidades da organização.
O FBI também não é poupado nos filmes mas, com uma pequena diferença para o tratamento dado à CIA: seus agentes são sempre ridicularizados. As histórias giram em torno do agente honesto lutando contra seus colegas corruptos, sendo que estes estão ligado aos políticos republicanos, aqueles malditos milionários. Até em comédias românticas você pode perceber que na parede, ou na mesa desses vilões, existe uma fotografia onde ele está abraçado ao demônio George Bush. Hilário.
O interessante é que tantos amigos, tão inteligentes, PhDs em ótimas universidades americanas, embarcam na loucura geral, e passam a considerar as mentiras deslavadas contadas nessas películas como fonte de informação. Passam a usar a ficção liberal como se fossem fatos que estão construindo a história contemporânea. Se o genial e ardoroso liberal, Woody Allen, usa e abusa do sarcasmo anti-Estados Unidos, e tem ódio do Partido Republicano, como discordar dele? Woody é tão espetacular que faz parte de nossas vidas, mas… é necessário saber fazer distinções. Em seus filmes maravilhosos os americanos são rústicos, e os europeus super cultos, uma gente refinadíssima. É pura ficção, porque das 20 melhores universidades do mundo, 16 são americanas. Isto é um argumento definitivo, bem como o de que a imensa maioria dos premio Nobel vive nos Estados Unidos, dão aula, pesquisam. O filme “Meia-Noite em Paris” é um ótimo exemplo desse desprezo pelos USA e admiração pela Europa (França em particular). Outro exemplo de meros filmes fazendo a cabeça das pessoas : Woody não dirigiu, mas interpretou o engraçadíssimo e dramático “The Front”, onde o tema é o macartismo, uma mentira monumental, mas consagrada universalmente. O senador republicano McCarthy dizia que o governo e Hollywood estavam infiltrados, em alto nível, por comunistas. A esquerda americana acabou com ele, seu nome tornou-se um símbolo de canalhice. Após a queda do império soviético, vieram a tona (1996) documentos que provam que McCarthy tinha razão no atacado, embora, muitas vezes errasse no varejo. Sua condenação é “o maior mito orwelliano de nosso tempo”, mas as pessoas nem querem saber das “novidades”. Recusam-se a abandonar velhas crenças, principalmente as adquiridas na juventude. É mais confortável, evita o perigo de um efeito em cascata que pode tornar-se uma desestruturação psíquica. Então, McCarthy segue adiante como um grande filho da puta, e estamos conversados. Abandonar a boiada não vale a pena. Amém.
Political Cartoons by Michael Ramirez
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Tempos atrás, Catherine Deneuve afirmou que “A idade é libertadora”. Hummmm… Será mesmo ? Estou meio cansado de ouvir elogios à velhice. Roberto Campos acabara de sair do hospital e os médicos o proibiram de tomar uisque para sempre, nunca mais, nem provar, seria suicídio. Terrível, porque fazia parte de sua vida, era um famoso connoisseur. Nós o encontramos e ficamos sabendo da péssima notícia. Depois, os assuntos variavam, mas ele mostrava tanto desamparo, parecia tão derrotado, que o interrompi: “ Ministro, estou achando o senhor muito triste”. Olhou bem para mim e disparou: “Eu SOU triste. Não acredito em velho alegre.”
Tentando o sucesso venezuelano – tornar inoperantes, e depois catequizar os militares. 
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A manobra petista não deu certo- transferir mais poderes para o Ministro da Defesa ( outro ladrão), mas o momento escolhido foi o pior possível, e os comandos do Exército, Aeronáutica e Marinha voltaram para os generais. Deve ser o quarto, ou quinto, recuo importante em 13 anos de governos petistas com relação à medidas que desagradaram os militares – pelo menos é o que chegou ao conhecimento do “público externo” – (no jargão militar “público externo” somos nós e “público interno” eles mesmos). A razão do Palácio do Planalto haver desistido com tamanha rapidez não foram as críticas daqui ou dalí, mas a raiva que os generais fizeram questão de mostrar. O PT, é claro, tem um medo visceral das Forças Armadas. Deve ter sido uma maravilhosa surpresa quando o partido constatou, logo que Lula assumiu, que os militares haviam se conformado em que o Brasil fosse governado por neo- comunistas. Sendo assim, o PT deitou e rolou. Mas, nos pouquíssimos momentos ( que não especifiquei) em que os milicos acharam que a dose era forte demais, o PT tratou de voltar atrás. A retirada estratégica mais famosa foi quando Lula disse que havia assinado o Programa Nacional de Direitos Humanos, “sem ler”. Mas o placar ainda é muito favorável aos PT.

Os milicos foram humilhados de uma maneira que jamais se poderia sequer imaginar. Baixaram a cabeça várias vezes, quando deveriam ter dado murros na mesa e ameaçado a corja petista. Eu acho que chegaram ao ponto de abdicar de seus deveres constitucionais, ou, no mínimo, chegaram perigosamente perto disto. Nossa aproximação escancarada com governos comunistas, anti-ocidentais, terroristas, governos que financiamos com um dinheiro que sempre nos faltou, é um capítulo que vai envergonhar as Forças Armadas para sempre. Em parte é culpa nossa, em virtude da maneira como interpretamos o golpe de 1964, ou seja, não conseguimos compreender a ameaça comunista inserida no fenômeno da Guerra Fria. Os militares sentem-se sozinhos, não sairiam dos quarteis sem um fortíssimo apelo popular, o que é quase impossivel. A lavagem cerebral é soberana: aos mais inteligentes e mais escolarizados falta lucidez. Um chofer de taxi é melhor em sua análise fulminante da nossa realidade do que os scholars, ou articulistas famosos. O perigo, ao que tudo indica, passou, os comunistas-gatunos estão em retirada. Foram derrotados pela polícia, por juízes, pela imprensa, e por alguns bandidos que ficaram do lado dos mocinhos. A roubalheira suplantou de maneira completa, total, a ideologia. Tivemos sorte, porque poderíamos estar amargando ver os oficiais subalternos (tenentes e capitães) e, mais tarde, todo o oficialato, serem militantes petistas. Uma imensa Venezuela.

Simon’s Site


Visões da Democracia no BrasilPosted: 12 Sep 2015 08:10 AM PDT

A convite do Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da PUC / Rio, participei de uma interessante mesa redonda sobre  “Visões da Democracia no Brasil”, em companhia de Luiz Werneck Vianna e Carlos Pereira, coordenada por Maria Celina d’Araújo. Ainda que não estivesse no programa, o tema, claro, era a grave crise política do momento, com o governo paralisado diante da crise econômica e a probabilidade de impeachment da presidente se tornando mais provável a cada dia. Aonde falhamos? Poderia ter sido diferente? A crise atual é uma prova de que nossa democracia não funciona, porque gera governos incapazes, ou, ao contrário, é uma prova de que funciona muito bem, porque não há perspectiva de rompimento das regras do jogo democrático? Para Werneck, se interpreto bem, o que explicaria a atual situação é o abandono, pelo PT, do grande projeto de modernização do país que estava presente no movimento contra a ditadura nos anos 70 e 80, que reunia o sindicalismo independente de Lula com o MDB de Ulysses Guimarães e os intelectuais das artes e das universidades, trocado pelo oportunismo que permitia ganhar eleições, mas que ia, ao mesmo tempo, destruindo as bases deste país moderno em gestação. Em grandes pinceladas, ele fez referência a importantes momentos da história política brasileira, da unificação territorial dos tempos da Colônia à Coluna Prestes e à Semana de Arte Moderna de 1922 e à modernização dos anos de Vargas, lembrando que todos tinham seus problemas e limitações, mas apontavam em uma direção ascendente de modernização que acabou sendo traída. Carlos Pereira partiu de uma perspectiva totalmente diferente, mas a conclusão não foi muito distinta. Seu foco é nosso sistema presidencialista de coalizão, e seu entendimento, assim como de outros cientistas políticos que cita, é que o sistema teria funcionado muito bem até recentemente, do ponto de vista da capacidade da presidência de fazer passar pelo Congresso a legislação de que necessita para governar, pagando o preço necessário, em termos de cargos e verbas, para garantir seus apoios. Seus dados mostram, no entanto, que o custo de obter este apoio vem aumentando cada vez mais, sobretudo pela preferência do PT em distribuir cargos e recursos para os próprios correligionários, ao invés de utilizá-los para garantir o apoio dos partidos coligados. A crise atual, segundo ele, se explica pela incapacidade do PT, e do governo Dilma em particular, de entender o funcionamento do presidencialismo de coalizão. Embora partindo de premissas totalmente distintas, Werneck e Carlos Pereira concordam que nosso problema é a incapacidade do PT, e especialmente do governo Dilma, de entender os rumos que o país deveria tomar, e administrar com competência o sistema democrático para o qual foi eleito. Longe de mim discordar das críticas de Werneck e Carlos Pereira ao PT e ao governo Dilma. Mas acredito que é papel das ciências sociais buscar explicações mais estruturais, que dependam menos das escolhas e das virtudes ou limitações individuais dos governantes. Em minha apresentação, que foi a primeira, comecei por criticar duas visões que me parecem equivocadas, a utópica, que argumenta que, como nossa democracia é imperfeita, ela não existe, e a hiper-realista, ou panglossiana, que argumenta que democracia é isto mesmo, e que a nossa é tão boa quanto tantas outras democracias imperfeitas que existem por aí, e que estamos no melhor dos mundos possíveis. Lembrei que a democracia, mais do que um valor, é um mecanismo que tem se mostrado extremamente funcional para a solução de disputas de interesse e conflitos na sociedade, e citei um importante livro de Bolívar Lamounier (Da independência a Lula : dois séculos de política brasileira, Augurium, 2005) que mostra como, desde o Império, os períodos democráticos têm sido muito mais estáveis e profícuos do que as inúmeras interrupções autoritárias salvacionistas pelas quais passamos. Isto não significa, no entanto, que não existam democracias melhores e piores, e o critério para avaliá-las não pode se limitar à capacidade do Executivo de implementar suas decisões. Para funcionar bem, o regime democrático deve ser legítimo, o que depende de um sistema representativo que garanta que os cidadãos se sintam representados pelos governantes, e deve ser também eficaz, tanto para garantir os direitos civis, políticos e sociais da cidadania quanto para lidar com a complexidade crescente das políticas econômicas, sociais e ambientais requeridas pela sociedade moderna. E as duas coisas estão ligadas, porque governos legítimos têm mais autoridade para implementar suas políticas, e dependem muito menos da troca de favores, do que governos debilitados e sem apoio na sociedade. Deste ponto de vista mais amplo, o sistema político brasileiro tem falhado, ao levar ao extremo uma lógica de competição de curto prazo baseada na ampla distribuição de vantagens grandes e pequenas para ricos e pobres, de forma legal ou ilegal. É uma lógica eleitoral que funciona bem em épocas de recursos abundantes, mas não tem como se manter em períodos de escassez, ou quando os recursos públicos se esgotam. Uma outra característica de nossa democracia tem sido a tendência a simplificar de forma extrema as políticas públicas, quase sempre colocadas em termos de ações simplistas e de grande efeito, mas de qualidade ou impacto desconhecido ou mesmo desastroso (incluindo, entre tantos outros, o falecido Trem Bala, o Ciência Sem Fronteiras, os campeões do BNDES, a euforia do Pré-Sal, o Mais Médicos, o Minha Casa Minha Vida, o FIES, o PRONATEC, e tantos outros). A questão é se estes problemas de incompetência, que estão na raiz da crise atual, são inerentes ao regime democrático ou são decorrentes das limitações dos atuais detentores de poder. Em minha apresentação lembrei de um argumento de vem sendo reiterado pelo economista Samuel Pessoa, segundo o qual o déficit crônico do setor público brasileiro se deve a um pacto implícito ratificado na Constituição de 1988, de distribuir ao máximo (e além do máximo) os recursos públicos existentes entre os diversos grupos de interesse (com especial destaque para os benefícios previdenciários), deixando pouco ou nenhum espaço para investimentos de longo prazo e para o reequilíbrio da economia. Não há dúvida que este pacto, se existiu, poderia ser revertido por um governo que entendesse o alcance dos problemas e tivesse apoio e legitimidade suficiente para levar à frente as reformas necessárias, tal como foi quando da implantação do Plano Real. O problema não me parece ter sido a miopia ou outros pecados do PT, mas a base política com a qual ele chegou e tem se mantido no poder, que é uma combinação de apelo populista, aliança com oligarquias políticas tradicionais e o apoio de grandes interesses econômicos que se beneficiam da proximidade com o poder. Esta combinação funcionou muito bem até recentemente, mas agora está chegando a seus limites por dois fatores: a crise econômica, que não permite mais a farta distribuição de recursos, e o fortalecimento de novos atores importantes da sociedade e no sistema político brasileiro, começando pelo novo Ministério Público e o judiciário, dramatizado pelo Lava Jato, e amplos setores da população e do empresariado que não dependem nem querem depender das bondades do Estado, mas reclamam, sobretudo, a instauração e o fortalecimento do império da lei e de uma nova política voltada para a representação da cidadania, e não sua manipulação. Não sabemos qual será o desenlace desta crise, mas duas coisas parecem certas: não haverá rompimento da ordem democrática, e os atuais mecanismos de sustentação do poder, da velha política, dificilmente sobreviverão.

 

5 outubro, 2015 às 00:47

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Categoria: Artigos

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