Mundo pós-americano? Nem tanto – (imperdivel, obrigatória a leitura do artigo de Victor Hanson – comentários do blog)
VICTOR DAVIS HANSON, NATIONAL REVIEW, É ESCRITOR, BOLSISTA SÊNIOR DA HOOVER INSTITUTION –
Em uma crítica ferina a Mitt Romney, no início do mês, Fareed Zakaria elogiou Barack Obama por sua compreensão nuançada do que Zakaria chamou de “mundo pós-americano”: NOTA DO BLOG: Fareed Zakaria escreve em várias revistas importantes, é conceituadíssimo entre os liberais americanos, e de uns tempos para cá tornou-se um entrevistador especial da CNN. Ele sempre me impressionou pela imensa mediocridade e distância do senso comum. É um anti-americano por excelência. Comento no próprio texto. (Depois teremos o artigo de Victor Hanson criticando Zakaria.)
Fareed Zakaria: “Este é um novo mundo, muito diferente do mundo ‘americano-cêntrico’ com o qual nos habituamos na última geração. Obama conseguiu preservar, e aumentar até, a influência dos Estados Unidos neste mundo precisamente porque reconheceu essas novas forças em ação. Ele viajou para nações emergentes e falou com admiração de sua ascensão. Para começar vamos dizer que Obama é negro e liberal, uma combinação mortífera para sua análise do comportamento americano. Suas viagens ao exterior logo que assumiu a presidência foram um fracasso. Ele pediu desculpas envergonhadas pelo comportamento de seu país, que julgava imperialista, dando toda a razão aos que pelo mundo afora odeiam os USA. Foi um vexame tanto pelas suas genoflexões quanto pelo resultado nulo. Ingênuo, pensava que sua imensa popularidade no mundo ocidental, a recepção que teve em capitais europeias, dignas de um astro pop, seria suficiente para apagar a imagem americana no Oriente, que julgava, em parte, fruto da administração Bush, desconhecendo a enorme complexidade da questão, que remonta décadas. Além disso, julgava-se portador de uma mensagem inteligentíssima que o seu ego monstruoso acreditava infalivel. Principalmente nas nações emergentes ele foi recebido como “mais um presidente americano”, nada além disso. Ele substituiu o velho clube ocidental e fez do Grupo dos 20 o fórum central das tomadas de decisões para os assuntos econômicos globais. Com a ênfase em organizações multilaterais, estruturas de alianças e legitimidade internacional, ele obteve resultados. Um delírio. Não obteve resultados no Grupo e em nenhum outro lugar. Para dar uns poucos exemplos: Fez concessões aos russos ( o escudo de Bush), paparicou ridiculamente o ditador Chavez, paparicou Lula, abriu para todo o Oriente hostil o “diálogo sem pré-condições” e fracassou inteiramente Foi a cooperação chinesa e russa que permitiu sanções mais duras contra o Irã. Mas, isso é absurdo. Justamente a falta de cooperação russa e chinesa é que impede o estrangulamento econômico do Iran. As compras que China e Índia fazem do petróleo iraniano esvaziam as sanções, e o Iran pode, inclusive, dar-se ao luxo de cortar o fornecimento para 4 importantes nações européias. No caso russo voltamos ao antigos problemas da Guerra Fria. Foi o pedido formal da Liga Árabe, no ano passado, que tornou incontroversa a intervenção ocidental na Líbia. Em geral, o senhor (Zaka está se referindo a Mit Rommey) ridicularizou essa abordagem da política externa argumentando que, em vez disso, expandiria as forças militares, agiria unilateralmente e não falaria apologeticamente. A tradução é péssima, mas vamos em frente: O grande mérito da intervenção na Líbia cabe principalmente a Sarkozy, que desesperado para mudar a face francesa aos olhos do mudo, isto é, a de um país decadente e militarmente acovardado, deu o primeiro passo e atacou a Líbia antes mesmo da UE concordar, no que foi criticado por Ângela Merkel. Obama veio muito depois. Isso pode agradar aos eleitores das primárias republicanas, mas as bravatas triunfalistas não o ajudarão a garantir os interesses ou os ideais americanos em um mundo habitado por novos líderes poderosos.” Que novos líderes poderosos ? Esse é um sonho liberal e anti-americano. Não existe nada comparavel ao presidente dos Estados Unidos, nem de longe. O poder se conta em termos militares, e todos os países estão anos-luz distantes da tremenda força americana. A Rússia possui bombas atômicas e foguetes para transporta-las ate os Estados Unidos, da mesma forma que a China, mas isso somente conta se pensarmos na destruição do mundo. No processo de intervenções convencionais todos os país são uma pulga perto do elefante americano. E, tanto Rússia quanto China, em décadas se abstiveram da loucura de confrontarem os USA em um processo que levasse ao emprego dessas bombas. Portanto o que conta é a imensa tecnologia americana nos porta-aviões ( só nucleares são 10), aviões excepcionais, submarinos convencionais e atômicos, bombas não nucleares com as quais os outros países nem sonham. O que acontece é que todo esse poderio , de tão grande, chega a ser escondido pelos liberais, para que não sejam obrigados a usa-lo, mesmo que a guerra seja justa. O que os liberais querem sempre é a RENDICÃO, seja no Vietname, Afeganistão, Iraque, ou qualquer outro cenário. Ver clicando no título o meu artigo: Yoani-Obama. USA: Potência de Segunda Classe ? e tenham um ideia do que os Liberais tentam esconder .
DEPOIS DO COSTUMEIRO BLÁ, BLÁ, BLÁ, ALIENADO E ESTERIOTIPADO DE UM LIBERAL, VAMOS AGORA AOS BRILHANTES COMENTÁRIOS DO AUTOR DO ARTIGO, VICTOR HANSON:
Por onde começar na acusação do sr. Zakaria? George W. Bush viajou com frequência a “nações emergentes”, assim como Bill Clinton. As iniciativas multibilionárias do primeiro para ajudar a combater a aids na África salvaram milhões de vidas. Muito antes de Obama, as reuniões do G-alguma-coisa já eram mais que “o velho clube ocidental”.
Diferentemente de Obama na Líbia ou Clinton na Sérvia, Bush não interveio no Afeganistão ou no Iraque sem primeiro obter apoio do Congresso. Bush obteve aprovação da Organização da ONU para a intervenção no Afeganistão e tentou obter para o Iraque. Por contraste, Clinton não foi à ONU antes de bombardear a Sérvia, e Obama obteve resoluções da ONU para aplicar uma zona de exclusão aérea na Líbia e oferecer ajuda humanitária, e depois excedeu sumariamente ambas bombardeando tropas terrestres.
A guerra com o Irã está mais provável agora do que estava em 2008. A abertura de uma embaixada americana na Síria não serviu para nada, enquanto China e Rússia mancomunadas bloqueiam os esforços americanos para impor sanções a Damasco. A Liga Árabe autorizou uma ação americana na Líbia e depois se queixou quando interpretamos seu apoio hesitante como uma luz verde para bombardear em vez de meramente dar assistência material e militar aos rebeldes. A Líbia não serve de modelo para nada, e esse padrão não será seguido na Síria. Infelizmente, a remoção forçada pelos americanos de um tirano sem a presença de tropas terrestres americanas – absolutamente diferente do que foi feito na Alemanha, Itália, Japão, Sérvia, Panamá, Afeganistão e Iraque – não dá nenhuma garantia de que alguma coisa igualmente má possa lhe suceder, como estamos vendo no “Inverno Árabe”.
No caso do Irã, promessas em voz alta de conversações diretas; ameaças vazias sobre prazos; esforços fracassados de acordos de permutas com os russos para conter a proliferação; quase silêncio quando manifestantes lotaram as ruas de Teerã na primavera de 2009; referências apologéticas sentimentais por nosso papel no golpe de 1953 contra Mossadegh; e oferecimento ostensivo de ajuda à Síria, melhor amiga do Irã na região, combinados com reprimendas ainda mais ostensivas a Israel, o pior inimigo do Irã na região – tudo isso tornou a bomba iraniana e uma guerra no Golfo Pérsico mais e não menos provável.
Em suma, temo que “organizações multilaterais” e “legitimidade internacional” há muito foram reduzidas, sobretudo, a pontos para disputas partidárias. A histeria liberal sobre Guantánamo, entregas de prisioneiros para tortura em outros países, tribunais, detenção preventiva e uso de aviões não tripulados desapareceu quando Obama os adotou ou expandiu.
Se houver uma guerra com o Irã, a esquerda ficará tão silenciosa sobre um esforço preventivo como esteve ruidosa sobre o Iraque.
“Bravatas triunfalistas” certamente não são uma coisa inteligente, mas pior é fazer acordos ingênuos e capengas à custa dos interesses e aliados americanos. Não se pode argumentar a sério que, desde 2009, China, Irã, Coreia do Norte, Rússia, Síria ou Venezuela ficaram mais razoáveis ou foram mais dissuadidos pelos Estados Unidos. Os velhos pontos quentes em Afeganistão, Chipre, Leste Europeu, Iraque, Ilhas Malvinas (ou Falklands), México, África do Norte, as antigas republicas soviéticas, Taiwan, e a Cisjordânia não estão mais frios que em 2009, apesar de toda a frieza do Obama 2012, e estão provavelmente mais quentes e mais instáveis. Não creio que aliados como Grã-Bretanha, Canadá, Índia, Israel ou Polônia estejam mais e não menos amistosos.
Novo papel. Então, que história é essa de o presidente ser elogiado por fazer a transição dos EUA para um “mundo pós-americano” no qual supostamente os americanos terão de aceitar uma nova realidade multipolar para substituir o conceito fossilizado de excepcionalidade americana? A dívida imensa dos EUA, a ascensão da China, e o surgimento de Índia e Brasil como grandes economias são geralmente oferecidos como prova de que os pós-americanos devem aceitar um novo papel de “liderar de trás” no exterior. Mas, em 1939, havia mais concorrentes multipolares – França, Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia e Japão – do que há agora. E, de várias maneiras, todos esses rivais menosprezavam uma América isolacionista da era da Depressão, a despeito do fato de que os EUA possuíam a maior economia do mundo e tinham, milagrosamente, apenas duas décadas antes, enviado um milhão de homens à Europa em um único ano para garantir a vitória aliada sobre a Alemanha imperial.
Faz muito tempo que ouvimos pela primeira vez as conversas pós-americanistas da moda. Modelos supostamente superiores na Alemanha nazista e no Japão imperial empolgavam as multidões e produziam armas modernas bem mais que a América da Grande Depressão. Depois, os “declinistas” nos advertiram sobre a União Soviética comunista ascendente, que invadia o Leste Europeu e a Ásia, e cujos mísseis subiam, diferentemente dos nossos, que explodiam na plataforma de lançamento. Depois foi a vez do Japão & Cia, nos anos 70, que ia se apossar de nossos campos de golfe, enquanto a nós caberia aparar seus gramados. Depois, no fim dos anos 90, foi a vez da União Europeia utópica, que lembrou os americanos do desperdício que era o orçamento militar e como era tola a desconfiança do aquecimento global causado pelo homem. Agora, o fato de que a China possui um trem-bala e os EUA não, supostamente deve convencer os americanos de que meio bilhão de chineses que nunca foram a um médico ao estilo ocidental e a paisagem industrial chinesa parecida com a área em torno do Lago Erie por volta de 1920 simplesmente não importam.
Mas será que devemos considerar a mais recente tendência a advertências enganosas? Os pós-americanos com certeza meteram-se numa arapuca financeira ao tomar emprestados US$ 12 trilhões adicionais de 2000 para cá. Se Obama for reeleito, o país terminará sua presidência com mais dinheiro emprestado do que todos os presidentes anteriores juntos. Os EUA incorrem em déficits comerciais crônicos e terceirizaram milhões de empregos no exterior. O desemprego permanece alto, o crescimento econômico, moroso.
Concessões federais para a exploração de petróleo são canceladas e oleodutos não são construídos. Os EUA não pacificaram o Iraque rapidamente, e continuam atolados no Afeganistão.
Mas isso tudo não significa um mundo pós-americano. Por quase todos os padrões históricos para avaliar civilizações, o século 21 parece muito mais brilhante para os EUA do que para seus rivais. O crescimento da população americana é robusto. Estamos aumentando diariamente nossas reservas conhecidas de combustíveis fósseis; as da Europa e da China estão em declínio. Copiar e rivalizar com a economia de livre mercado dos EUA são realizações impressionantes da China, mas dificilmente provam que a China pode imitar, da mesma maneira, nossa Constituição, inclusão racial, transparência ou dinamismo cultural. A despeito de toda conversa sobre a pós-America, não devemos esquecer que um americano ainda produz, em média, três vezes mais bens e serviços do que três chineses.
A Constituição americana facilita o intercâmbio econômico; a Rússia e a China pós-comunistas ainda não conseguem fazer a quadratura do círculo de governo autoritário e mercados livres. Em sua pior crise financeira nos últimos 80 anos, os EUA mesmo assim se mostraram mais robustos e estáveis que a União Europeia, que está prestes a se tornar pós. A Índia ainda é tolhida por problemas de casta, a Europa por fronteiras de classe, China, Japão e Coreia do Sul por fortes distinções raciais, e o mundo árabe por fidelidades tribais insidiosas.
A ideia de um presidente Obama brasileiro ou chinês é fantasiosa. Todos esses estereótipos parecem muito pós-alguma-coisa. Entre as grandes potências, os EUA são, ao contrário, uma sociedade aberta multirracial unida por uma cultura, onde o mérito, mais que raça, tribo, nascimento ou classe, determina o sucesso.
blog: Agora prestem atenção: Quando os pós-americanos falam cretinamente sobre reduzir as forças militares, ainda deveríamos nos lembrar de que todas as outras forças-tarefa navais combinadas do mundo não terão, durante décadas, o poder de uma única das 11 dos EUA. (Victor Hanson está se referindo às 11 esquadras americanas). A China enfrenta tumultos; a Rússia enfrenta tumultos; a Europa enfrenta tumultos; o mundo árabe é um grande tumulto ultimamente. Os EUA têm alguns carnavais de rua balbuciantes do Ocupe Wall Street.
Inspiração. Uma China autoritária, em processo de envelhecimento, carente de recursos naturais, mercantilista e racialmente intolerante não é nenhuma inspiração para uma África com aspirações. As elites latino-americanas não enviam seus filhos a Tóquio para estudar medicina. Famílias americanas não estão emigrando para a Índia ou o Brasil em busca de oportunidades. Americanos cruzam a fronteira em suas férias, não para encontrar trabalho na América Latina. Os equivalentes de Facebook, Amazon, Walmart e Google da pós-América não brotam numa supostamente ascendente Istambul ou Mumbai.
A ONU também não oferece esperança de substituir a influência americana. Na Líbia, os EUA bravatearam que obtiveram aprovação da ONU para uma zona de exclusão aérea e ajuda humanitária, mas depois tiveram que violar essas resoluções para se unir a seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no bombardeio às forças de Muamar Kadafi. A possibilidade de o Irã criar uma bomba nuclear, ou a Coreia do Norte usar uma delas contra Coreia do Sul ou Japão, não vai depender do Conselho de Segurança da ONU, ou da dissuasão chinesa; vai depender do medo desses Estados renegados de uma resposta dos EUA. De novo, no pé em que estão as coisas na Síria, a ONU é irrelevante.
Evidentemente, os EUA deveriam trabalhar com seus aliados. Eles devem ser um bom cidadão internacional e, onde for possível, abraçar a cooperação internacional.
Quem se importa se em alguma ocasião um presidente americano inseguro sinta-se obrigado a se curvar ou pedir desculpa a dirigentes estrangeiros? Os EUA terão de reduzir sua captação de empréstimos, pagar as dívidas e reformular o sistema de benefícios sociais, para não enfrentar uma crise financeira.
Dito isso, não vamos confundir os entusiasmos passageiros com as verdades inalteradas das eras. Um novo aeroporto em Xangai, a Olimpíada brasileira, um novo gasoduto russo, ou uma nova zona industrial indiana ainda não nos dizem muito sobre os princípios e valores subjacentes de nações que até agora não foram capazes de criar instituições transparentes, constituições consensuais estáveis, sociedades legalmente sustentáveis, e um avanço com base antes no mérito que em questões raciais ou tribais, do tipo que permite que uma nação enfrente crises, se adapte e cresça mais forte.
No século 21, em comparação com as alternativas, o mais provável é estarmos numa era pré-americana do que pós-americana.
TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK ( publicado no Estadão de 21 de fevereiro de 2012)
Comentários (4)
artigo fantástico, obrigado Claudio, por divulga-lo. Sou um leitor assiduo do seu blog, como será que funciona a mente dos democratas e/ou socialistas? Que mundo será que vivem?
Obrigado, Wander. Existe um fenômeno a que sempre me refiro : a inteligência sem lucidez. Democratas e Liberais americanos podem ser mais escolarizados e até mais inteligentes do que aqueles que percebem aonde de fato se chega mais próximo da verdade, ou das melhores atitudes a serem tomadas. Acho que estamos vivendo um momento assim. Discorrer sobre o assunto é especialmente dificil. Recomendo o livro “Fascismo de Esquerda”, de Jonah Goldberg, editora Record
Claudio, descobri seu blog graças a um leitor assíduo, Marco Balbi. Suas informações são realmente animadoras. Saber que um dos baluartes da democracia ainda possui grande vigor. Mas não podemos esquecer que o pensamento revolucionário é paciente e tem planos para longuíssimos prazos. Um pouco de precaução e prevenção não iria mal. Roma também se julgava indelével e caiu. Caiu como? Corroída por dentro. Claro que a força revolucionária que atingiu o antigo império era outra diversa. Chamo a atenção apenas para um atitude mais prudente e cautelosa diante das forças corrosivas que agem dentro da própria América. Água mole em pedra dura…
Ps: Espero que todo esse poderio ainda esteja a serviço da defesa de Israel, uma democracia em meio a tiranias religiosas.
Caro Lincoln, obrigado pelo comentário. A América ( interessante você usar essa palavra) está comprometida com Israel, mesmo sendo Obama o presidente. No caso de uma intervenção israelense no Iran sem o sinal verde do demagogo social-democrata, a opinião pública nos EUA vai exigir ajuda das suas Forças Armadas. Parece que pela primeira vez Israel não pode ganhar uma guerra sem esse apoio, é o meu palpite. Estive no Iran há pouco tempo e fiquei impressionado com o tamanho do país, da população, o seu grau de desenvolvimento, e pude entender porque Saddam Hussein não conseguiu a vitória em 10 anos de luta. O primeiro-ministro israelense, humilhado por Sarkozy e Obama, (aquela gravação em que o chamam de mentiroso) parece ter nervos de aço. Está cuidadosamente jogando com as próximas eleições americanas, em novembro, para tomar sua decisão de quando atacar. Vai ser sensacional, e espero com ansiedade esse momento. Claro que teremos uma cobertura jornalística totalmente anti-israelense, quanto a isso não existe dúvida.