A Imprensa e o juiz Moro estão derrubando o PT: nós somos espectadores; Dulcídio: este nome pode entrar para os livros de História; Meu encontro com o presidente Castello Branco; Tópicos ; Mein Kamft;

 

 

 

Diz o menino prodígio, Rodrigo Constantino: “Lula, Dilma e o PT só não caíram ainda por conta dos “jornalistas”. Tem uma turma enorme pendurada no pixuleco ou que simplesmente não aceita abandonar as ilusões juvenis”.

Isto é um absurdo. Que injustiça. A situação só chegou a este ponto dramático por causa da divulgação que a imprensa está dando aos fatos gerados pela equipe do juiz Moro. Que ridícula afirmação a de que “Lula, Dilma , e o PT só não caíram ainda por conta dos ‘jornalistas’ “. O Globo e o Estadão, dia e noite, malham o PT. Os editoriais do Estadão são pesados. No seu pronunciamento de ontem Lula atacou a imprensa e por duas vezes referiu-se à TV Globo. E de que maneira Constantino explica o porquê do PT insistir tanto em tentar controlar a imprensa através de lei ? É um engano pensar que os jornalistas fazem o jogo petista. Eles são anti-americanos – isto sim, é a “ilusão juvenil”. ( Rodrigo, usando no contexto esta expressão “abandonar as ilusões juvenis” está plagiando alguém que eu conheço). Temos Moro e a IMPRENSA. Nós mesmos não estamos fazendo nada de tão relevante assim. E vem esse cara falar no Collor, que era (é) ladrão, mas só foi deposto por um bando de canalhas porque não dividia o roubo. Collor não sofreu um impeachment, foi um escancarado golpe branco. Nossa, é irritante esse novato deslumbrado dizendo asneiras.

 

Political Cartoons by Michael Ramirez

 

Esse tal de Delcídio corre o risco de se transformar numa figura histórica – isto se a Dilma e o Lula forem expulsos do poder com humilhação. Um genuino traidor. Ninguém mais vai por seu nome em filho nenhum. Nos últimos meses nada existe de tão importante quanto a sua traição. E agora finalmente está explicado o silêncio do Marcos Valério: 220 milhões de reais para ficar de boca fechada. Nossa, mas é muito dinheiro ! O cara já deve ter levado um susto quando pegou 43 anos de prisão, mas, confiante na esculhambação que é o país, provavelmente achou que conseguiria sair em cinco. Quando percebeu que não ia ser assim, andou dizendo que também gostaria de abrir o bico. Deve ter recebido alguma ameaça séria e ficou quieto. Alguém ainda vai escrever um livro sobre o que estamos vivendo – isto se a Dilma e o Lula finalmente se ferrarem. Mas, tudo pode acontecer, isto é, não acontecer nada.

 

 

Meu encontro com o presidente Castello Branco :

Quando eu estava dando uma olhada nesses livros que entram em liquidação achei um bem antigo, do Castelinho, “Os Militares no Poder”, uma coletânea de sua coluna diária, pós-1964, no Jornal do Brasil. Naquela época, abríamos o jornal e íamos direto para a segunda página, onde ela ficava colocada do lado esquerdo. Era uma leitura obrigatória. Fiquei com saudades e resolvi comprar o livro.

Na página 294 está escrito: ” Rio – A atitude dos estudantes preocupa vivamente o marechal Castello Branco. Entende ele que os estudantes se dividem em dois grupos: os que estudam e querem o diálogo e os que agitam e fogem ao diálogo. Contraditóriamente, lembrou que foi procurado em Brasília por quatro estudantes que lhe foram propor um diálogo. Advertido de que pertenciam a uma entidade ilegal, terminou por saber que o movimento de agitação estudantil era comandado precisamente pelos quatro.”

Que estranha sensação a de ler, 45 anos depois, um fato narrado de forma diferente do que aconteceu, sendo você protagonista do episódio! Correndo os olhos sobre aquele parágrafo uma imensa melancolia se abateu sobre mim. A perda da juventude veio muito mais forte do que a vontade de qualquer correção sobre a história vivida.

Aconteceu assim : As principais lideranças estudantis da universidade de Brasília foram convidadas pelo presidente Castello Branco para uma entrevista no Palácio do Planalto. Éramos uns quatro, e não me lembro de que forma fomos contactados. Provavelmente por intermédio da Reitoria. Obviamente o convite tinha enorme importância política, além do fato de que representaríamos todos os universitários brasileiros.

Chegamos de manhã ao Palácio e nos levaram para um de seus salões, onde ficamos em pé, ao lado de uma de suas grandes paredes de vidro, aguardando o que viria a seguir. Estávamos muito nervosos porque iríamos nos defrontar com quem nos tirara a liberdade. O ódio por Castello Branco era uma constante em nossas vidas. Havíamos preparado um monte de perguntas e de pedidos.

De repente um ajudante de ordens perfilou-se e gritou : ” O Senhor Presidente da República!” Ficamos mudos. Como por encanto surgiu do nada aquela figura horrivel, um homem minúsculo, absolutamente sem pescoço. Alguma coisa chocante. Ele era muito mais feio do que imaginávamos. ( Carlos Lacerda disse que ele era feio por fora e horroroso por dentro).

Bem, Castello chegou perto e fez um gesto para que nos arrumassemos ao seu redor. Ficou no centro, e fizemos uma ferradura, eu me postando do seu lado direito. Para nosso espanto, não queria conversar conosco. Começou dizendo que representávamos entidades ilegais, portanto não via nenhuma legitimidade em nossos cargos. Se a UNE era ilegal, os diretórios acadêmicos também. Foi curto e grosso. Passou-nos uma rapidíssima descompostura e começou a se despedir, estendendo a mão para quem estava do seu lado esquerdo. Em fração de segundo eu passei do estupor para a beligerância. Pensei: isso não pode ser assim, é muito desaforo. O último a receber seu cumprimento de despedida, segurei sua mão com força e não deixei que a recolhesse. Não pensem que foi algo acintoso, mas sim bem sutil. Sem que houvesse tempo para que ele se ofendesse comecei a falar. O início está bem gravado em minha cabeça: ” Presidente, nós gostaríamos de pedir ao senhor que determinasse ao Cel. Darcy Lázaro que não prendesse mais estudantes.” E então, para surpresa de todos estendi-me em um pequeno discurso extremamente razoavel, extremamente conciliatório, no qual mostrava o quanto o Exército se comprometia quando dava tiro de canhão em passarinho. Fui tão persuasivo que Castello se impressionou e disse : ” Está bem”. Fiquei exultante. Essa seria uma vitória política extraordinária. O homem ia mandar o coronel parar de nos perseguir. Aí ele se arrependeu e disse : ” Vou estudar”. A segunda frase tirava a força da primeira, eu já havia cansado de ver meu pai fazer a mesma coisa quando eu era criança. Mas, por um momento – três ou quatro segundos – tivemos certeza de que Castello havia concordado comigo.

Quando ele se foi, eu me virei para trás e vi um homem magrelo, cabelo escovinha, grisalho, com um pé em cima de uma cadeira. Olhava para mim e abria um sorriso escancarado do tipo “mais que coisa mais engraçada esses estudantes”. Eu o reconheci. Ele viria a ser o famosíssimo general Golbery do Couto e Silva. Assistira à toda a cena provavelmente com muita curiosidade. Deveria conhecer nossos nomes, nossos cargos, mas errara feio quanto ao que significávamos. Se soubesse quem realmente éramos jamais Castello teria nos chamado. Mais facil mandar nos prender.

Do lado de fora do Palácio estavam os jornalistas. Afonsinho, que trabalhava na ”Última Hora”, me perguntou como fora a entrevista. Contei o que acontecera. No outro dia, a manchete de primeira página do jornal era esta : ESTUDANTE AO PRESIDENTE: BASTA DE PRISÕES!

Pelo que se passou, e comparando com a versão do livro que comprei, é facil concluir: Castello estava inteiramente desinformado sobre o movimento estudantil. Nós não éramos importantes pelos cargos oficiais que ocupávamos, mas sim pela nossa liderança nas entidades secretas, a AP (Ação Popular), e o Partido Comunista. Não interessava quem era presidente do Diretório de Economia, ou de Direito, essa era a fachada – significativa, sim – mas com muito menos influência do que a outra, que era mantida em segredo. E mais: Não tínhamos tanto poder como o de nossos colegas do Rio, ou, talvez,  S.Paulo. Éramos coordenadores regionais, figuras estaduais, enquanto os outros eram líderes nacionais.  Não “comandávamos a agitação no movimento estudantil” como imaginava Castello.  O presidente, que supostamente deveria saber muito, estava no escuro, não recebendo informação correta do serviço secreto do Exército.

E foi assim. Pelo que me lembro, Castello nunca mais teve nenhum contato com estudantes. Youth!

 

Enquanto não aparecer a foto do Lula preso e ALGEMADO, tudo o que foi feito até agora perde o valor. O impacto da cena seria dificil de descrever. E a PF deveria, já que tem mostrado bom humor, colocar “o japonês da federal” ao lado dele, na escolta. Só de sacanagem. Não posso imaginar nada mais sensacional. “Mas de repente, de repenguente, Etelvina me acordou, foi um sonho minha gente!”

 

 

Esse negócio de ser branco e hétero não está com nada. De agora em diante vou dizer que tenho 1/8 de sangue negro ( o que me coloca oficialmente como afro-descendente) e que sou homo. Mr. Success!

 

Foto no Estadão:

Alguns “ministros” brasileiros se reuniram para tratar do problema do virus Zika. No painel atrás da mesa onde os semi-analfabetos se encontram está escrito ZIKAZERO. Ao lado, dentro do sinal de trânsito que indica proibição, foi desenhado um mosquitaço com cara de quem está ferrado. Na frente da mesa, enorme, acompanhando toda ela: ” MOSQUITO NÃO É MAIS FORTE QUE UM PAÍS INTEIRO”.

Pqp! O que foi que nós fizemos para merecer isto ?

Deu no jornal:

“Jeremy Shapiro, do Conselho Europeu de Relações Exteriores, está preocupadíssimo com Trump. Ele acha que se o cara ganhar as eleições, países como a Alemanha e a França terão que pagar por proteção americana ou simplesmente ficar sem proteção.”

Os europeus nem tem vergonha de confessar que não conseguem se virar sozinhos. São o continente sombrio, que no intervalo de 20 anos, desencadeou DUAS guerra mundiais, sendo salvos pelos Estados Unidos. ao custo de 500 …mil mortes americanas. Mesmo assim detestam os broncos, infantilizados, grossos, novos ricos, gente sem classe que habita o país que só pensa em dinheiro. Ontem mesmo, (1995) pediram socorro aos USA porque não tiveram coragem de encarar os ferozes sérvios na guerra da Bósnia, isto é, na cozinha da Europa. E os Estados Unidos, sozinhos, liquidaram a questão. Os europeus imaginam-se como os gregos, o supra-sumo da intelectualidade clássica, tratando com os bárbaros romanos – o genial Woody Allen pensa assim, e o inacreditável Obama também.

E esta não e uma pergunta tola, simplória, vinda de um despreparado imediatista, carecendo de sofisticação : PARA QUEM É A TORCIDA dos terroristas, de Putin, dos traficantes de droga mexicanos, colombianos, dos aitolás, mulás, mustafás, do Estado Islâmico – em suma, de todos os bandidos do mundo? Quem eles desejam para presidente americano ? O candidato republicano ou a Hillary ? De quem eles têm medo ? Quem pode derrubar a ditadura de Cuba com um murro na mesa ao invés de apertar a mão do “La China” ? ( Raul Casto -olhos apertados e fama de gay é chamado assim pelos cubanos). Quando Obama ganhou ( principalmente contra Romney) todos os criminosos do mundo tiveram uma satisfação que jamais imaginaram. Foi além de seus maiores sonhos. Quem a Dilma (elogiada por Hillary) e Lula preferem – se é que tem um minuto para pensar no assunto

 

 

Eu também já tive a marca de mão suja de petróleo nas minhas costas, igual ao Lula e a Dilma na festa do pré-sal. Só que foi no dia 13 de março de 1964  :

Naqueles tempos viajar de avião só para os abonados, mas eu era o representante da UNE no ministério da Educação, em Brasília, e quando recebi a incumbência de levar dois portes de arma para o Rio foi só requisitar a passagem. As licenças para andar armado eram para o Serra, Presidente da UNE e coordenador nacional da AP (A…cão Popular), e para o Marcelo Cerqueira, Vice-presidente para Assuntos Nacionais e alto escalão do Partido Comunista. O dia era muito especial, porque haveria um tremendo comício em frente à Central do Brasil. Foi quando Jango perdeu a cabeça de vez e tudo desmoronou.

Quando entreguei os portes Marcelo fez uma piada sem-graça: ”Olha, Serra, se alguém se meter comigo eu mostro esta carteira”. Fomos juntos para o comício. Os dois subiram no palanque. Eu fiquei embaixo, junto com o populacho, vendo Jango berrando e ameaçando, se deixando empolgar pelas próprias palavras. Passei a maior parte do tempo olhando a deslumbrante Maria Tereza Goulart, toda iluminada dentro de um conjunto azul acetinado.

Dentro do elevador do hotel o ascensorista me disse: “Tem uma marca de mão nas suas costas.” Uma camisa Valisère (nylon), e lá estava, perfeita, na cor negra, a palma da mão com todos os dedos estampados. Não me lembro do cheiro. Eu sabia que havia petroleiros no comício, mas enquanto examinava a camisa achei que alguém havia se apoiado em mim.

 

 

A cara de desafio-deboche da mulher do marqueteiro Santana dá o que pensar… Seu desprezo por nós…

 

E a besta do Apocalipse quer fechar Guantânamo de qualquer jeito. Por que? Não existe nenhum argumento mínimamente racional. É mais uma loucura liberal, apenas isto. E tem mais: os dementes ainda pretendem devolver a base militar para os criminosos, os canalhas ditadores cubanos.

Quem mais quer apertar as mãos do “La China”, (Raul Castro) ? Papa Francisco, a besta número 666, Fernando Henrique ( quando presidente levantou-se rapidinho da sua cadeira na ONU para fraternal ab…raço em Fidel) É tão fácil viajar para Cuba e ver a tragédia in loco. Mais barato do que férias no Nordeste. Pobres cubanos! Nascendo e morrendo dentro de uma ditadura que nem sequer tem algum tipo de respeito militar feito a Coréia do Norte. Isto é o que os humilha mais. Saber que os “comandantes” não aguentam um tapa, mas não ter coragem de reagir. Desfibrados. Saber que bastava os Estados Unidos ancorarem UM, apenas 1, porta-aviões em frente a Havana para o regime se desmanchar. Correria para todos os lados, os cubanos caçando a polícia política, caçando os soldados de mierda com porretes e facões. Que espetáculo seria. Tão fácil. Como a humanidade é louca.

 

O Zika morde o pernilongo, o Zika se esconde debaixo da cama, o Zika ataca as criancinhas, ataca os que estão capinando uma roça. Ele só não gosta de sítios e palácios. Êta Zika!

 

 

Os ratos paulistas se declararam indignados com a notícia de que frequentam o laboratório que fabrica “a pílula do câncer”. É sujo demais para eles. A foto publicada no Estadão dá razão aos ratos.
De alguma forma esse negócio está ligado à USP e ao governador Alckimin. O xexéu gorjeia no jirau do chuchú destinou 5 milhões do nosso dinheiro para as pesquisas. O Bananão – às voltas com os mosquitos imbatíveis – está firme ( há várias décadas) no propósito de descobrir a cura para o câncer. Sem dúvida vamos conseguir! O nível dos nossos cientistas é reconhecido em todas os cantos do mundo. É simplesmente uma questão de tempo.

 

A imprensa caiu de pau em Reagan porque este não sabia nada sobre um problema internacional que já era de conhecimento da Casa Branca. Na primeira coletiva de imprensa ele se desculpou:

” De agora em diante não vai mais acontecer! Dei ordens para ser informado imediatamente, mesmo que eu esteja dormindo durante uma reunião com o Conselho de Segurança Nacional !”

Outra do grande presidente:

Na mesa de operação, após o atentado onde foi baleado no pulmão, olhou para os médicos e disse ” Espero que todos vocês sejam Republicanos.”

 

 

Os jornais têm falado muito no Mein Kamft

Insistindo em um tema condenado, reproduzo comentário que publiquei em outro lugar:

Hitler era megalômano apenas com respeito aos seus projetos de arquitetura para o III Reich. O problema da superioridade racial não pode ser visto como algo megalômano – está em outro campo. O que aniquila sua imagem de governante mais popular do mundo durante oito anos, e o coloca como um genocida, é o massacre perpetrado contra os judeus, para mim o povo mais inteligente do mundo ( minha declaração de fé para não ser linchado ).
O irritante é a esquerda haver conseguido elevá-lo à categoria de monstro em todos os aspectos, inclusive com respeito ao seu comportamento como pessoa do dia a dia, enquanto livra a cara de todos os criminosos comunistas que conhecemos. Mao, e Pol-Pot, por exemplo, eram profundamente ignorantes e depravados. Hitler era culto (ao nível do auto-didata) e asceta. Ao contrário dele, os ditadores comunas não saberiam dizer quem foi Bruckner, ou Veermer, jamais leram Júlio César, e nem passaram perto de conhecer em detalhes as principais batalhas da antiguidade – Stalin pode ser uma exceção em alguns pontos.

Acusar Hitler de querer dominar o mundo é história da carochinha. Seria ridículo tal pretensão para uma nação de 70 milhões de habitantes. Talvez, em seus sonhos, pudesse imaginar algo aproximado nos próximos 100 anos depois de sua morte, no tal Reich de 1000 anos. O seu desejo expansionista declarado, nunca houve segredo a esse respeito, era a conquista do leste europeu. Desta maneira conseguiria: 1) o “espaço vital”( Lebensraum) 2) liquidar com o comunismo, que julgava iria destruir o Ocidente.

O tempo mostrou que ele estava certo com respeito ao comunismo: Se não fossem os Estados Unidos seríamos comunistas, seríamos escravos dos russos. Esta afirmação, eu sei, escandaliza, parece simplória, pode até ser motivo de risos. Muito pelo contrário, é sofisticada na sua simplicidade. Exige um conhecimento histórico onde são afastadas as consagradas mentiras da esquerda.

Repetindo: a foice o martelo são agitadas na nossa cara com a maior impunidade; bottons de Lenin, camisas de Che, o ministro da Defesa no Brasil é comunista, e assim por diante. Mas, se eu colocar uma bandeira nazista na porta da minha casa serei preso . Na União Européia é contra a lei negar o Holocausto e, na Alemanha, até o atentado às torres gêmeas, era permitido que se conspirasse abertamente – jogar um mapa na rua e os simpáticos muçulmanos, agachados, traçarem os planos de um ataque terrorista contra qualquer país, com exceção da própria Alemanha. Todos somos contra Hitler (outra vez o meu passaporte), mas achar que foi um “pintor de parede”, quando seus desenhos são muito bons, acreditar que era louco, quando as pessoas na época o achavam brilhante, é bobagem, é manipulação.

A célebre pergunta dirigida que nos é ensinada na escola: “Como é que um povo tão inteligente, que nos deu Bach, Mozart, Goethe, Einstein, se deixou enganar por um maníaco imbecil ? ” está errada na sua formulação. O povo alemão não foi enganado, nunca foi bobo. Ficou entusiasticamente ao lado de Hitler porque este fazia um excepcional governo. A prosperidade alemã, alcançada com uma rapidez fulminante, era um fenômeno reconhecido em toda a Europa. O sucesso chegou a colocar em dúvida a superioridade de uma democracia plena sobre um governo autoritário. Os alemães começaram a abandonar Hitler a partir do início da guerra, ( mesmo com as extraordinárias vitórias iniciais) e no momento do fracasso da invasão na Rússia.

Um leitor comentou:

Concordo com a maior parte dos seus argumentos, Claudio Mafra, embora não concorde em que os planos geopolíticos de Hitler eram limitados ao leste-europeu e os de Stalin se estendessem ao mundo todo. Hitler achava, sim, que se fosse possível um entendimento com os imperialistas do Reino Unido (onde havia muitos simpáticos a sua causa anti-bolchevique), os dois impérios poderiam reorganizar o mundo, Hitler no comando da Eurásia e os britânicos no resto do mundo. Stalin, por sua vez, já havia abandonado os sonhos leninistas e trotsquistas de revolução mundial e se contentava em construir o socialismo num só país, mas continuava a buscar a segurança da Rússia (invadida várias vezes) a partir de uma zona neutra ou sob influência ou dominação soviética para proteger o coração do país (o que ele conseguiu em 1945). Concordo em que os alemães se sentiram satisfeitos com o fim das humilhações de Versalhes e a retomada do crescimento econômico, mas é ao mesmo tempo desconfortável saber que todo um povo se prostou ante um ditador. Os nazistas consolidaram seu poder com base na propaganda e na intimidação (ou no terror aberto), o que Stalin também fez. Os companheiros do Brasil só conseguem fazer propaganda, ainda bem…

Claudio Mafra:

Eu tiraria o “imperialistas” (do Reino Unido) e acredito que, após a vitória na França, o domínio da Europa – junto com o respeito ao império britânico – de fato entraram nos planos de Hitler. Nunca a conquista do mundo. Stalin acreditava que o mundo seria comunista, mas sendo um realista não se arriscaria em aventuras. Mas… se lhe dessem oportunidade tomaria tudo manu militari. Não invadiu a Europa após a guerra ( não precisaria dar um tiro) por medo dos USA. É o responsável pela guerra da Coréia, e outras grandes demonstrações de força. Se não fosse por ele os USA não deixariam a China tornar-se comunista, e isto não é pouca coisa. Hitler foi eleito, e discordo do povo prostrado ante um ditador. Isto foi bem mais tarde, e entra um pouco naquilo que eu disse sobre a pergunta dirigida na escola. Vc diz bem ” os nazistas consolidaram seu poder … terror aberto.” mas Stalin nunca teve um “antes”, SEMPRE foi pelo terror. Não há comparação entre os dois regimes. Hitler matou poucos alemães (pouquissimos milhares), sendo até possivel saber-se o nome de quase todos. Os judeus eram considerados como inimigos externos , um outro povo. Stalin matou dezenas de milhões de russos apenas por motivos políticos, os mais torpes. O impressionante é que Stalin ficou décadas praticando seus tremendos crimes, a maior parte deles em período de paz, enquanto com Hitler tudo foi rapidíssimo. A ditadura hitleriana era muito mais fragil do que a de Stalin, muito mais light, ainda existiam preceitos legais, e um bom exemplo é a não aceitação da morte de retardados mentais por parte do clero protestante. Hitler teve que voltar atrás. Nem imaginar que aconteceria alguma coisa semelhante com Stalin.

 

Em, 2011, em discurso na ONU, o primeiro-ministro Nethanyahu mostrou o tamanho de Israel:. Os israelitas estão na universidade de Columbia e seus inimigos no Brooklyn. De costa a costa nos Estados Unidos um avião leva 6 horas, em Israel 3 MINUTOS.

Escrevi em setembro de 2011:

Por várias vezes Bush disse palavras muito significativas na TV. Apenas citando duas ocasiões: Quando afirmou que os americanos eram viciados em petróleo, e quando falou da necessidade de se aumentar o ensino de matemática nos Estados Unidos. Sobre o petróleo bateu forte. Imediatamente a atenção se voltou para outras fontes de energia. Esse discurso foi de imensa importância. Rapidamente os americanos ultrapassaram o Brasil na produção de etanol, o único projeto brasileiro que deu certo. E, meninos, eu vi. Foi assim, da noite para o dia. Transformaram-se nos maiores produtores do mundo. Ah, disseram os nossos idiotas patrióticos, o etanol deles é de milho e mais caro do que o nosso. É mesmo ? Mas a grande preocupação não era o preço, mas a chantagem dos árabes e russos, produtores de petróleo, e a POLUIÇÃO. Deu para entender ?

Na outra ocasião, a respeito da necessidade de aumentar o ensino da Matemática nos Estados Unidos, ele também acertou em cheio. Estudar Humanidades é muito MENOS importante do que estudar Ciências Exatas, particularmente Matemática. Pode ter sido diferente em priscas eras, mas não agora. Por perderem o sentido lógico é que temos tantos liberais nos Estados Unidos ditando as regras para o mundo. Pessoas inteligentes, mas não quebraram a cabeça em cima de álgebra, trigonometria, geometria, cálculo integral, vetorial, das variações, e enveredaram pelo iluminismo que não cessa nunca, isto é, criaram o politicamente correto , o relativismo, e deixaram o bom senso de lado. Passaram a ser “sofisticados”, enquanto os engenheiros, e os que se ativeram à matemática, são pessoas muito mais humildes, não querendo impor suas ideias a ninguém como se fosse um caso de vida ou morte, e com a clara tendência a entender melhor o que ocorre a sua volta, se lhes derem uma chance. É claro que lendo os jornais de esquerda, vendo TV de esquerda, todos dirigidos pelos caras com formação em Humanidades , esse engenheiros vão ficar convencidos de que as mentiras que ouvem são verdades. Não se questionam sobre isso, seu interesse no fato político ( porque para um liberal tudo é politico) é pequeno. Quando começa na TV a falação a respeito do assassino que comprovadamente matou 100 pessoas mas assim mesmo é inocente ( a culpa é nossa), mostrando que na porta do presídio onde ele vai ser executado estão todos os humanistas do mundo, os engenheiros sentem um certo desconforto, não gostam do que estão vendo, alguma coisa está fora do lugar. Mudam de canal. Mas, acontece o seguinte: se eles são chamado a opinar sobre a questão vão imediatamente querer os fatos, o preto no branco, e então todas as mentiras e toda a “sofisticação” que ouviram serão jogadas no lixo.

É visceral. Não se admite que a raiz quadrada de 4 não seja 2, e portanto toda a argumentação de esquerda vai para o beleléu. Volto a falar no discurso de Bush. A derrota dos liberais estaria no estudo da Matemática. Chega de Sociologia, Advocacia, Ciência Política, Psicologia, História, Antropologia. Tudo isso é muito facil, qualquer um consegue se formar, fazer mestrado, doutorado, pós-doutorado, pós-pós-pós, e o escambau. Agora, vá tentar Física, Quimica e outras ciências exatas. Ah, é dificil. Precisamos de MATEMÁTICA. Para se ter uma ideía das imensas variações sobre o tema, quem não tiver desenvolvido um raciocínio matemático não consegue pilotar o F-16, um sofisticado avião de combate. Para um liberal típico , o piloto é um burro seguindo as ordens de outros burros.

 

 

3 março, 2016 às 01:55

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Categoria: Artigos

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