Comentário de um leitor e resposta do blog; Longo comentário do blog: “Os heróis condenam integrantes do Mensalão” ; Falam os Generais: Carta Aberta do brigadeiro Ivan Frota
Mafra, tudo bem? Estava sentindo falta de seus posts. As análises que você faz e os textos que disponibiliza se tornam ainda mais interessantes nessa reta final da eleição americana. Mas voltando ao assunto, temo que o Obama vai ganhar a eleição. Não sei, parece que a fórmula “soluções fáceis e erradas para problemas difíceis” começou a fazer sucesso nos EUA, infelizmente… Basta dizer “yes, we can” e pronto.
Olá, Nivaldo, andei viajando e trabalhei pouco no blog. O seu comentário, talvez vc não saiba, é um grande incentivo e agradeço de coração. Existe um problema: Quase tudo o que eu penso já está colocado nos mais de seicentos artigos, meus e de outras pessoas. Para complicar, ainda bato de frente com o seguinte: Não consigo, não quero, sou visceralmente impedido de me envolver em detalhes da política brasileira, o que também já foi objeto de matéria no blog. Embora ganhem para isso, e ganham muito bem, não sei como a Dora Kramer, Merval, e outros, gastam a vida escrevendo, por exemplo, sobre a luta pela prefeitura de São Paulo. O nivel de tudo é tão baixo, tão macunaímico que não consigo mergulhar nessa lama. Desta maneira, o blog fica ainda mais limitado. Mas, por enquanto ainda vamos em frente. Por último: Repare que enquanto vários articulistas botam cátedra sem tirar a bunda da cadeira: ” quando das artes bélicas, diante dele, em larga voz tratava e lia”, vou continuar viajando para lugares onde os conflitos estão determinando a nossa história. Assim foi com a Coréia do Norte, Paquistão, Afeganistão, Iraque, Síria, e muitos outros lugares importantes. Se vc leu a minha entrevista com o pugilista Guilhermo Rigondeaux observou que fiz de veleiro ( e apenas com as velas), a principal rota de fuga Cuba-Miami. Nesta área, a internacional, espero que os leitores sintam-se recompensados.
Obrigado outra vez, um abraço, e escreva sempre.
Transcrevo, abaixo, os formidaveis versos de Camões a respeito da teoria x prática.
“De Formião, filósofo elegante, vereis como Anibal escarnecia, quando das artes bélicas, diante dele, com larga voz tratava e lia. A disciplina militar prestante não se aprende, Senhor, na fantasia, sonhando, imaginando ou estudando, senão vendo, tratando e pelejando.” Os Lusíadas, L.V. de Camões, Canto X, CLIII
-.–.-.-.-.-.-.-.-.–.-.-.-.–.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
HERÓIS CONDENAM INTEGRANTES DO MENSALÃO
Ridícula a comemoração da imprensa brasileira e do público em geral (facebook) com respeito à condenação de alguns integrantes da quadrilha do Mensalão. Parece que estamos frente a um marco histórico, onde a corrupção, tendo chegado ao seu limite, inicia a curva descendente. Os ministros, figuras vulgares, grossos, fofoqueiros, boquirrotos, sem nenhuma dignidade que o cargo exige, estão se tornando heróis. Por certo alguma coisa deu errada com respeito ao esperado suborno, isto é, a grana depositada no exterior. Nesse drama o motivo para celebrações seria ver os réus atrás das grades por 10, 20 anos, sendo fotografados a caminho da masmorra. Todo o resto é brincadeira. Não será esse julgamento que vai inibir a roubalheira avassaladora que tomou conta do país nas útimas décadas. Sim, não começou com o PT, ela vem de longa data, final dos anos 70. Podemos dizer que com o PT foram derrubadas as últimas barreiras morais, todos os medos da punição desapareceram, o Judiciário por fim desmoralizou-se, e o conhecimento do quadro geral brasileiro, da grande pintura, que era privilégio de poucos (privilégio do mercado financeiro), tornou-se público, e nas páginas dos jornais, todos os dias, os escândalos são as manchetes. Os homens de bem sumiram. Quando voltarão só Deus sabe, mas provavelmente serão décadas de espera. Ingenuidade achar que ganhando a Oposição (existe mesmo?), o País tomará o rumo da honestidade nos negócios públicos (e privados).
A grande maioria do povo brasileiro está corrompida em sua alma. Como eu já disse inúmeras vezes, não existe no Brasil a dicotomia político mau – povo bonzinho. Reverter esse quadro, voltar aos tempos em que as pessoas se indignavam com os roubos, ficavam ultrajadas ao invés de desejar estar no lugar dos que se locupletam é uma tarefa incomum, única, diferente de tudo o que conhecemos. Se amanhã eu fosse presidente da república não saberia como resgatar o País dessa situação absurda. Com toda a certeza não seria apenas nomeando ministros honestos, diretores do Banco Central honestos, colocando nas Fundações e no Banco do Brasil pessoas de inteira confiança. Não é o bastante. Por quanto tempo permaneceriam assim, sem se dobrarem aos incriveis números que a nossa economia proporciona para o suborno ? Já vi pessoas pelas quais colocaria a mão no fogo se renderem ao projetarem um futuro de sonhos, que só o dinheiro poderia proporcionar. Quem se vende por 500 mil dólares no Paraguai é o presidente. Em nosso país, onde tudo gira ao redor de bilhões, essa soma é brincadeira. Não compra nem o secretário do chefe de gabinete de um ministro de Estado. E como eu poderia controlar a Justiça, onde os juízes vendem suas sentenças, concedem liminares escandalosas ? E sem a condenação de que maneira amedrontar e assim inibir o roubo ? E como eu conseguiria fazer com que as polícias, militar e civil, deixassem de aceitar propina, principalmente agora, quando a droga começa a dominar o País ? Aumentando seus salários ? Ora, os traficantes pagam bem mais. Quanto tempo eu precisaria permanecer no poder para iniciar esse processo extraordinário de recuperação da ética ? Com 8 anos ainda estaria me debatendo dia e noite com a roubalheira.
Um diplomata petista (redundante?) defendendo o governo me disse há uns 4 anos que o combate à corrupção estava aumentando, e prova disso era o número crescente de inquéritos abertos pela PF. Que ingenuidade. A PF quer mesmo descobrir fraudes de dezenas de milhões e achar os criminosos antes que vire notícia… Certa vez, comprando jornal fui abordado pelo rapaz da banca. Imaginava que eu tinha influência em Brasilia e portanto achou muito natural pedir para entrar para a PF. Eu respondi que havia concurso, que ele precisava estudar, e que a seu favor tinha um bom físico, o que era exigido pela corporação. Então a experiência que vem depois de muitos anos de trabalho me fêz perguntar: ” Se você conseguir passar no concurso em que área desejaria trabalhar ?” A resposta foi tudo que eu suspeitava: ” No narcotráfico, É LÓGICO!” Nossa, assim, na lata, e com um “é lógico” do tamanho de um bonde. Mal me conhecia e sem nenhuma vergonha revelou suas intenções. Não posso encontrar um exemplo melhor para resumir nossa realidade.
Newton Cardoso, o homem que alardeou ter 3 bilhões de reais, permanece tranquilo gozando a vida em suas fazendas. Mas… quando foi prefeito de Contagem, início de sua carreira política, era durango. E a Receita, como é que fica nessa ? Mistério dos mistérios.
Achei ótimo quando outro dia ele reclamou do tráfego aéreo, dizendo que ter jatinho não adiantava nada porque levava um tempão para conseguir receber da torre a permissão para decolar. Ora, Newtão, você até agora não foi acertar as coisas com os rapazes? Vai lá, que não vai dar nem tempo de você colocar o cinto de segurança e a permissão já chegou, furando a fila de 10 outros aviões. Os leitores discordam de que possa ser assim?
-.-.-.-.-.-.–.—.-.-.-.-.-.-.–.–.-.-.——.–.-.–.–.–.—.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
Publico, abaixo, o que recebi já faz um tempinho. Sempre desconfio do que me enviam. Alguns, entre os que odeiam o PT, às vezes não primam pela honestidade, e costumam fabricar matérias assinadas com nomes de pessoas importantes, respeitáveis. Sempre pergunto pela fonte, e quando ninguém se responsabiliza eu jogo fora. No caso presente a falsificação seria muito dificil, parece.
Repercute no mundo o julgamento do mensalão
Julgamento de 38 acusados deve avançar até setembro. Caso é considerado o de maior relevância da história do STF.
BBC destacou início do julgamento em sua página principal (Foto: Reprodução) A emissora norte-americana “CBS” aponta que o julgamento, que tem como acusados membros do partido no poder, é um sinal positivo em um país onde o serviço público sempre foi marcado por corrupção e uma certa impunidade.
Rede CBS aponta que o juhamento é um sinal positivo para o Brasil (Foto: Reprodução)
A rede norte-americana “Bloomberg” abre sua reportagem sobre o julgamento questionando se uma das figuras políticas mais poderosas do Brasil pode acabar presa, referindo-se a José Dirceu.
O argentino ‘La Nación’ chamou o caso de ‘julgamento do século’ e ressalta o fato de o mensalão ter ocorrido no primeiro mandato do ex-presidente Lula. O texto também aponta que o mensalão foi “um gigantesco esquema de compra de apoio político com fundos públicos, que envolveu vários altos funcionários do Partido dos Trabalhadores (PT) e afetou o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”
O jornal ‘La Nación’ do Paraguai apresenta uma foto de Lula na reportagem e destaca que entre os réus estão ex-ministros, ex-deputados, empresários e banqueiros. O jornal também aponta que Lula não figura entre os acusados, conseguiu ser reeleito mesmo após o escândalo e sempre negou ter conhecimento do esquema.
O espanhol ‘ABC’ deu destaque para uma foto de Lula e diz que o mensalão é o maior escândalo da história brasileira, sem precedentes. A publicação também aponta que o julgamento deve durar um mês e que José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, está entre os acusados.
A agência italiana ‘Ansa’ destaca que o mensalão ocorreu na era Lula e que consistia no pagamento mensal de dinheiro para alguns deputados da oposição para que eles aprovassem projetos. O jornal também destaca que José Dirceu é um dos acusados.
A agência italiana ‘Ansa’ destaca que o mensalão ocorreu na era Lula (Foto: Reprodução) |
||
. . FALAM OS GENERAIS: Brigadeiro Ivan Frota |
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
Enfrenta a Nação Brasileira, neste instante, uma fase de perigoso retrocesso político, moral e intelectual, gerada por acidentes históricos, de caráter eleitoral, que submeteram o País ao poder de interesses políticos, conduzidos por lideranças contrárias aos valores tradicionais da sociedade brasileira.
Há mais de duas décadas, o que, a princípio, vinha sendo anunciado como “consolidação da democracia” pelas “predestinadas” figuras de líderes populistas foi-se tornando visível, pela concretização das intenções que moviam tal “consolidação democrática”, frustrando a expectativa da sociedade, por natureza, complacente.
Pequenos deslizes de natureza política deram lugar a comprovados e, portanto, deploráveis casos de corrupção aos olhos perplexos da Nação que esperava, inversamente, uma mudança drástica de comportamento político, ou seja, a valorização da competência, da responsabilidade, da justiça e da honestidade no trato da coisa pública.
A quantidade e a dimensão dos desvios administrativos foram-se agigantando de tal modo, que poucas palavras já não são suficientes para defini-los.
Resolveu, então, a Academia Brasileira de Defesa (ABD), por intermédio de seus membros, fazer um levantamento das distorções de propósitos da tão propalada “consolidação democrática”, que estão pondo em risco a segurança e, em razão desse risco, a própria integridade do Estado Brasileiro.
A enumeração dos principais tópicos que se referem a essas distorções desnuda os inúmeros perigos que rondam, ameaçadoramente, a soberania, a moral e o próprio Estado de Direito em nosso País.
Arbitrou-se a ABD apresentar tais ameaças, agrupadas em títulos que, tradicionalmente, compõem o conjunto do Poder Nacional de um Estado.
EXPRESSÃO POLÍTICA
ABSOLUTISMO DO PODER POLÍTICO
– Nepotismo explícito e exagerado “aparelhamento” político e ideológico dos quadros públicos com a multiplicação de órgãos de governo, ocupados por militantes dos partidos vitoriosos e dos demais partidos coligados, mormente os cargos de nível ministerial. Não se levando em conta a meritocracia, é pertinente a afirmação de que a maioria desses ocupantes não apresenta a qualificação indispensável ao desempenho de suas funções.
– Falência da imagem da “oposição” no legislativo federal, caracterizando a figura do “partido único”.
– Ausência de independência do Judiciário em relação ao Executivo.
– Ostensiva cooptação eleitoral por meio de distribuição de demagógicas benesses financeiras com o dinheiro público (“bolsa-família”, UNE, indenizações políticas, MST, etc.).
CORRUPÇÃO PANDÊMICA E IMPUNIDADE
– Desonestidade e total irresponsabilidade com o dinheiro público, nos Poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário, nos níveis administrativos federal, estadual e municipal -, como também nas empresas públicas, nos fundos de pensão e nos partidos políticos, em tal dimensão, que inviabilizam qualquer tipo de empreendimento público, considerados os valores dos ilícitos cobrados, que variam de 4% a 50%.
– Crescente evasão financeira em decorrência da desonestidade habitual na gestão das responsabilidades públicas, o que, por sua vez, concorre para que sejam pagos, pela sociedade brasileira, os maiores impostos do mundo em relação aos de outros países.
– Ausência de sanções político-criminais como penas de reclusão, multas e a devolução dos recursos desviados dos cofres públicos, devido às espúrias “blindagens” decorrentes do corporativismo e dos alinhamentos político- ideológicos. A demissão e o afastamento da função são as únicas sanções, eventualmente adotadas, quando deveriam ser somente o início do processo punitivo.
ABUSO DA PRÁTICA DA “DIPLOMACIA PRESIDENCIAL”
– Desvirtuamento da tradicional e respeitada diplomacia do Itamaraty pela intromissão direta e indevida, do Presidente, em ações diplomáticas executivas, quase sempre, desprezando o assessoramento dos quadros profissionais do Serviço Diplomático.
TIBIEZA E INCOMPETÊNCIA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
– Pusilanimidade dos governos, ao cederem às pressões internacionais de toda ordem, devido ao alinhamento ideológico, razão da excessiva condescendência com governos de esquerda, no continente americano e no mundo (Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Peru, Irã, etc.). Movidos, também, por fatores presumíveis, deixam-se, contraditoriamente, persuadir, pelos governos que a estes países se opõem. Constata-se um jogo político de dupla face, nocivo aos interesses brasileiros.
– Sem nenhum indício de planejamento e consenso diplomático, visando a uma sólida defesa da posição geopolítica conquistada pelo Brasil no cenário internacional, tornou-se uma constante, no campo político das decisões, sobreporem os interesses estrangeiros aos interesses brasileiros. Fica, assim, constatada a Diplomacia da Generosidade.
– Alguns exemplos dessa prática no continente sul-americano são a entrega, indiferente e leniente, da refinaria da Petrobras para a Bolívia; a revisão prática do Tratado de Itaipu, com concessões que ultrapassam os limites da justeza do Acordo, como o aumento de preço da energia fornecida pelo Paraguai; os financiamentos favorecidos a Cuba; a passividade em face dos abusos de Rafael Correa (Equador) contra a Odebrecht; etc.
SOBERANIA E INTEGRIDADE NACIONAIS
– Agravos à soberania nacional pela subordinação da política governamental a ditames provindos de fontes externas de poder – Estados estrangeiros, agentes econômicos e movimentos conservacionistas e ambientalistas – que visam, também, a dificultar o desenvolvimento do País. Apoiada por ONG de inspiração forânea, esta diversidade de agentes dispõe de total liberdade de ação em território brasileiro, fato inadmissível em nações mais desenvolvidas.
– Perigo de perda de território e de “balcanização” do País, com fatos concretos de absurdas cessões de propriedade, nas regiões desenvolvidas do País, para pretensos grupos quilombolas, e, nas demarcações de extensas reservas indígenas, na Amazônia, em áreas fartas de recursos estratégicos, raros e de valor inestimável, incluindo, nessa alienação fundiária, as terras da União previstas na CF-88 (Art. 20, § 2.º e Emenda Constitucional n.º. 23/1999), como “faixa exclusiva de fronteira”.
– A criminosa adesão à Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, abrindo caminho para perigosas reivindicações de independência política das terras que ocupam, com o apoio de algumas instituições religiosas a serviço de outros governos.
– Tais ações, conduzidas por organismos internacionais, por ONG de atividades duvidosas, resultam da antipatriótica condescendência que tem marcado as frágeis políticas de governo, contrariando os legítimos interesses brasileiros e motivando o surgimento de perigosos sentimentos divisionistas.
– Além disso, a maneira como vem sendo formulada e implementada a política indigenista, a reboque de pressões externas e de acordos espúrios firmados por nossa diplomacia, gera conflitos perturbadores na atividade econômica, desestabiliza a Federação e fragiliza a plena soberania brasileira sobre seu território.
EXPRESSÃO ECONÔMICA
INSEGURA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DA ECONOMIA
– Inexistência de um plano nacional de desenvolvimento, com ausência de política econômica definida e a consequente falta de estratégias e diretrizes correlatas, vinculadas a orçamentos e programas, bem como de definição de responsabilidades pelo seu cumprimento.
– Desnacionalização da economia por meio da troca por “moeda de papel” de ativos e bens nacionais, incluindo a absorção ou a perda de controle acionário de empresas para entidades alienígenas não residentes, algumas estatais.
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA
– Declínio da participação industrial na formação do PIB nacional, devido ao elevado custo de produção (Custo Brasil); favorecimento das importações; pauta de exportações alicerçada em “commodities” e não em produtos industrializados; perda da competitividade; excesso de “consumismo”; contrabando e pirataria.
DESCONTROLE FINANCEIRO
– “Bolha” de crédito com estímulo à entrada de capital especulativo e com elevadas taxas de juros (a maior do mundo).
– Valorização excessiva do mercado imobiliário das grandes cidades, com grave risco de falências em bloco, após a copa do Mundo e as Olimpíadas.
– Crescimento dos índices inflacionários bem acima dos limites estabelecidos.
INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA
– Marinha Mercante inexistente, fato que atenta contra a soberania e a segurança nacionais, tendo em vista que cerca de 90% do comércio exterior do País transita pelo mar. Quase a totalidade dos navios petroleiros da FRONAPE são licenciados com terceiras bandeiras, e oficiais da Marinha Mercante estão a serviço dos navios da TRANSPETRO.
– Sistema rodoviário falido, apesar dos bilhões de reais do orçamento do DNIT, solapados pela desídia e pela corrupção dos administradores encarregados dos diferentes modais.
– Crescente demanda por transporte (terrestre, aquático e aéreo), tanto nas áreas urbanas quanto interurbanas, poderá levar o País, em curto e médio prazos, a um grave estrangulamento logístico de consequências imprevisíveis.
– Oferta de energia elétrica já abaixo da necessidade, sem previsão de implantação de novas fontes de fornecimento, devido à incompetência governamental de gerenciar as obras em andamento.
VULNERABILIDADE DA PRODUÇÃO PETROLÍFERA
– A exploração do petróleo offshore, em especial a do “pré-sal”, carece, totalmente, de proteção contra ataques terroristas e de terceiras potências, cujas agressões, se efetivadas, poderão paralisar a produção nacional.
EXPRESSÃO PSICOSSOCIAL
ENFRAQUECIMENTO DA SOCIEDADE POR MEIO DA DECADÊNCIA MORAL
– Destruição do núcleo familiar e distorção do seu tradicional conceito, com efeitos nefastos na manutenção dos valores cristãos, transmitidos às crianças no lar e que se solidificavam na escola para toda a vida. Nesse “moderno” ambiente familiar, talvez não haja mais lugar para o mandamento cristão – Honrar Pai e Mãe.
– Degradação da moral e da ética, com incentivo à aceitação de relacionamentos homossexuais, por meio da distribuição pelo governo, nas escolas do primeiro grau, de kits com material para conhecimento dessa prática, sob a denominação de “estímulo ao conhecimento da diversidade sexual”.
REVISIONISMO HISTÓRICO E DIVISIONISMO RACIAL
– Perda do respeito aos pais, às instituições, ao patrimônio público, aos feitos e vultos históricos e aos símbolos da nacionalidade, mediante a prática de verdadeiro revisionismo histórico. A História do Brasil tem sido escrita, segundo a visão marxista de seus autores e, assim, vem sendo transmitida às gerações atuais de estudantes.
– Mais de quinhentos anos da história do País têm sido, simplesmente, reduzidos ao conflito entre opressores e oprimidos, pobres e ricos, brancos e negros, elite européia e índios espoliados. Perdem-se, pois, os fundamentos da própria nacionalidade.
– Estímulo ao divisionismo étnico com a implantação das “cotas raciais”.
– Ódio racial – veneno diariamente inoculado.
– O histórico orgulho brasileiro da miscigenação exemplar e pacífica cai, agora, por terra, com a introdução das cotas raciais para quase todas as atividades da sociedade, onde se reuniu, de um lado, os brancos e, do outro, os pardos ou não brancos (nestes, incluídos os negros, mulatos, índios, mamelucos, amarelos e outros).
BAIXO NÍVEL DO SISTEMA EDUCACIONAL
– Precariedade do ensino, tanto intelectual quanto comportamental; seu uso como instrumento de doutrinação político-partidária e não como fator de desenvolvimento individual e social. Não sem razão, o Brasil de hoje encontra-se nas últimas posições no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA).
– Uso da Pedagogia e da Sociolingüística para fins de doutrinação da juventude, com deturpação das regras gramaticais e redacionais, negando- lhe, assim, a cognição, a fim de conduzi-la a um patamar cultural propício à sua dominação pelo Estado.
EXPRESSÃO MILITAR
FORÇAS ARMADAS DESATUALIZADAS E DESPREPARADAS
– Incapacidade de manter o respeito internacional, de garantir a soberania do País e de responder, à altura, a eventuais ameaças externas, além de comprometer a integridade nacional, não despertando a confiança da comunidade mundial para aceitar o Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
– Essa mesma comunidade mundial, por sua vez, exerce influência no governo brasileiro para que mantenha as Forças Armadas defasadas e impotentes para reagir, caso se concretize qualquer ameaça à integridade territorial. As peças do jogo de xadrez político são unicamente mexidas pelos “parceiros” de além-fronteiras.
– Dotações orçamentárias insuficientes que, ainda, sofrem severos contingenciamentos rotineiros, que impedem o reaparelhamento e o preparo dos meios militares com qualidade e quantidade adequadas, cenário agravado por uma humilhante política de achatamento salarial da tropa (o mais baixo nível de remuneração do serviço público federal).
– Uso do argumento de “índole pacífica do povo brasileiro” para justificar a criminosa desatenção contra eventuais aventuras belicistas de gananciosos agentes externos, ávidos de usufruir dos bens de seu imenso e rico território. Acresce-se a este primário argumento outro de maior peso e que se evidencia, a cada dia: os países que detêm riquezas minerais e hídricas, mas inexistentes, ou em fase de esgotamento, nos demais países, vêm sofrendo investidas políticas dessas nações belicistas, no sentido de manterem improdutivo o seu parque de material de defesa e desaparelhadas as suas Forças Armadas. Se a beligerância não é própria do brasileiro, tem sido a característica de dominação de outros povos.
– Esquecem-se esses que – “Entre nações não existe amizade, mas, sim, interesses”, e que “uma nação pode permanecer 100 anos sem ter uma guerra, porém, não poderá passar nem um minuto sequer sem estar para ela preparada”.
Tentativa de romper a harmonia das Forças Armadas com a quebra da hierarquia e da disciplina, pela submissão das punições disciplinares à apreciação judicial e pela criação artificial de divisões entre ativos e inativos e entre oficiais e praças.
– Imposição da admissibilidade de costumes, práticas e características individuais incompatíveis com os requisitos indispensáveis ao bom desempenho das atividades castrenses.
– Condescendência, no mínimo, ingênua dos chefes militares pela aceitação silenciosa de um comportamento gramscista, que lhes impõe idéias antagônicas às tradições militares, sob a roupagem camuflada do “politicamente correto”. Tal condescendência muito afetará o ensino militar brasileiro, que deixará de ser “autóctone” para assimilar conceitos perniciosos que serão transferidos aos alunos dos colégios e das escolas militares e à própria Nação.
– No campo interno, ressalta o revanchismo político e a subversão ideológica, praticados por elementos ligados ao partido governista, sistematicamente, direcionados contra as Forças Armadas, como instrumento de sua desagregação na sociedade, funcionando como traição ao País, com feições de um pouco inteligente suicídio nacional
EXPRESSÃO CIENTÍFICO-TECNOLÓGICA
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
– Educação não comprometida com a formação de mão de obra qualificada nem com o desenvolvimento técnico-científico, gerando um elevado número de analfabetos funcionais (20,3%), tornando o País um eterno dependente e importador de tecnologia avançada.
– Regras excessivamente castradoras das Universidades brasileiras, impostas pelo governo federal, que dificultam a formação de doutores e lhes limitam as ações, o que praticamente inviabiliza a pesquisa séria e torna quase impossível a criação e o registro de patentes nacionais.
SISTEMA BRASILEIRO DE INTELIGÊNCIA (SISBIN)
– Vulnerabilidade a ataques cibernéticos contra os sistemas informatizados do País – governamentais, econômicos, políticos, militares, técnico- científicos, de segurança pública, etc., sem a respectiva capacidade tecnológica necessária para se contrapor a tais ações.
– Impossibilidade de o Estado atuar na produção e na difusão de conhecimentos indispensáveis ao processo decisório governamental, devido às limitações impostas pela própria legislação que o regulamenta.
CONCLUSÃO
Este documento caracteriza DESESPERADA denúncia ao povo brasileiro, visando a alertá-lo sobre os perigos que estão levando o País a uma situação de instabilidade institucional como, também, de grave vulnerabilidade estratégica.
No âmbito interno, foi atingido o grau mais elevado de corrupção e de descontrole do poder público, levando a sociedade brasileira a perder a confiança nas instituições maiores e ter dúvidas quanto à efetiva vigência do Estado de Direito, em nosso Território.
Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, sistematicamente, assumem posições que depõem contra a seriedade no desempenho de suas responsabilidades funcionais.
No campo internacional, o planeta demonstra perigosa fragilidade de coesão em consequência da insegurança econômica coletiva, que não poupa, nem mesmo, as outrora inexpugnáveis nações. Evidencia-se, ainda, a instabilidade política epidêmica, com foco no Oriente Médio, acompanhada de decorrentes lutas fratricidas.
Assim, a crise do sistema financeiro internacional e a possibilidade de eclosão de vários conflitos políticos regionais, em face da atual insegurança institucional do Estado Brasileiro, poderão estimular o recrudescimento da cobiça externa, no sentido de a cúpula do “governo mundial” aproveitar a oportunidade da convulsão doméstica, para antecipar a execução de seus eternos planos de dominação.
É, pois, fundamental e urgente, que providências objetivas sejam ultimadas para interromper o perigoso ciclo descendente na vida nacional.
Três medidas simultâneas, de caráter emergencial, destacam-se como prioritárias para o Brasil, neste momento:
– Limpeza orgânica do tecido, em franca decomposição, do Estado Brasileiro, com a punição dos corruptos e irresponsáveis do poder público, e a adoção de comportamento restritivo e vigilante que atue nos pontos críticos desse verdadeiro caos social.
– Elaboração de objetivo programa de reequipamento militar, de modo a conferir, em prazos curtos, real efeito dissuasório para as Forças Armadas, no contexto internacional.
– Atitude enérgica do Povo Brasileiro para protestar, por meio de manifestações coletivas e contínuas a se realizarem em todos os pontos do País, a fim de exigir das autoridades governamentais a correção de todas as ameaças ao Estado Democrático de Direito, denunciadas neste documento.
Rio de Janeiro, 7 de setembro de 2011
Ivan Frota
Presidente
–