Obama – um traço psicótico (Charles Krauthammer ) vídeo traduzido; Por que alguém gosta do Foro de São Paulo? (Olavo de Carvalho); Os militares se manifestam sobre o corte no orçamento da Defesa
NA FOX NEWS
CHARLES KRAUTHAMMER: Eu acho espantoso que ele ande por aí fazendo discursos nos quais lastima o estado da economia, a crescente desigualdade de renda, o desemprego crônico, a cambaleante renda da classe média, e é como se ele fosse um espectador, como se ele estivesse fora do país nos últimos cinco anos. Esta é a economia dele; ele é o presidente.
Ele fala como se essa fosse a economia do Bush, sei lá, a economia do Eisenhower, como se ele acabasse de chegar de barco e descobrisse então, o quanto essa economia está ruim. Isso é um resultado das políticas que ele instituiu. Ele nos deu o maior incentivo da história da Via Láctea e disse que ia impulsionar a economia. O resultado tem sido a mais lenta recuperação, a pior recuperação desde a Segunda Guerra Mundial, e esta é a origem de todos os problemas dos quais ele esta falando, a desigualdade de rendas — a renda média da classe média americana caiu 5% em seu governo. Então quem é responsável por isto? Foram as suas políticas. Ele fala sobre isso de forma abstrata e na verdade, ele se livra disso de uma forma que eu acho absolutamente espantosa, mágica. Essa é a sua economia e ele esta fingindo que acha que topou com ela por acaso. E as políticas que ele propõe são exatamente aquelas que ele propôs e implantou no seu primeiro mandato.
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E Obama, o presidente mais medroso da história americana, acaba de levar outra banana de Putin. O imbecil Snowden recebeu asilo na Rússia. Imagine só a utilidade desse cara para os russos… Ao invés de EXIGIR a entrega do traidor, ameaçando Putin com um milhão de possibilidades que os Estados Unidos têm na mão, o sujeitinho mais uma vez se deixa humilhar e ao seu país. Ele TALVEZ cancele sua visita à Rússia em dezembro. Brincadeira. Obama é incomparável, um desastre muitíssimo maior do que Jimmy Carter. Quem assistiu ao filme *”The Manchurian Candidate” deve olhar para ele e sentir um arrepio.
*o filme, “Sob o Domínio do Mal”, teve duas versões: uma em 1962, com Lawrence Harvey e Frank Sinatra, e em 2004, com Denzel Washington e Meryl Streep. Trata-se de um oficial americano aprisionado pelos norte-coreanos. Após sofrer um processo de lavagem cerebral retorna ao EUA onde comporta-se normalmente e torna-se uma figura nacional, um herói, recebendo a maior condecoração do país, a Medalha do Congresso. Acontece que ele responde por reflexo condicionado à senhas preparadas pelos comunistas que planejam colocá-lo como presidente dos Estados Unidos. A primeira versão recebeu prêmios.
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Fernando Gabeira, em excelente artigo no Estadão, “A banalidade de Dilma” reduz a dona a cocô do cavalo do bandido. Sereno, mas implacável. Interessante o impacto ser grande, mesmo quando estamos lendo o que já sabemos. Em certo momento ele diz: “…….o espantoso caso de Dilma. Como ela poderia chegar a presidente do Brasil se é incapaz de, por si própria, se eleger vereadora numa grande cidade?” Papagaio, parece mesmo ficção.
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Estadão: “Prisões do Mensalão devem ficar para 2014” .
E então, Dora Kramer, ainda vai criticar os que diziam que o processo acabaria “dando em nada” ? ( e eu considero a sua coluna a melhor do Brasil)
Vejam o que publiquei em 27 de dezembro de 2012:
“Dora Kramer em seu artigo “Balanço Geral” diz :”Incorreu em grave equívoco quem pensou que o processo do mensalão acabaria “dando em nada”
Bem, ninguém cometeu ” grave equívoco” algum. A condenação da quadrilha foi uma das maiores surpresas do século. Parece que estamos levando um pito por não acreditarmos num Judiciário completamente desmoralizado. Ora, na Bolsa de Londres provavelmente o “dando em nada” estava pagando 50 por 1 . Espero que a Dora tenha a honestidade intelectual de se colocar entre os que acreditavam que o processo do mensalão iria terminar em pizza – o que seu artigo não deixa transparecer. E não se esqueçam: para o “dando em nada” perder, teremos que ver o Zé Dirceu atrás das grades. Até lá, é prudente mantermos nossas convicções“
Tantos meses se passaram, nada aconteceu, e será que a Dora, que resolveu nos dar uma lição de patriotismo não vai fazer nenhuma auto-crítica pedindo desculpas aos seus leitores ? Está passando da hora. Ainda mais que o tal do Barroso vai ser ministro do Supremo.
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Olavo de Carvalho, brilhante, engraçado, e não é possivel concordar com tudo
lmo. Sr.
Breno Altman
Opera Mundi
Editor
Tendo sido mencionado em termos altamente ofensivos num seu artigo recente, peço e exijo, no uso do meu direito de resposta, a publicação do texto que se segue.
Atenciosamente,
Olavo de Carvalho
Por que alguém gosta do Foro de São Paulo?
Olavo de Carvalho
A propósito do XIX Encontro da coordenação estratégica do movimento comunista no continente, um sr. Breno Altman indaga no “Opera Mundi” de 31 de julho, com ares de perplexa indignação: “Por que a direita odeia o Foro de São Paulo?” A resposta, como não poderia deixar de ser em obra de tão criativa inteligência, vem pronta, copiada de qualquer manual de marxismo-leninismo: é “ódio de classe”, é a maldita burguesia inconformada de que após a queda da URSS o socialismo não morresse, mas prosperasse de vitória em vitória.
O próprio sr. Altman reconhece, no entanto, que nenhum sinal de hostilidade ao Foro se viu na “grande mídia”, porta-voz por excelência da “burguesia” segundo o ensinamento esquerdista repetido em todas as escolas. Em vez disso, os protestos direitistas, vindos de “grupos de distintos naipes” (sic), pipocaram por toda parte na blogosfera. Nem de longe ocorre a esse gênio da estupidez perguntar por que raios a burguesia enraivecida, em vez de fulminar o Foro de São Paulo pelos possantes meios de comunicação de massas que ela mesma possui e comanda, preferiu sussurrar seu “ódio de classe” em blogs raquíticos de alcance limitado e orçamento nulo, como por exemplo o “Mídia Sem Máscara”, que sobrevive das rebarbas do meu salário.
Muito menos notou o arguto mentecapto que, inversa e complementarmente, a sua própria opinião, em vez de ocultar-se em tão paupérrimas e frágeis publicações de quintal, brilha num site protegido pelo bilionário Grupo Folha e subsidiado pela Petrobrás, empresa onde uma parte substantiva da nossa burguesia investe o seu querido capital.
Com toda a evidência, as respectivas “ideologias de classe”, no caso, não correspondem à posse ou falta de posse dos meios de produção. Estão sociologicamente invertidas. Mas no Brasil de hoje isso é normal entre intelectuais de esquerda (e suponho que o sr. Altman se creia um deles): sendo incapazes de discernir sua própria posição de classe, e sentindo-se inibidos de perguntá-la ao papai ou à mamãe, encontram alívio de tão angustiante desorientação inventando estereótipos amáveis e detestáveis e os vestem em quem bem desejem, acreditando que com isso estão fazendo análise sociológica.
É assim que os pés-rapados da blogosfera se transmutam na “burguesia” e os potentados da Folha e da Petrobrás no povão oprimido.
A resposta do sr. Altman vale o que vale o seu conhecimento das classes sociais no Brasil.
Mas, antes mesmo disso, a pergunta mesma já veio errada.
Ao longo de duas décadas e picos, o Foro de São Paulo acumulou uma folha de realizações que ninguém deveria ignorar:
1) Deu abrigo e proteção política a organizações terroristas e a quadrilhas de narcotraficantes e seqüestradores que nesse ínterim espalharam o vício, o sofrimento e a morte por todo o continente, fazendo mesmo do Brasil o país onde mais cresce o consumo de drogas na América Latina.
2) Ao associar entidades criminosas a partidos legais na busca de vantagens comuns, transformou estes últimos em parceiros do crime, institucionalizando a ilegalidade como rotina normal da vida política em dezenas de nações.
3) Burlou todas as constituições dos seus países-membros, convidando cada um de seus governantes a interferir despudoradamente na política interna das nações vizinhas, e provendo os meios para que o fizessem “sem que ninguém o percebesse”, como confessou o sr. Lula, e sem jamais ter de prestar satisfações por isso aos seus respectivos eleitorados.
4) Ocultou sua existência e a natureza das suas atividades durante dezesseis anos, enquanto fazia e desfazia governos e determinava desde cima o destino de nações e povos inteiros sem lhes dar a mínima satisfação ou explicação, rebaixando assim toda a política continental à condição de uma negociação secreta entre grupos interessados e transformando a democracia numa fachada enganosa.
5) Gastou dinheiro a rodo em viagens e hospedagens para muitos milhares de pessoas, durante vinte e três anos, sem jamais informar, seja ao povo brasileiro, seja aos povos das nações vizinhas, nem a fonte do financiamento nem os critérios da sua aplicação. Até hoje não se sabe quanto das despesas foi pago por organizações criminosas, quanto foi desviado dos vários governos, quanto veio de fortunas internacionais ou de outras fontes. Nunca se viu uma nota fiscal, uma ordem de serviço, uma prestação de contas, um simulacro sequer de contabilidade. A coisa tem a transparência de um muro de chumbo.
Diante desses fatos, perguntar por que alguém odeia o Foro de São Paulo é perguntar por que a chuva molha ou por que as vacas dão leite em vez de botar ovos.
É pergunta idiota de quem se faz de desentendido porque tem algo, e muito, a ganhar com uma cínica afetação de inocência.
O que toda inteligência normal e honesta deve perguntar, diante das obras e feitos do Foro de São Paulo, é, isto sim, como é possível alguém, sem ser parte interessada, gostar de uma porcaria dessas.
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Devo acrescentar, a essas considerações, uma nota pessoal. No artigo do sr. Bruno Altman fui chamado, sem maiores explicações, de “filósofo de bordel”. Embora o julgamento do sr. Altman sobre quaisquer filósofos valha tanto quanto a sua sociologia, devo reconhecer que o rótulo não é totalmente descabido, de vez que tenho, de fato, dedicado bastante atenção filosófica a vários bordéis, lupanares, prostíbulos, alcoices, casas de tolerância, casas da tia ou como se queira chamá-los, cujas atividades espantosas requerem explicação. Há, entre inumeráveis outros, o bordel internacional do Foro de São Paulo, o bordel federal da sra. Dilma Rousseff, o bordel ao ar livre da “Marcha das Vadias” e, agora, o bordel jornalístico do “Opera Mundi”.
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Quando o Interesse do Estado perde para o Projeto Eleitoral
Brasil repete decisões populistas dissociadas de uma Política de Estado de longo prazo
Matéria atualizada às 23:35 01AG013
por Vianney Jr
Analista de Defesa
Latin America Special Series
Texto da Newsletter DN de 31JUL13 Link Crise Militar, ou Orçamento, ou Política O anunciado corte de 10 Bilhões no Orçamento Federal estava em suspenso há três semanas com a expectativa de como o bisturi iria atuar. Tão logo a aeronave do Papa Francisco decolou do aeroporto do Galeão e nem bem tinha pousado em Fiumicino, o governo anunciou os seus cortes. O ataque foi devastador na área de Defesa com um corte de R$ 913 milhões. No ano são 4 Bilhões do orçamento da defesa. O MD diz que salvará os programas: KC-390, Nuclear e o PROSUB. Sobram o Guarani e o SISFRON e o ASTROS 2020. Na mesma edição do Diário Oficial(30Jul13) as promoções do Almirantado reforçaram a prioridade do PROSUB sobre todos os demais programas da MB, mesmo da quase em extinção Força de Superfície (ForSup). De qualquer maneira é a “Sequestration” in the Brazilian Way. Com o corte de Maio (3,67 Bi) e o de julho (0,91 Bi) os militares perderam cerca de 25 % da verba prevista para investimento e custeio. O Objetivo do governo, não declarado, é o de ter os militares com as suas reservas baixas, tanto de munição, víveres e combustível. Lembrar que em 1964 os militares se abasteceram na estrada nos mesmos postos que os civis abasteciam os seus automóveis e caminhões. E os víveres eram doados pela população. O Editor |
O novo corte no Orçamento do Brasil para 2013, determinado como remédio paliativo para arrefecimento das tensões internas demonstradas nos protestos de rua, ratifica a falta de compromisso do pensamento político sul-americano com as questões de Política de Estado. Fator determinante para a insipiente expressividade da região no cenário global, a ausência de projetos de longo prazo, comprometidos mais com as respectivas nações do que com as urnas, é o reflexo mais claro da própria estagnação. No setor da Defesa – com a licença ao trocadilho infame, beira o “sur”realismo.
Um Projeto de Democracia… Re-Eleitoral
O Governo Brasileiro a tempos se equilibra em números “ajustados” para não perder seu posto de “surfista de marolinhas” em meio às tsunamis da economia internacional. Dentro da realidade, pouco se percebe em termos de vontade política para se desenhar um projeto de longo prazo para o país. As manifestações nas ruas, eclodiram com total surpresa, até mesmo dos órgãos de inteligência oficiais. O preocupante para o Governo, contudo, não foi a mensagem confusa e complexa de múltiplas demandas, advindas de um caldeirão de pressões sofridas pela sociedade. O que fez empalidecer de medo a presidência, foi a percepção do risco de ameaça ao seu projeto político de perpetuação de seu partido no poder.
O contraste entre a velocidade com que as obras padrão FIFA se instalaram no Brasil, e a realidade continuada de ineficiência dos serviços públicos, alastrou o fogo que pode chamuscar votos até então tidos como certos. O “extintor de incêndio” para uma situação tão inflamada, foi demonstrar de pronto, ações de aparente austeridade na gestão pública. Incontinenti, recorreu-se à tesoura. E o orçamento, anualmente “negociado” em função dos interesses partidários e dos loteamentos eleitoreiros, foi a tentativa da vez (mais uma vez) de se parecer sensível aos clamores da sociedade. Difícil prever se o governo aplacou as chamas da indignação ou rolou para adiante a responsabilidade de se repensar os rumos do país.
Uma certeza: Algo está errado! A dúvida é: Se se reduz a verba em razão dos protestos, é porque o erro é de gestão e os cortes são meras pirotecnias populistas. Se se a reduz por razões técnicas é porque o erro ou foi de planejamento, e tais valores foram orçados de forma inepta, ou o desempenho da economia é bem pior do que o divulgado pelo governo. Com o que ficamos?
Braço Forte, Lado Fraco
Se os cortes acumulados (R$ 38 bilhões) em 2013 atingem gravemente projetos do país, na Defesa, a fere de morte. Sim, porque o Brasil já vive uma defasagem tecnológica evidente. Pior que o irrisório investimento em armas e equipamentos, é lamentável o cuidado com o homem. Os soldos são baixos (mas a dedicação é de 24 horas / 7 dias por semana / 365 dias por ano, sem direito à greve), os serviços básicos de assistência, como o de saúde, resumem-se a três ou quatro ilhas de excelência, a maioria das vilas militares estão em condições deploráveis, e em alguns quartéis se marcha sobre pisos destruídos pelo tempo e pela falta de manutenção. Em quase todas as unidades militares do país, vem de doações de cidadãos e empresas de espírito patriótico as condições para a realização de diversas atividades e até mesmo solenidades cívico-militares.
O governo que maneja com desenvoltura a tesoura, direcionando-a para esta pasta já tão sacrificada, é o mesmo que se vale das Forças Armadas nacionais para garantir a lei e a ordem nos momentos mais críticos, quando até as polícias e outros órgãos de segurança arvoram-se do direito de greve e deixam a sociedade a mercê de sua própria sorte. Também para o sucesso dos Grande Eventos, é na Marinha, Exército e Aeronáutica que este mesmo governo confia as missões mais importantes.
No Brasil, pode-se afirmar indubitavelmente que as Forças Armadas representam a maior demonstração ao respeito ao Estado de Direito. Não deixando-se contaminar pelos maus exemplos políticos, que flexibilizam a Constituição ao que lhe convêm, têm sido o bastião da democracia e exemplo do acatamento à norma legal.
Se dermos voz a milhares de famílias que tem algum de seus entes nas fileiras militares, de norte a sul, de leste a oeste do Brasil, os depoimentos apartidários e isentos irão atestar aquilo que é reflexo da própria estrutura das Forças Armadas. Uma “fusão de raças”, “soma e parcela” de sua gente. Uma democrática oportunização à inclusão e ascensão social.
Contudo, em uma espécie de jogo sem fair-play, onde um lado joga dentro das regras e o outro é quem as faz, desfaz e altera ao bel prazer, aplica-se surrado ditado. E de que lado arrebenta a corda?
Mea Culpa Castrense
O círculo militar não deixa de ter importante parcela de culpa na incompreensão de sua importância por parte da sociedade civil. Anos e anos de uma cultura de ensimesmamento, criaram uma redoma utópica. Se no primeiro momento pós-democratização viu-se o recrudescimento do auto isolamento, o cenário moderno demonstra um modelo de relacionamento com os dignitários políticos que conduziu ao enfraquecimento das lideranças militares e desvalorização da tropa. Resumo da ópera: foi-se de oito à oitenta. Certas declarações públicas de alguns altos oficiais, causam estranheza, de tão otimistas e alinhadas com as falas do partido da situação que homologou suas promoções. Contrastam, porém, com a realidade das condições dos equipamentos, estruturas, e principalmente, dos homens a quem comandam. Aqueles comandantes que resistem e não adotam tal discurso, via de regra têm a reserva (saída do serviço ativo, equivalente à aposentadoria civil) como destino.
Os militares ficaram sem representação organizada para interlocução com o Poder. No âmbito das instituições civis a eles relacionadas, o Ministério da Defesa brasileiro é mais uma repartição burocrática do que um multiplicador de forças. No parlamento, as Comissões que envolvem questões afetas à caserna, Relações Exteriores e Defesa Nacional, tanto no Senado como na Câmara, ainda não ocuparam toda a extensão de sua importância. Muito além das preocupações com programas de aquisição de equipamentos e a recente cobrança de explicações sobre as denúncias de espionagem ao Brasil, certos tópicos mais relacionados com a composição dos quadros e a valorização das Forças Armadas, financeira e profissionalmente, dentro da sociedade, ainda precisam ocupar o centro das discussões. Para o ajuste à realidade mundial e às pretensões de influência global do país, o aumento dos efetivos e o estudo da adoção de programas equivalentes ao internacional ROTC – Reserve Officer Training Corps, deveriam estar na pauta do dia.
E Vai Comer O Quê?
A Marinha do Brasil acaba de dar última forma (voltar atrás) a uma decisão “matemática” de se reduzir o número de expedientes semanais. O meio-expediente da sexta-feira (a matemática já se havia aplicado aqui, em razão de fato similar anterior) seria cortado. Onde lê-se matemática, fique à vontade para pronunciar lógica.
A prática dos cortes na Defesa se reveste de particular equação: Missão dada, sempre foi missão cumprida. Seguindo esta propriedade, multiplica-se o fator: Fazer mais, com menos. E chega-se a irrefutável prova dos nove: E vai comer o quê? É necessária coragem para confrontar os fatos dentro de uma Organização Militar. O desafio é hercúleo. Só explorando a fundo a realidade dos quartéis para se ter uma dimensão das dificuldades. Em tempos de Papa Francisco, pode-se dizer que há na caserna uma autêntica prática diária do desapego. Militares em formação utilizam o fardamento da turma passada. Muitos deles tem bordado na camiseta, o nome do aluno que o antecedeu. Coturnos, mochilas e toda a sorte de apetrechos são reutilizados até a condição de rotos. Não é de hoje que boa parte dos fios de cabelo brancos que se escondem abaixo da cobertura de oficiais comandantes, tem em sua origem a preocupação em manter minimamente víveres necessários à manutenção do rancho (refeitório) em funcionamento.
F-X, T-X, X-X via Defense Trading Brazil
A sopa de letrinhas é só para descontrair, afinal todos os “X”izes já foram para o saco. O corte de R$ 913 milhões (no ano somam 4 bilhões) do orçamento da Defesa fazem subir no telhado o Guarani, o SISFRON e o ASTROS 2020. O MD promete jogar a boia para os programas KC-390, Nuclear e o PROSUB.
A novidade vindo na contramão dos cortes é a portaria do Ministério da Defesa em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para a ampliação da capacidade da Base Industrial de Defesa, com a criação de uma Trading de Defesa que deverá ter por objetivo promover, com apoio institucional, a comercialização (exportação e importação) de produtos de defesa, com faculdade para operacionalizar contratos de compensação tecnológica, industrial e comercial.
Sim, é confuso e contraditório. O que é claro, é que o Brasil ainda não tem a percepção da importância de uma Política de Defesa séria, e que ela passa pela cooperação entre Forças Armadas, Indústria e Governo. O resultado, visto em países que adotaram esta visão integrada, é geração de conhecimento, tecnologia, emprego e renda, além da consequente capacitação do país para defender plenamente seus interesses e a sua soberania.
Comentários (1)
Ótimo post! Parabéns!