Tributo a George Bush
nota do blog – esse é um texto incomum, que aborda uma questão crucial em nossos dias: a simplicidade que revela a verdadeira sofisticação. Sobre isso já escrevi várias vezes, e chamaria a atenção para os artigos que me lembro nesse momento: Os astronautas e a crença em Deus; A elite dos cientistas e a crença em Deus; Sarah Palin-Reagan-Lula-Iran . O leitor pode procurar por eles escrevendo seus nomes (um de cada vez) no estreito retângulo abaixo da figura do leão e clicar em Pesquisar, que está imediatamente abaixo desse retângulo.
Bruce Vincent
Para aqueles de nós que às vezes têm dúvidas sobre nosso ex-presidente, aqui esta um excelente relato – vale cada minuto que gastamos para ler. É uma história de Bruce Vincent, de Libby, Montana, que foi a Casa Branca com outros para receber um prêmio do presidente.
Ele escreve:
Escrevi a seguinte narrativa para registrar o dia da cerimônia da premiação em Washington, DC. Ainda estou trabalhando em um artigo para ser publicado, mas a imprensa da Casa Branca ainda tem de fornecer uma foto para anexar ao texto. Quando a foto chegar, envio o texto. Quando você estiver lendo, vai entender meu dilema para contar essa história para além do meu círculo de amigos íntimos.
Entrando no Salão Oval, cada um de nóss foi introduzido ao presidente e a Sra. Bush. Apertamos as mãos e participamos de uma pequena conversa. Quando o presidente soube que éramos de Libby, Montana, eu o lembrei que Marc Racicot é nosso conterrâneo e o presidente mandou suas calorosas lembranças ao governador Racicot.
Tenho que lhes dizer que eu estava bastante impressionado com duas coisas ao entrar no salão. Primeiro, a “sensação do lugar no Salão Oval é irreal”. O presidente mais tarde nos contou uma história sobre o presidente Putin, da Rússia, entrando nesse salão, preparado para se reunir com o presidente para uma dura negociação; ao entrar, o ‘ateu’ murmurou suas primeiras palavras ao presidente, e elas foram “Oh, meu Deus”. Eu concordei. Senti a história em meus ossos.
Em segundo lugar, o homem que mora no salão me deu um firme aperto de mão e um olhar que só pode ser descrito como penetrante. Caloroso, vivo, totalmente cativante, tão penetrante que me desarmou. Admito que estava preocupado com o encontro. Penso que todos nos temos um desejo interior de que o mais poderoso homem no nosso país seja valoroso pela sua responsabilidade e pela autoridade que concedemos a ele através do nosso voto.
Admito que em parte, tinha medo de ser desapontado pelo momento – que a pessoa e o lugar poderiam não corresponder às elevadas expectativas do meu mundo de fantasias. Isso não diz nada da minha estima pelo presidente Bush, mas apenas minha percepção prática de que a realidade pode não corresponder ao meu ‘sonho’.
Uma vez no recinto, o presidente Bush foi logo ao assunto, e de pé, em frente a sua mesa, entregou os prêmios a um de cada vez, posando ele e a Sra. Bush para fotos com os ganhadores. Com a missão cumprida, o presidente e sua senhora relaxaram e iniciaram uma conversa longa e informal sobre inúmeros assuntos com todo nosso pequeno grupo. Ele e a Sra. Bush falaram sobre coisas como o tapete do salão que é tradicionalmente desenhado pela primeira dama como uma dedicação ao presidente, e a Sra. Bush escolheu um modelo de raios de sol amarelo-brilhantes para refletir “esperança”. O presidente Bush falou sobre a necessidade absoluta de acreditar que com trabalho firme e fé em Deus há sempre razão para começar um novo dia de esperança no Salão Oval. Ele e a primeira dama foram perguntados sobre o impacto da presidência no casamento deles e com o braço casualmente em torno de Laura, ele disse pensar que o lugar poderia ser difícil para casamentos fracos, mas que tinha a habilidade de fortalecer até os casamentos mais fortes e que ele era abençoado com um casamento sólido.
Após mais ou menos 30 a 35 minutos, já era tempo de irmos. Estávamos então todos relaxados e eu senti como se tivesse feito uma visita excelente a um amigo. O presidente e a primeira dama se aproximaram dos premiados, cumprimentando com apertos de mãos e oferecendo congratulações. Quando o presidente apertou minha mão, eu disse:
“Obrigado Sr. Presidente, e que Deus abençoe ao senhor e a sua família”. Ele já estava caminhando para a pessoa ao meu lado, mas parou abruptamente e voltou-se para mim com um olhar incisivo, renovou o vigor de seu aperto de mão e disse, “Obrigado, e Deus abençoe você e aos seus também”.
Para deixar o salão tínhamos que passar pelas portas de vidro no lado oeste. Eu fui a última pessoa a sair. Quando apertei a mão do presidente pela última vez, ele me pediu “para não me esquecer de dizer um “olá” ao Marc, e mandar-lhe lembranças”.
Então, eu fiz algo que surpreendeu até a mim mesmo. Eu disse a ele, “Sr. Presidente, eu sei que o senhor é um homem ocupado e que seu tempo é precioso. Eu também sei que o senhor é um homem de uma fé inabalável, e eu tenho um pedido para lhe fazer”.
Enquanto ele apertava minha mão, ele olhou nos meus olhos e disse, “Diga o que é”. Eu lhe disse que minha madrasta estava no hospital em Kalispell, Montana, devido a remoção de um tumor na cabeça e seria muito significativo para mim se ele se lembrasse dela em suas orações naquele dia. Ele me pegou pelo braço e me levou até a sua mesa e disse, “Então é isso. Eu diria que o seu coração esta pesado hoje. E pude ver em seus olhos. Isto explica tudo”.
Da gaveta superior da sua mesa ele tirou uma caneta e um cartão com o seu selo e perguntou, “Como é o nome dela?”. Ele então escreveu uma nota para ela enquanto discutia sobre a importância da família e da força da oração. Quando ele me deu o cartão, ele perguntou sobre a cirurgia e o prognóstico. Eu disse a ele que estávamos esperançosos de não ser uma recorrência de um antigo tumor e que, se fosse, que eles pudessem retirá-lo na cirurgia.
Ele disse, “Se estiver ok para você, nos podemos orar agora. Você faria isso comigo?” Eu disse sim, e ele virou-se para seu pessoal que permanecia no salão e fez um sinal para que eles saíssem. Ele disse, “Bruce e eu gostaríamos de um tempo a sós para orar”.
Quando eles saíram ele se voltou para mim e colocou minhas mãos junto com as dele. Eu estava preparado para uma oração tradicional – juntos, em pé e com as cabeças baixas. Em vez disso, ele pegou em minha cabeça com sua mão direita e a puxou gentilmente para frente e colocou-a no seu ombro. Com seu braço esquerdo no meio das minhas costas, ele me puxou em direção a ele em um abraço de oração.
Ele começou a orar suavemente. Eu comecei a chorar. Ele continuou sua oração para Loretta, e para que a suprema vontade de Deus fosse feita. Eu chorei mais. Meu corpo tremia enquanto eu chorava e ele me segurava firme. Ele terminou pedindo a benção de Deus para Loretta e para a família pelos meses que viriam. Eu desfiz o abraço, sequei meus olhos, tentei limpar as lágrimas que eu deixei em seu ombro, e olhei nos olhos do presidente. Agradeci a ele da melhor maneira que pude e lhe disse que eu e minha família continuaríamos a orar por ele e sua família.
Enquanto escrevo esse relato e reflito sobre o seu significado, tenho que dizer a você que tudo que eu sei é que seu simples ato me fez humilde e convicto. Assim eu confirmei o meu desejo, que o homem que pensava que ele era, fosse o homem que ele é. Sei que nossa nação precisa de um homem como ele no Salão Oval. George W. Bush é genuíno, autêntico. Tenho lido historias na Internet sobre o presidente orando com os soldados em hospitais e outros relatos tão edificantes. Cada vez que eu os leio eu espero que sejam verdadeiros e não a perpetuação de um mito pela Internet. Este eu sei que é verdade. Eu estava lá. Ele é real. Ele tinha um monte de problemas incríveis em sua mesa a cada dia – e mesmo assim ele estava tão bem sintonizado no aqui e agora que ele ‘sentiu’ alguma coisa pesada em meu coração. Ele tirou um tempo da sua vida para cuidar, para dividir e buscar a benção de Deus para minha família em um simples abraço de oração, de homem para homem, de pai para pai, de filho para filho, de esposo para esposo, de cristão para cristão. Ele não é o que eu esperava que ele fosse. De fato, ele é muito, mas muito mais.
NOTA: Se você quiser passar adiante essa história… por favor não acrescente nada. Deixe o encontro do Sr. Vincent ficar como ele o escreveu.
Tradução: Célia Savietto Barbosa