Lula e Arafat
Lula depositou flores no túmulo de Arafat, em Ramallah. A carreira desse sujeito foi assim: fundador do grupo terrorista Al Fatah, depois abandonou o terrorismo e se tornou estadista (ganhou o Nobel da Paz- quá, quá, quá), e depois virou ladrão público e notório. Completamente careca, nunca foi fotografado sem kefié, o turbante palestino. Também era homossexual não assumido, porque não existem homossexuais no Islã. Arafat roubou tanto, que a pecha de corrupção se instalou em seu partido (o Al Fatah) e o fez perder as eleições para o Hamas em 2006. Foi necessário, em 2009, Israel dar uma tremenda surra nesses terroristas- que se julgavam imbativeis- para que eles se desmoralizassem, e o Fatah se recuperasse. Hoje, Arafat é considerado pelos historiadores como um dos principais responsáveis por nunca se haver chegado a um acordo no Oriente Médio. De certa maneira ele enfraqueceu a corrente pacifista entre os palestinos. Oriana Fallaci o entrevistou no tempo em que sua sexualidade não era conhecida e vejam o que disse: “Arafat só estava acompanhado de um segurança. Mas que segurança! O jovem mais lindo que eu jamais havia visto! Alto, esbelto, elegante… Talvez porque fosse louro de olhos azuis, me ocorreu repentinamente que fosse ocidental, talvez alemão. Arafat o trazia com tanto orgulho que me ocorreu ainda mais repentinamente que era algo além do que um segurança. Um amigo muito querido, digamos.”
Lula afirmou : “ O que parecia impossível aconteceu; os EUA divergindo de Israel. Quem sabe essa divergência era a coisa mágica que faltava para se chegar a um acordo”. Santa burrice. Os dois países sempre divergiram. Embora apoiando com decisão o essencial em Israel, ou seja, o direito à sua existência, os EUA nunca deram rédea solta para os israelenses. Apenas dois exemplos: Em 1956, o presidente Eisenhower, aos berros pelo telefone, exigiu que israelenses, franceses e ingleses se retirassem do canal de Suez. Dizem que usou palavrões. Em 1973, na guerra do Yom Kippur, Nixon e Kissinger proibiram as forças israelenses de destruir o Primeiro Exército Egípcio, que estava encurralado (Kissinger, judeu, sempre foi odiado em Israel), depois obrigaram Israel a devolver o deserto do Sinai para o Egito, e assim conseguiram com que o presidente egípcio Anuar Sadat assinasse a paz em 1979 – reconhecendo Israel como Estado – e provocando a fúria dos árabes, que conseguiram assassina-lo em 1981.
Os Estados Unidos nunca venderam armas na quantidade que Israel pede. Sempre foram cautelosos. Sempre procuraram manter um certo equilíbrio para impedir grandes aventuras israelenses. (No entanto, é impossível tornar burros os generais judeus). Quando o Conselho de Segurança americano discutia como seria a reposição de caças, após escaramuças entre israelenses e árabes, e não chegavam a um acordo porque nunca confiavam nos dados que o governo israelense enviava, Reagan, que assistia calado à discussão, saiu-se com essa fenomenal tirada: “Por que nós não enviamos para Israel o número de aviões que os árabes dizem ter abatido? ” Claro, Reagan foi , de longe, o presidente mais chegado aos israelenses.
Vejam o cinismo de Lula a propósito do muro israelense em Gaza: “O muro da separação deve vir abaixo. As restrições à livre circulação de pessoas nos territórios palestinos precisam cessar“ É mesmo, presidente? E em Cuba, quando é que as pessoas vão poder viajar de uma província para outra sem fiscalização? Quando é que vão poder viajar para o exterior?
E o Iran mandou a conta por haver enchido a bola do governo de Lula: quer o voto brasileiro para se integrar ao Conselho de Direitos Humanos da ONU. Não foi de graça aquele negócio de usar o poderoso nome desse país como afirmação de política externa independente, ou anti-americana, ou levar a vaidade idiota de Lula às alturas. Sinal dos tempos, e sem dúvida muito inteligente, o atrevimento dos aitolás reindivicarem colocar a bunda nesse Conselho. O Iran está sempre na ofensiva. ( Só se acovardou quando os EUA invadiram o Iraque) .Enquanto os Estados Unidos não passarem para o uso da força total vamos continuar vivendo em um mundo surrealista, onde os países fracos não se curvam aos fortes, no exato momento em que os fortes são os mocinhos, e os fracos os bandidos. Talvez a razão seja essa mesma.
Comentários (1)
o Arafat era homo? Puxa, que revelação!!
Falando sério, os EUA (sempre os esses patetas) atrapalham o processo de paz no oriente médio. Mr. Big Mac, por favor, deixem os primos Jaco e Mohamed se entenderem. O mundo agradece.