Os candidatos para as eleições em 2012 nos USA e suas chances (Charles Krauthammer)
2012: A Escalação para a Corrida das Eleições
(Uma introspectiva dos “tiros no escuro”, os sérios candidatos e o banco de reserva de 2016)
Teoria Unificada de Campo de 2012, Máxima Um: Quanto mais os Republicanos tentarem fazer as eleições de 2012 parecerem com as de 2010, melhor serão suas chances de vencer.
A derrota decisiva dos Democratas em 2010 ( nb : derrota na Câmara dos Representantes – (Câmara dos Deputados) e diminuição de senadores no Congresso) teve a característica de ser a eleição mais ideológica em 30 anos. Ela foi conduzida por um argumento central nas suas várias vertentes: o tamanho e o alcance do governo, os gastos e as dívidas, e, especialmente, a natureza do contrato social americano. 2010 foi um referendo sobre a experiência de Obama em hiper-liberalismo. Ela perdeu estrondosamente.
Uma coleção de cartoons na corrida presidencial
Naturalmente, as eleições presidenciais não são argumentos em abstracto, mas os argumentos com uma cara, um rosto. Assim, chegamos à Máxima Dois: Quanto menos atenção o candidato republicano chamar sobre si mesmo, maiores serão as chances de ganhar. Na medida em que 2012 é sobre idéias, sobre o caso de um Estado menor, os Republicanos têm uma vantagem decisiva. Se é um referendo sobre a adequação e a solidez do candidato republicano – a vantagem será de Obama.
O que nos leva à Máxima Três: Sem bagagem e sem necessidade de brilho. Como o carisma foi usado em 2008, o eleitorado não está à procura de emoção, de calafrios pela perna em 2012. Está a procura do sólido, estável, sóbrio, e, acima de tudo, não assustador.
Dadas estas verdades euclidianas, aqui está a programação inicial. (Lembre-se: Esta é uma análise, e não uma defesa.)
Os Tiros no Escuro
Michele Bachmann: A favorita do Tea Party. Agrada os que estão a favor de Palin. Pode se dar bem em Iowa. Difícil ver como ela faz seu caminho através desta selva. Uma forte presença nos debates e um acabamento respeitável aumentaria sua estatura nacional para 2016. Mas, por agora: as chances são de 20-1 para ganhar a nomeação.
Donald Trump: Ele não é um candidato, mas sim um espetáculo. Ele também não é um conservador. Com um piscar do olho e um sorriso, Muhammad Ali mostrou que a auto-promoção atrevida pode ser encantadora. Trump mostra que ela pode ser simplesmente vulgar. Um provocador e palhaço, o próprio Al Sharpton dos republicanos. O time de futebol Americano “The Lions” têm uma melhor chance de vencer o Super Bowl.
Os Principais Candidatos
Mitt Romney: Um cara sério. Previamente aprovado (2008). Muita experiência executiva nos setores privados e públicos. Se não fosse por uma coisa, ele seria o maior favorito. Infelizmente, a única coisa que é uma grande coisa: Romneycare de Massachussetts. Para uma eleição onde o principal problema é o governo excessivo (ver Máxima Um), isto é uma responsabilidade enorme. Todos os republicanos conscientes vêm tentando descobrir como explicar isso. Não ouvi relatos de nenhum sucesso. Romney está na Secretaria de Belmont, mas montado pelo Minnesota Fats. Ele sai perdendo de 5-1
Newt Gingrich: Um cara inteligente. Uma fonte de idéias. Não, um Vesúvio de idéias. Algum brilho, muita lava. O Arquiteto de uma histórica vitoria Republicana em 1994. Oratória sólida. Bagagem pessoal lamentável. 12-1
Haley Barbour: Governador bem sucedido. Experiência em Washington. Charme abundante. Bagagem: Anos fazendo lobby, erros desnecessários nos direitos civis, desvios neo-isolacionistas iniciais. No entanto, costuma se recuperar bem 7-1
Tim Pawlenty: Anteriormente, um despretensioso, desinteressante, sólido governador de Minnesota de dois mandatos. Atualmente, o rato que ruge. Um estilo com a batida mais forte, conteúdo conservador “nem lá, nem cá”. Aparentemente sem bagagem. Poderia ser o último possivel – 5-1
Mitch Daniels: Um governador altamente bem sucedido. O guru do Orçamento.Torpor delicioso que satisfaz todos as máximas (veja acima). Política externa desconhecida, assumindo que ele tenha uma. Alienou alguns conservadores com seu apelo a uma trégua ao – ou seja, adiar – questões sociais. Se ele concorrer, 6-1.
Provavelmente não concorrerão :
Mike Huckabee: Tem uma vida boa – apresenta um programa de TV popular, ganha dinheiro, está construindo a sua casa dos sonhos na Flórida. Ele seria louco em participar da corrida eleitoral. Ele não me parece louco.
Sarah Palin: Mesma coisa. Mostrou o seu poder em 2010, com uma grande influência em promover políticos e uma forte formadora de opinião. Deve saber (eu acho) que ela tem pouca chance na nomeação e nenhuma na eleição geral. Por que arriscar isto, e consequentemente o inevitável enfraquecimento que a derrota traria?
Ainda menos provável de concorrer – O banco de reseva de 2016
Uma classe notável de jovens promissores inclui Paul Ryan, Chris Christie, Marco Rubio, Nikki Haley. Todos impressionantes, todos novos no palco nacional, todos com um futuro brilhante. Para 2012, no entanto, é cedo demais – exceto, possivelmente, para Ryan, que na semana passada tornou-se líder de fato do Partido Republicano. Durante meses, ele estará indo de igual para igual com o presidente Obama sobre o orçamento, que é um substituto para o tema central de 2012: o papel correto do governo. Se Ryan sustentar-se até o final do verão, ele poderia emergir como um formidável anti-Obama.
Um problema: Ryan não tem nenhuma inclinação para seguir na corrida eleitoral. Quer continuar o que ele está fazendo agora. Teria de ser convocado. Isso exigiria persuasão. Alguém pode arrumar uma turma disposta a convence-lo?
TRADUÇÃO: Andrea Borges