OBAMA (666) é a besta do Apocalípse; A incerta trombeta de Obama ( Charles Krauthammer – Washington Post) ; Charges

 

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Political Cartoons by Chip Bok

 

 

Obama é um personagem tão absurdo que no dia em que foi degolado o primeiro americano, ocasião em que tanto o condenado quanto o algoz enviaram mensagens a ele, chamando-o de “você, Obama…”, no dia em que o mundo ficou chocado, abalado, revoltado, aterrorizado, esse sujeito, o presidente dos Estados Unidos,  FOI JOGAR GOLFE !!!

Tremendo insulto aos pais do repórter assassinado e um tremendo insulto a todos nós. Um homem à altura do seu cargo, ou mesmo, digamos, um homem normal, tendo sido citado na televisão como o responsável pela morte de seu compatriota, teria ido visitar a família da vítima.

Obama chegaria ao lugar com todo o aparato que cerca a presidência. Traria, desta maneira, um enorme consolo aos infelizes. Também, para nós, essa atenção era importante. Pensávamos em como os pais de James Foley poderiam suportar tanta dor, porque o que aconteceu foi além do limite do extraordinário. Uma execução ao vivo, uma faca cortando a garganta de seu filho, separando a cabeça do corpo. 

A confusão mental de Obama com respeito ao uso da força é tão grande que um simples ato de solidariedade humana o faz imaginar que carrega junto um comprometimento com a ação militar. Assim, naquele dia, ele conseguiu superar a demagogia, uma das grandes características de sua ação política. Nenhum político deixaria de tirar vantagem aparecendo ao lado dos pais abalados pela perda do filho em condições tão brutais. Obama conseguiu essa façanha. E pior, não ficou na Casa Branca comunicando-se com os líderes mundiais, não ficou reunido com seu staff, com seu Secretário da Defesa. Não, ele foi se divertir!  

Na sua primeira entrevista coletiva após a tragédia Obama teve a coragem de dizer que não tinha uma estratégia de combate ao Califado. Todos ficaram atônitos. Novamente, seu horror ao uso da força o fez cometer um erro ridículo para um político, principalmente para o homem responsável pela liberdade no mundo. Se não tinha uma estratégia jamais poderia reconhecer a falha desmoralizante. Os terroristas devem ter recebido às gargalhadas tal declaração.

Agora, por esses dias, depois do terceiro degolamento, Obama reconfirma que vai usar apenas aviões e drones para “derrotar” o Califado. Repete ad infinitum que jamais enviará tropas terrestres. Desta forma sente-se muito confortável porque : 1) sendo visceralmente contra o uso da força, ele sabe que apenas aviões não caracterizam perfeitamente uma ação militar. 2) demagogicamente atende aos anseios da maioria dos americanos que, sabe-se, não deseja outra guerra. 

O problema é que todos os seus generais e todos os generais dos poucos países aliados sabem que sem as “botas no chão” o Califado vai continuar sua marcha sangrenta.  Mas Obama deve pensar com seus botões que talvez, quem sabe, seja possível ” uma solução diplomática”, igualzinho ao refrão que o PT usa ao apoiar terroristas em todo o mundo.

E o seu patético Chefe do Departamento de Estado, John Kerry, em declarações feitas no Cairo, se derramou em elogios aos governantes egípcios, agradecendo sua colaboração no combate ao Califado. Entre outros puxa-saquismos disse que na capital egípcia encontra-se a elite intelectual e  artística de todo o Oriente Médio árabe. O QUE ??!! Mas, não foi o governo Obama ( junto com a União Europeia), quem condenou os generais egípcios quando estes deram um golpe e depuseram a canalha da Irmandade Muçulmana, legitimamente eleita pelo voto ? Lembram-se da suspensão da entrega de armamentos ao Egito? Da insensatez das sanções ? Das ameaças constantes aos generais? Enquanto os republicanos tentavam apagar a ira da administração do presidente amador, os liberais pediam mais energia a Obama na sua tentativa de desmoralizar, quebrar os generais, e reestabelecer os jihadistas no comando do Egito.

Nossa última esperança é uma vitória dos republicanos na eleição para o Senado, dia 4 de novembro. Se os democratas conseguirem manter a atual maioria naquela casa o mundo estará perdido. Lembrem-se que Obama pretende anistiar os hispânicos ilegais. (Espertamente ele resolveu esperar o fim do ano, isto é, depois das eleições, para não correr o riscos com os americanos contrários à medida).  Os hispânicos anistiados serão mais 9 milhões de votos para os democratas, isto é, um golpe sujo para estabelecer uma ditadura constitucional de esquerda nos Estados Unidos. Teremos chegado ao Apocalípse. 

 

 

 

Political Cartoons by Gary Varvel

 

 

 

 

Political Cartoons by Gary McCoy

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A incerta trombeta de Obama

Novamente, sem entusiasmo, ele conduz a nação à batalha.

 

Em seu discurso sobre o Estado Islâmico, o presidente Obama disse muitas coisas certas. Mais importante de tudo, ele finalmente estabelece a missão certa: degradar e destruir o inimigo.

Só isso vai, provavelmente, trazer um impacto nas pesquisas, que têm caído a índices históricos. Mas seu problema estratégico continua: a desconexão entre (anunciados) fins e meios.

Ele esta enviando um adicional de  475 consultores americanos para o Iraque.  Diz que esta aumentando a campanha aérea, mas isto é meramente um reconhecimento de que a campanha atual sempre foi mais do que apenas proteger os americanos em Irbil e salvar os Yazidis no alto das montanhas. Foi  prover crucial suporte aéreo para a infantaria local, curda e iraquiana.

A única novidade do discurso foi a promessa de expandir a campanha aérea para a Síria e (finalmente) armar seriamente a oposição secular. Mas isso cria um problema maior para Obama. Há apenas um mês, ele ridicularizou os rebeldes não-jihadistas referindo-se a eles como um monte de “doutores, fazendeiros, farmacêuticos e assim por diante.” Agora ele os coloca como nossas tropas de choque sírias. Então,  parece que ele finalmente encontrou sua estratégia para a Síria: os F-16  no ar apoiando os farmacêuticos em tanques.

Não é para se preocupar, diz o presidente. Teremos muito mais ajuda – “uma ampla coalizão para fazer recuar essa ameaça terrorista.” Ele então continuou, mas não falou o nome de um único membro desse  robusto grupo e nem citou um numero aproximado.

Os democratas têm o hábito de acusar George W. Bush de agir sozinho no Iraque. De acordo com o Centro de História Militar do Exército dos Estados Unidos, Bush tinha 37 nações com a gente. Eles enviaram mais de 25.000 soldados. Ate agora, Obama tem uma coalizão de nove: oito dos membros da OTAN mais a Austrália. Quantos daqueles – ou da muito aclamada coalizão árabe do passado – vocês pensam que vão contribuir com algum soldado afinal?

E essa campanha vai ser parecida com qual? Nem com a do Iraque nem com a do Afeganistão, o presidente reassegurou a nação. O modelo será a Somália e o Iêmen.

Ele esta falando sério?  Primeiro não há como comparar. Este ano foram 16 ataques aéreos no Iêmen, dois na Somália. Dois!  Isto não vale nem uma alfinetada.

Em segundo lugar, não há como pesar os riscos. O Iêmen e a Somália estão estrategicamente à margem. O Estado Islâmico controla um vasto território rico em petróleo no coração da Mesopotâmia, ameaçando tudo o que há de importante no Oriente Médio.

Em terceiro lugar, são esses os resultados que nos queremos tentar igualar?  O Iêmen e a Somália são estados falidos – sem segurança, instáveis, cheios de  ativas insurgências  indomáveis. Nós ocasionalmente abatemos um líder com drones – uma estratégia absurdamente inadequada se o objetivo é “degradar e em última instância destruir” o Estado Islâmico, que nossa própria administração chama de uma ameaça terrorista diferente de todas que já vimos.

 

E além do conteúdo dessa  estratégia pouco convincente, está o acanhado tom do seu autor. A relutância de Obama e sua ambivalência são óbvias. É um homem direcionado a fazer esse discurso para a opinião pública. Ela mudou radicalmente com a decapitação televisionada de dois americanos. Cada pesquisa mostra que a maioria esmagadora dos americanos quer que alguma coisa seja feita – e quer alguém para liderar o feito.

Daí o discurso de quarta-feira. As suas origens foram mais políticas do que estratégicas. Seu propósito foi salvar os destroços da presidência em sua maré mais baixa. (Se essa presidência fosse uma democracia parlamentar, Obama teria uma moção de desconfiança e estaria fora.) Seu objetivo foi lançar uma aparência de firmeza e propósito, ou seja, de liderança.

Vocês podiam sentir que Obama foi arrastado, com pouca disposição, para dentro dessa  nova, não proclamada guerra. O que foi reminiscente do discurso de Obama de cinco anos atrás, anunciando a tensão no Afeganistão. Na sentença seguinte, ele fixou uma data para a retirada. E então, se por acaso alguém não percebeu a  sua falta de entusiasmo, acrescentou, “a nação em que eu estou mais interessado em construir é a nossa.”  Querendo dizer que não era o Afeganistão.

 

Naquele momento, eu denominei isso de a mais titubeante trombeta tocada por um presidente convocando o país para a guerra. Receio que a campanha contra o Estado Islâmico será uma reprise.

 

Até os melhores planos de guerra encontram problemas. Esse já sofre de um gritante descompasso de fins e meios – e uma grande coalizão que é em grande parte ficcional. Dificuldades com certeza virão. Como o comandante em chefe, já relutante e ambivalente, reagirá aos  obstáculos – a derrubada do primeiro piloto americano ou talvez uma mini-Tet Offensive* na Zona Verde de  Bagdá  engolfando a Embaixada dos Estados Unidos?

*Mini-Tet Offensive:   Krauthammer está se referido à ofensiva do Tet, em 1968, no Vietnam, quando os vietcongues chegaram a tomar por algumas horas a embaixada norte-americana no centro de Saigon. A ofensiva foi uma enorme surpresa para as forças americanas e para o exército do Vietnam do Sul. No entanto tornou-se um fracasso militar – o  vietcongue foi dizimado –  mas uma grande vitória política.

 

Neste dia, nos vamos precisar de um presidente firme e determinado, comprometido com a missão. Será que temos um agora, nesse momento?

 

TRADUÇÃO: Célia Savietto Barbosa

 

Political Cartoons by Michael Ramirez

 

 

Political Cartoons by Gary Varvel

 

15 setembro, 2014 às 10:23

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Categoria: Artigos

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