Algumas considerações sobre a ditadura militar e o risco de uma ditadura constitucional a partir de novas vitórias do PT

Img_15072014_001simpáticos, não acham?

 

Prezados leitores: Recebi um artigo que publico pela metade. Meus comentários estão em vermelho e concluo com um apêndice em azul

 

 

 

Entre os desserviços que a Era PT presta ao país, está o de tentar mudar sua história recente. A história está sendo reescrita em todo o mundo, não só aqui. Sempre contra nós. Existe uma minúscula esperança na reação da Direita europeia.Os heróis da resistência ao regime militar não foram os que apelaram à luta armada, que nada mais fizeram que fornecer pretextos para que o ambiente político se tornasse ainda mais espesso e adverso.

Foram as lideranças civis desarmadas – entre outros, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Paulo Brossard, Sobral Pinto e Raymundo Faoro – que agiram com desassombro, bom senso e eficácia,pondo fim à ditadura sem disparar um único tiro

Ulysses Guimarães foi um idiota pomposo. Ele e sua ridícula “constituição cidadã”. Raymundo Faoro, um dos super-intelectuais de esquerda, contribuiu para chegarmos ao PT . Seu livro, “Os Donos do Poder”, era uma espécie de sofisticada bíblia esquerdista da época. Desconheço, ou esqueci, a trajetória final de Faoro. Provavelmente tornou-se um tipinho feito Fernando Henrique. Afinal de contas todos foram medíocres, e os adjetivos qualificativos que o autor do artigo usa para exalta-los não correspondem ao que realmente aconteceu. Os nomes que contaram nesse período foram os de Roberto Campos, Nelson Rodrigues (intuição pura) Merquior, Reale, e alguns outros.  Continuando no texto:  ” pondo fim à ditadura sem disparar um tiro”Como ? Havia alguma possibilidade de se dar tiros ? Papagaio. É espantosa a capacidade que as pessoas possuem para fantasiar.

Com palavras – e nada mais que palavras -, conseguiram convencer os próprios governantes da ineficácia do regime que sustentavam e do desgaste que inevitavelmente recairia sobre as instituições armadas, se se perpetuassem no poder. Não houve nada disso. O diálogo entre oposição e militares praticamente não existiu. Os próprios milicos perceberam o que estava acontecendo. Chegaram às suas próprias conclusões. Viram o desgaste através da mídia e nas demonstrações populares. Viram o perigo da linha dura no II Exército, e Geisel tinha na cabeça o projeto de Castello para uma abertura no momento em que fosse possível. Nunca deram bola alguma para o que pensava essa gente a que se refere o articulista. Desprezavam todos eles.  Respeitavam, a contra gosto, a força de articulação política de Tancredo e de mais uma meia dúzia, no máximo.  E vamos esquecer esse negócio de Golbery, Sorbonne, e outras lendas que a esquerda criou para valorizar as dificuldades que encontrava.

  

O papel do PT nesse processo, a partir de 1980, quando surge, é ambíguo, para dizer o mínimo. Nem é preciso recorrer à denúncia de Ruma Junior, no livro “Assassinato de Reputações”, de que Lula funcionava como informante do regime ao tempo em que mobilizava os sindicalistas para criar um partido. Pouco importa, do ponto de vista prático, se isso ocorreu.

 

O que importa é que o PT se empenhou em frustrar a estratégia das oposições de formar uma frente única contra o regime. Sabia-se que era propósito – e isso é fato histórico – do governo militar fragmentar as oposições para dividir-lhes os votos e vencer as eleições. E a isso o PT aderiu. Nossa, que afirmação ousada. Não é “fato histórico”o Exército tentar “fragmentar” as oposições. Não precisava disso. Usava a força. Repito: viram o povo nas ruas em gigantesca manifestação querendo votar, viram os assassinatos da linha dura cometidos em São Paulo, estava no poder um general que não queria que o país seguisse o rumo das republiquetas latino-americanas ( o horror maior de Castello Branco), e, extinta a guerrilha, um mínimo de bom senso pedia a entrega do poder aos civis. 

 

Não votou em Tancredo Neves no colégio eleitoral, expulsando três parlamentares seus que ousaram fazê-lo: Airton Soares, José Eudes e Beth Mendes. Opôs-se na sequência a todos os governos pós-redemocratização, infernizando-os com seguidos pedidos de CPI. “Quanto mais CPIs, melhor”, bradava Lula, o mesmo que, no poder, passou a sustentar o contrário. O PT simplesmente considerava Tancredo um vaselina, e não queria brigar por ele. Já que havia o desgaste militar desejavam alguma coisa “muito melhor”, isto é, algum semi-comuna.  O Exército mal permitiu o êxito do grande mineiro. Quando o ministro da Marinha, Maximiano da Fonseca, na maior inocência, disse na televisão que “ não há nada contra Tancredo, ele é um bom candidato”, foi imediatamente demitido por Figueiredo. Eu assisti o episódio ao vivo. Também consta que Figueiredo teria feito um trocadilho com o nome Tancredo Neves, dizendo “Tancredo Never”.

 

O PT  não aderiu á  tal “fragmentação” tramada pelo Exército, isso é bobagem grossa. É teoria da conspiração, o mesmo que  achar ” o dedo do Golbery” em tudo , como era costume na época. Explicando: Criou-se a lenda de que o general Golbery, ex-chefe do SNI (Castello Branco) e mais tarde chefe da Casa Civil (Geisel), era um feiticeiro na política, um articulador inteligentíssimo, cheio de idéias maquiavélicas extraordinárias que confundiam os civis. Pura conversa fiada.

Quando Ulysses foi conversar com Figueiredo uma petista me disse, indignada, a palavra de ordem deles: ” O Dr. Ulysses subiu a rampa do Palácio do Planalto”, o que significava que Ulysses não prestava, que no fundo era feito do mesmo material que os ditadores.  O PT fingia que não queria se “conspurcar”, considerava-se puro, puríssimo- uma conversa feita sob medida para alimentar as bases, é claro

 

O artigo continua, mas acho que chega.

 

Analisar contradições no PT, desonestidades de comportamento, é pura perda de tempo. ESTAMOS CARECAS DE SABER. É o mesmo que ficar nos provando que  Lenin, Stalin, e Mao  foram monstros. Muito melhor seria examinar se existe alguma possibilidade dos militares darem um basta no processo de tomada do Estado pelo PT. Ganhando a Dilma e voltando o Lula não estamos livres do risco de uma ditadura constitucional. Só um ingênuo não consegue enxergar. Nós os civis seríamos capazes de derrubar essa ditadura? Como ? Através do voto ? Que voto ? Não é o que a Venezuela nos tem mostrado. Quando os militares se tornarem petistas ( e tudo está armado nesse sentido), vamos enfrentá-los nas ruas ? Quá, Quá, Quá.  Não é mais sensato procurar o diálogo com eles agora, procurar saber o que está se passando, no que estão pensando ( se é que estão pensando alguma coisa), se ainda existem deveres constitucionais ou se estes já foram para o espaço? O drama está se desenrolando em nossa cara e ficamos discutindo se a Copa desgastou, ou não, a Dilma. A esperança dos que se dedicam ao tema da nossa liberdade no futuro próximo está na vitória de Aécio Neves, ou seja, estão jogando dados com o destino, e pelo visto os dados estão viciados porque as pesquisas MOSTRAM que essa dona horrorosa vai ganhar. Há vários anos que estamos produzindo toneladas de denúncias sobre irregularidades praticadas pelo PT, e pelo visto nada é suficiente para prejudicar os petistas de forma significativa.  Lá estão eles, tranquilos, cuidando de suas milhares de nomeações estratégicas que fazem do Estado uma continuação de assembleias de sindicatos. O povo sabe que existe uma roubalheira como nunca se viu, e seu descontentamento já se refletiu nos índices de aprovação do governo. Não existem novos avanços nesse sentido.  Dilma continua favorita, a menos que até novembro aconteça um desastre nacional de proporções homéricas. Essa possibilidade é quase nula. 

 

Houve um momento durante a ditadura militar quando a oposição, em completo desamparo, procurou os quarteis. Isto mesmo. Foi atrás do general Euler Bentes, tentando fazer dele um candidato a presidente. Nossa, o mundo quase veio abaixo: é imoral!;  estão jogando fora toda a luta tão sofrida para a restauração do poder civil! ; é um ultraje;  é justamente o que os militares querem, e etc. etc. etc.  Afinal, logisticamente provou-se impossível, mas durante um átimo houve coragem e ação para encarar a realidade. 

 

Estamos sendo humilhados pelos canalhas que governam o país há muito tempo. Pode piorar:  Uma ditadura petista com apoio militar. Continuem ignorando e desprezando as Forças Armadas. É tudo o que o PT deseja. Aliás, até agora Lula e Dilma foram muito incompetentes porque já poderiam ter dobrado o soldo dos milicos, reequipado as Forças ( começou agora) e mudado currículo e professores nas três escolas militares. Deram chance ao azar e não soubemos aproveitar. Temos uma Oposição reconhecidamente fraca e inoperante. Na internet adoramos chamar os petistas de “petralhas”, o que mostra o quanto somos corajosos, além de dotados de um refinado senso de humor. Tempus fugit, tagarelas!

 

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que imagem perfeita !
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modestos, competentes, enérgicos – homens dispostos a tudo pelo Brasil

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17 julho, 2014 às 09:02

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Categoria: Artigos

Comentários (1)

 

  1. Karl Marks de Mentirinha disse:

    Que mundo é este em que vivemos? Estou abismado!
    Estamos vivendo a beira de um precipicio de sanidade.

    Na Venezuela pessoas sendo mortas pela guarda nacional bolivariana. Propriedades sendo invadidas e expropriadas.
    E ainda tem doidos que defendem esse sistema opressor do comunismo ferrenhamente? Perderam a cabeça ou estamos vivendo em um hospicio a ceu aberto?

    O que fazer quando a loucura socialista for liberada?
    O que fazer? Como reiniciar o sistema?

    Uma coisa é certa ja tenho minha arma e se os fdps vier vou levar alguns comigo.

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