Plano de saída do Afeganistão divide militares e assessores da Casa Branca ( Estadão, comentado pelo blog) -outras notícias

Paquistaneses supostos fugitivos do Talibã são presos em Goiás Eles contaram que entraram no país pela fronteira com o Peru e que são fugitivos do Talibã, movimento extremista islâmico, sediado no Afeganistão. Os paquistaneses estavam acompanhados de um afegão, que portava um protocolo de pedido de refúgio político no país.” ( O Globo)   Estão vendo ? Está chegando nas nossas bandas“Você pode não estar interessado na Guerra, mas a Guerra está interessado em você ” (Trotsky). E o pior é que estamos do lado dos bandidos. Não entregamos o assassino italiano Battisti, fingimos que acreditamos nos terroristas do Iran, amamos Fidel, Chavez, Ortega e outros canalhas. E vai piorar com essa mulher, que tem cara e jeito de guarda de Birkenau-Auschwitz, a Dilma. Quanto aos paquistaneses, não seria surpresa o Lula arrumar um jeito de entrega-los aos talebans porque :” não nos intrometemos em assuntos de outros países e não queremos que se intrometam nos nossos”. Poderia recambia-los via Iran. Que tal ?

Plano de saída do Afeganistão divide militares e assessores da Casa Branca

Divergências. Secretário de Defesa desautoriza declarações de comandante das tropas, segundo as quais projeto do presidente Obama de retirar os soldados americanos das áreas de combate do país até julho de 2011 é impossível de ser posto em prática

17 de agosto de 2010 

Denise Chrispim Marin CORRESPONDENTE / WASHINGTON – O Estado de S.Paulo

De saída. Soldados americanos descansam após operação em Kunduz: disputa entre agenda política e prioridades militares    

A estratégia para a guerra no Afeganistão acendeu no fim de semana uma inesperada divergência no alto comando dos Estados Unidos sobre o plano de retirada das tropas – planejada e anunciada pelo presidente Barack Obama – até julho de 2011. O comandante de campo das forças americanas, general David Petraeus, vem afirmando desde sexta-feira que esse prazo não poderá ser cumprido. Não é nenhuma surpresa. Claro que o prazo não pode ser cumprido. Pensar o contrário é demagogia, é tentar tapar o sol com a peneira. Os EUA só podem sair daqui há muitos anos, dez, quinze, vinte – não interessa que fiquem 50 anos. É o custo de proteger Nova Yorque e outras cidades americanas. Sair de que jeito ? Com um exército afegão absolutamente não confiável, tendendo à atraição com a maior tranquilidade ?

As declarações de Petraeus, reiteradas nos programas de entrevistas políticas do domingo, porém, foram rebatidas ontem pelo secretário da Defesa, Robert Gates – que desautorizou o general ao afirmar que a alteração do cronograma para o retorno das forças americanas está fora de questão.Gates está protegendo o próprio emprego. Quando aceitou o cargo no governo Bush sabia que numa guerra nunca se pode dizer ao inimigo que vai-se abandonar a luta a partir de uma data. É absurdo. Pessoas que se comportam dessa maneira são chamadas de LIBERAIS. ( não é o caso de Gates, esse é oportunista, e está manchando sua biografia)

Assessores da Casa Branca deram início ontem a uma operação de emergência para abafar o atrito interno e sufocar a ligeira rebeldia de Petraeus, que assumiu o posto há apenas seis semanas.LIGEIRA rebeldia” ? Existe, em se tratando de militares, ligeira rebeldia ? É mesmo um texto liberal.  Mc Crystall deve estar rindo sozinho.O novo comandante ocupou o cargo deixado pelo general Stanley McChrystal, demitido por insubordinação após fazer declarações nas quais ironizava e questionava as decisões de Washington sobre o Afeganistão. Indagado sobre a posição de Petraeus, o vice-secretário de imprensa da Casa Branca, Bill Burton, afirmou que “a data da retirada não é negociável”. “Como vocês viram no caso do Iraque, quando o presidente assume um compromisso, ele o mantém. A data é a data”, declarou Burton. É mesmo ? E o compromisso com Guantânamo ? (para dar um só exemplo). E tem mais, os EUA não vão sair totalmente do Iraque. Vão deixar uma força consideravel, ou terão que voltar rapidinho, o que seria um completo desastre. E quem está dizendo que as tropas não podem sair  É O GOVERNO IRAQUIANO! Não adianta. Temos muitos anos pela frente de tropas americanas empenhadas em combates no exterior. E podem ser abertas outras frentes: Iran, por exemplo.

A política interna explica a resistência da Casa Branca em manter por mais tempo seus mais de 90 mil soldados em território afegão. Obama enfrentará um duro teste em 2 de novembro, nas eleições legislativas que ameaçam pôr fim à maioria de seu Partido Democrata na Câmara e no Senado. Impopular, a guerra no Afeganistão iniciada logo depois dos ataques de 11 de Setembro já causou mais de 2 mil mortes de soldados estrangeiros da aliança militar liderada pelos EUA, avançou pouco para estabilizar a política afegã e fracassou na missão de levar à Justiça o líder da rede terrorista Al-Qaeda, Osama bin Laden. E assim mesmo acham que podem cair fora ? Está em causa uma das mais importantes frentes do terrorismo mundial. O número de mortos é ridículo. E pagar apenas 50 milhões de dólares pela cabeça de Osama é incompreensivel.Por que não 1 bilhão ? Aí sim, haveria traição por toda a parte, o número é gigantesco, dificil de ser coberto pelos principes sauditas e outras vítimas de chantagem. E mata-lo é a garantia da vitória dos Democratas, e mais um mandato para Obama.

Na mesma entrevista ao jornal Los Angeles Times na qual contestou Petraeus, Gates também tornou pública sua decisão de deixar o governo de Obama em 2011, quando justamente será levada a cabo a decisão de retirada do Afeganistão. Remanescente do governo do republicano George W. Bush, o secretário de Defesa está no posto desde 2006. Bem, agora que estou sabendo que ele quer sair. (Continuo com a observação que fiz acima. Vou lendo a notícia e escrevendo). Como a imprensa americana é toda liberal, e a brasileira uma cópia da matriz, só mesmo entrando na internet para saber pela FOX NEWS o que está acontecendo. ( Como eu disse, a Sky tirou a Fox da sua grade de TV a cabo.)

“O presidente não me enviou para cá para comandar uma retirada graciosa”, afirmou Petraeus. “O presidente e eu nos sentamos no Salão Oval, e ele expressou claramente que queria de mim o meu melhor conselho profissional.” Obama está numa tremenda enrascada. Precisa trazer as tropas para casa, AFINAL FOI UMA PROMESSA(!) ( como diz o porta-voz) e por outro lado, NENHUM general que se preze vai assumir essa responsabilidade. Petraeus não é louco, e se Obama insistir vai acabar recebendo seu pedido de demissão, o que seria péssimo, um cataclisma no governo. Esse general tem luz própria, construiu uma reputação DURANTE O GOVERNO BUSH a partir de 2007, ele não é uma invenção de Obama como a imprensa faz crer. Eu estava em NYorque em 2008, e conversei com dois ativistas que trabalhavam pela candidatura da Hillary. Eles foram muito honestos quando disseram ” O Iraque de hoje, não tem nada a ver com o Iraque de 2007″, aprovando a política de Bush para aquele país. E Obambi teria que achar um outro general, achar um pusilânime para ir ao Afeganistão, levar meia hora para saber que não pode retirar ninguém, pelo contrário, precisa é de mais tropas, e mesmo assim concordar com o governo. Vai ser muito dificil. 

A insatisfação de Petraeus com o prazo que ele mesmo contribuiu para ser fixado em dezembro do ano passado deixa claro que o novo comandante encontrou no país um terreno bem mais complicado que o imaginado em Washington. De forma grosseira, McChrystal havia também manifestado sua oposição a regras impostas longe do campo de batalha. Sim, ele foi grosseiro, mas tem a seu favor o fato de que desconhecia que estava tratando com um famosíssimo filho da puta liberal, o dono da Rolling Stones, e que tudo seria imediatamente publicado. A velha ingenuidade das vítimas que entram na fria de entrevistas que parecem simples conversas triviais. Nos últimos meses, os rebeldes do Taleban não deram tréguas na região sul, na fronteira com o Paquistão, e retomaram posições importantes no norte do país.

PERFIL

David Petraeus, General flerta com a política

Comandante das tropas dos EUA e da Otan no Afeganistão

No comando da guerra no Afeganistão desde 4 de julho, o general David Petraeus tem prazo de apenas 11 meses para acabar com o Taleban, preparar as forças afegãs e organizar a retirada americana. O desafio é enorme para o general que se envolveu em um primeiro combate, de verdade, no Iraque em 2003, 29 anos depois de sua graduação. Nos meios políticos, tem sido comentada sua ambição de concorrer à presidência, estimulada pela experiência do general Dwight Eisenhower, o comandante supremo das forças aliadas da 2.ª Guerra que presidiu os EUA de 1953 a 1961. Isso é pura especulação, mas se concorresse seria muito bom ( a menos que se dobre ao demagogo Obambi).

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IRÃ COMEÇA A CONSTRUIR 10 USINAS ATÔMICAS ATÉ MARÇO

O Irã anunciou ontem ter selecionado os locais exatos onde serão instaladas dez novas usinas de enriquecimento de urânio que serão construídas a partir de março de 2011. A medida é um novo desafio ao Conselho de Segurança da ONU, que, em junho, aprovou um quarto pacote de sanções contra Teerã, na tentativa de frear o programa atômico do país.

“As novas usinas de enriquecimento de urânio serão construídas dentro das montanhas”, disse o vice-presidente do Irã e diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica, Ali Akbar Salehi. O local seria, segundo ele, imune a bombardeios aéreos. E o que estamos esperando para começar a bombardea-los ? Comportamento de Munich o nosso, sem dúvida.  “Começaremos antes do fim deste ano iraniano (20 de março de 2011) ou no início do próximo ano.”

Os planos para a construção das dez usinas foram anunciados pela primeira vez no ano passado por Teerã. Atualmente, o país já enriquece material nuclear no reator atômico de Natanz e pretende fazer o mesmo em Fordo, ao sudoeste da capital.

Teerã diz precisar de um total de 20 usinas nucleares para suprir suas necessidades energéticas ao longo dos próximos 15 anos. No entanto, os EUA e a Europa temem que os iranianos desenvolvam um programa de enriquecimento de urânio com finalidades militares. Temem ? Eles têm certeza absoluta. Ainda mais porque quando ficam com raiva os iranianos confirmam! No outro dia, já mais calmos, se desmentem: é apenas para fins pacíficos. E vão levando a vida. Mas… um dia desses podemos acordar e Israel já fez o que tinha que fazer, e está formada a confusão. China e Rússia vão se aproveitar para condenar ” o ato de força”, mas para eles é bom que aconteça. Também não podem tolerar o Iran com armas nucleares. A Rússia embora apoie o Iran, e venda bilhões em materiais perigosos, tem por pressuposto que alguma providência vai ser tomada, mais cedo ou mais tarde. Enquanto isso não custa nada faturar.

Vejam que boa notícia (Estadão)

O general americano Stanley McChrystal, ex-comandante das Forças Armadas dos EUA no Afeganistão, foi contratado para ser professor na Universidade Yale, uma das mais importantes do país. McChrystal, que foi demitido em junho por criticar, em uma entrevista, integrantes do governo de Barack Obama, fará parte do instituto de relações internacionais da universidade e dará um seminário para estudantes de mestrado sobre como a globalização aumentou a complexidade da liderança moderna. Ficou furioso com as idiotices que os civis diziam sobre o Afeganistão, perdeu a paciência, e foi justamente demitido. Não se poderia dar margem à  interpretação de que o militar se sobrepunha ao governo civil. Exemplo clássico foi o do presidente Harry Truman demitindo o general Douglas MacArthur, quando esse, mesmo desautorizado, dava declarações dizendo que seria necessário levar a guerra da Coreía ao território chinês. De fato contava com a bomba atômica para vencer. Truman diz em suas memórias que foi conversar com o general (não sei mais aonde- Coréia ?) e que esse o fez esperar por 20 minutos dentro do avião, sob um calor insuportavel ( naquele tempo o avião presidencial não tinha ar condicionado). Truman não podia sair por causa do protocolo, e o viu chegando pela janelinha do avião: “Não parecia um general de 5 estrelas, mas um jovem tenente, todo fantasiado com condecorações, echarpe, óculos ray-ban, cachimbo, e não dava desmonstração de estar preocupado por haver deixado seu comandante-em chefe esperando”. Se Truman já estava furioso, a visão do general foi a  gota dágua.

  

17 agosto, 2010 às 23:22

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Categoria: Artigos

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